É basicamente isto.

É basicamente isto.

26 de março de 2013

Processo Casa Pia VS Processo de Elvas.

Ontem havia um "choque" generalizado quanto à absolvição que se conheceu em relação ao Processo de Elvas. Honestamente, e depois de acompanhar na comunicação social (valendo o que isso vale) a notícia e os motivos no cerne da absolvição, deixei de me sentir admirada. Um Processo cuja prova se baseia no testemunho de uma alegada vitima que vem mais tarde dizer que foi paga para incriminar os Arguidos, só podia estar condenado. Juntemos a isso a indefinição no tempo quanto ao momento da prática dos alegados crimes, o que só por isso faz diferença suficiente para estarmos perante um crime ainda tipificado no nosso Ordenamento Jurídico, ou um crime que deixou de o ser à luz do nosso Direito Penal,e a receita para a absolvição está completa. Aqui, só poderia funcionar o in dúbio pro reu. Se a prova foi bem analisada, se a investigação podia ter feito mais, não faço ideia.
Quanto ao Processo Casa Pia, confesso que o meu descrédito desde o início, sobretudo por estar envolvidos alguns nomes mediáticos deste País, fez-me acreditar que nunca chegaria a ser cumprida qualquer pena. É com espanto, pela positiva, que vejo aproximar o dia em que as penas serão cumpridas. Podemos discutir que o Processo foi demasiado moroso, que as penas são curtas, que pelo caminho ficou a dúvida se alguns culpados escaparam a este Processo, mas vai haver cumprimento de Pena. E se ainda há um logo caminho a percorrer na nossa justiça, e os expedientes Legais que o nosso ordenamento contempla permitem arrastar Processos ao sabor da maior ou menor competência dos Advogados e do seu jogo de cintura, o desfecho é muito diferente, felizmente, daquele que previa. Achei que, mais uma vez, a culpa morreria solteira.
Ainda há quem acredite na inocência do Carlos Cruz. Eu própria, quanto tudo começou, tinha dificuldades em associar aquela cara simpática dos concursos televisivos a crimes tão nojentos e reprováveis. Os outros Arguidos sempre foram mais julgados em praça pública, mesmo antes do julgamento começar em sede própria. Mas não o Carlos Cruz. Beneficiou da dúvida até bastante tarde, e continua a beneficiar mesmo depois do Processo encerrado.  O meu descrédito na Justiça, não chega, porém, ao ponto de achar que podemos ainda estar perante inocentes. Os juízes são humanos, e como tal erram. Mas tantos anos depois, tantos recursos depois, tanta análise de prova depois? Não. Isso não acontece. Acredito que não.

4 comentários:

  1. Eles foram só comer compota de ameixa, a Elvas. ahah

    Há coisas na justiça que eu não entendo. Parece que os crimes foram provados (segundo o advogado das vítimas), mas também parece que houve uma daquelas tretas do costume (deve ser um erro processual, ou merda que os valha) e mais um pouco, eles saem todos em ombros a pedir indemnizações ao Estado. lol

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    1. Não me espantará que tentem as indemnizações, não...aguardemos os próximos capítulos.

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