É basicamente isto.

É basicamente isto.

31 de julho de 2013

As mulheres são umas eternas sonhadoras. Ou então tontas, só.


A maior desgraça que pode acontecer na vida de uma mulher, é amar um homem.  Calma...Eu já sei que o Amor é lindo, que é a melhor coisa do mundo, que nos faz andar nas nuvens, que faz esta vida valer a pena. Tudo muito certo. Mas isto é assim, quando se dá a sorte de amarmos a pessoa certa. Porque amar a pessoa errada, aquela que nos deixa a marinar, que não sabe o que quer da vida, é coisa para ser a maior desgraça que nos pode acontecer. Sobretudo a nós, mulheres, sonhadoras desde o nascimento, e crentes desde que nos disseram que todas as histórias podem ter um final feliz.

Quando uma mulher ama um homem, vai conseguir arranjar todo o tipo de justificação para as maiores sacanices ele lhe faça. Ela consegue. Desenvolve uma imaginação fora de série.Vai acreditar no que sempre disse que não acreditaria, vai buscar esperança e paciência a sítios que desconhecia ter, vai buscar burrice a outros tantos sítios, quando até é, e sempre foi, uma pessoa inteligente. Se não telefona é porque não tem rede, se não enviou uma sms é porque ficou sem bateria, se não consegue estar com ela há duas semanas é porque está cheio de trabalho. Se arranja tempo para tudo menos para ela, é porque o coitado anda stressado e precisa de espairecer. Às vezes, no limite, se é apanhado com outra, se é infiel, a culpa é dela. Dela que talvez não tenha sido compreensiva o suficiente, dela que não lhe deu atenção suficiente, que não realizou as fantasias dele, ou dela que exigiu demasiada atenção. Mas ele vai mudar porque, afinal de contas, ele gosta dela.

Quando uma mulher ama um homem, é capaz de se submeter a tudo. Ou a quase tudo. É capaz de acreditar em tudo. Na sua cabeça, está a passar em câmara lenta o filme do casamento que vão ter, dos filhos que vão trazer ao mundo e da vida maravilhosa, completamente oposta a esta, que o futuro lhes reserva. Quem não conhece mulheres que se tornaram completamente burras, cegas, perante as evidências da falta de interesse de um homem?

Nem todas as mulheres são assim ,é um facto. Há aquelas que os topam à distância e fogem como o diabo da cruz. Com as quais eles não fazem farinha. Que não aceitam "nins", que não aceitam meios termos, que seguem as suas vidas na certeza que tomaram a decisão certa. Mas há tanta mulher que ainda fica tonta na presença destes homens que nunca irão retribuir o que elas sentem. Que são inteligentes, que são independentes e que, depois, perante um homem que amem, vergam quase até quebrar. Ou até quebrar. Posso confessar, sem motivos de orgulho, que eu própria já arranjei justificações para o comportamento masculino, que hoje em dia me fazem abanar a cabeça e pensar "Mas tu estavas drogada, ou quê CM??". Portanto, dizia eu ontem a uma Amiga, que amar a pessoa errada é das coisas mais perigosas desta vida. É uma desgraça. A maior desgraça que pode acontecer na vida de uma mulher, é amar o homem errado.

30 de julho de 2013

Experiências Sexuais que correm mal.

Notícia daqui.

Segundo a corporação dos bombeiros de Londres, nos últimos 3 anos, foram socorridas 79 pessoas...presas em algemas. Antes que avancem com outras explicações de cariz não sexual para este número, avanço já eu que foram socorridos 9 homens com anéis presos nos pénis. Acrescentemos um homem com o pénis preso no aspirador e outro na torradeira (auch...). Mais um sem número de "pedidos de ajuda" cujas causas não foram identificadas.


O Livro "Fifty Shades of Grey", é apontado como possível responsável. Acredito. As pessoas nunca interiorizaram aquela máxima que diz "não tentes isto em casa". Não deve haver nada no Mundo, prazer suficiente, que justifique a senhora vergonha que é ter alguém a chegar-nos a casa para socorrer uma destas situações. Por isso, homens, se as vossas mulheres leram ou estão a ler o livro, mantenham-se atentos. Quando vos olham de soslaio, com ar maroto, podem estar a planear a execução do próximo capítulo.

Genial, é o conselho deixado pelo porta-voz dos bombeiros:

"O nosso conselho é simples. Se o anel não serve, não o forcem a entrar»


29 de julho de 2013

Qual é o melhor carro para fazer o Amor? O estudo.

Quem ouviu rádio esta manhã, é bem capaz de ter ouvido esta notícia. Vocês já sabem que eu adoro estes estudos, que me farto de rir com eles, que tento sempre perceber o que poderá ter conduzido aos resultados, por muito que os temas tenham tanta importância como a marca de fraldas que o bebé real usa (e que parece que está ao preço do ouro e já esgotou. Lindo, isto é lindo).

Antes de ouvir a resposta, apostaria assim num Jipe espaçoso, numa carrinha, em qualquer coisa que não o carro que, aparentemente, melhor proporciona o prazer. Adivinham?

Não.

Também não é esse.

Frio.

Esqueçam, esse também não.

É o Ford Fiesta! Óbvio (?)!!

Agora, minha gente, se há por aí alguém que seja o/a feliz proprietário/a de um Fiesta, expliquem-me lá porquê? À vista desarmada, não me parece promissor. Perdi alguma coisa?

Já agora, há mais gente por aí que acha que isto dos carros e de fazer o Amor nos ditos, é a coisa mais desconfortável do mundo? Ou sou só eu que, trapalhona, não nasci para a coisa?

28 de julho de 2013

Quais são os teus maiores pecados mortais, CM?

Podia deixar esta pergunta aqui em aberto. Aposto que quem me segue há mais tempo, responde a isto de olhos fechados. Não vou dizer que não pratico os outros e que não se manifestam em mim com frequência, mas estes dois têm o dom de viver comigo diariamente. Estamos a falar da Gula e da Preguiça, pois claro. Está aqui uma combinação do fim do Mundo.
 
Podia ser uma mulher que come saladas, peixe e legumes. Uma mulher que consegue resistir à tentação, que não vai ao supermercado com fome. Mas não. Sou o oposto disto. Sou a mulher que desencaminha os outros, que está sempre pronta para petiscar, para provar o novo gelado, para comer mais qualquer coisa. Sou a mulher, pasmem-se, que já ouviu alguns amigos dizer "Caraças, mulher, tu comes "comós" homens" - fico num misto de orgulho e de vergonha, confesso, perante esta. Vou mais para o orgulho, vá.
 
Mas tudo bem." És, portanto, uma miúda que faz desporto para compensar, não é CM?" Então não é? Respondo eu. Fartinha de fazer desporto, é todos os dias a queimar calorias. Pois que não. Quando digo que sou preguiçosa, estou só a referir-me à prática de desporto. Não sou preguiçosa no geral, mas quando a coisa implica enfiar uns ténis nos pés, o caso muda de figura. Não gosto, não tenho força de vontade, não me consigo lembrar de nada que me apeteça menos fazer (talvez comer uma sopa, lá está....). Todos os anos, às vezes todos os semestres, digo que vou fazer qualquer coisa. Vou caminhar, vou correr, vou, desta é que vou. E não vou nada, já se sabe. Já eu estou fartinha de saber.
 
Respondendo à pergunta que todos estão a fazer, peso 58 kgs. Há anos que não passo deste peso. Claro que podia estar melhor, claro que podia ter um corpaço, mas, garantidamente, se engordasse em proporção ao que como, pesaria para cima de 80 kgs. Não é da ruindade, é mesmo ter uma sorte filha da p*** de ter um metabolismo abençoado. Agradeço-lhe, todos os dias. À hora da sobremesa.
 
 
(eu sei que o metabolismo abençoado não é tudo. Há que pensar na saúde. Fica a promessa de alterar este estilo de vida. Só não sei para quando, não me pressionem.)

 

26 de julho de 2013

O dia dos Avós.

Este ano e, sobretudo, nesta fase, é-me difícil falar deste dia.

Presto-lhe homenagem com uma imagem que me inspira e me enche a alma.



25 de julho de 2013

O primeiro anti-rugas.

E pronto. Acabou. A partir daqui é sempre a descer. Mulheres, este é para nós. Para mim e para vocês. Nestas alturas, todas nós precisamos de solidariedade feminina. Homens, não há aqui nada hoje para vocês lerem. A não ser que consigam ser compreensivos e entendam esta dor. Se mostrarem sensibilidade para isso, são eleitos os meus leitores favoritos. Não dá direito a grande coisa, mas fica dito. Se estão a pensar vir para aqui dizer que nós somos umas malucas que temos fanicos com isto da idade, não se admirem que a fera hoje rosne.
Há datas que não se esquecem :  a primeira amizade, o primeiro beijo, a primeira vez que conduzimos, o primeiro grande Amor, o primeiro grande desgosto, a primeira vez, a primeira vez que corre bem, a primeira viagem de avião, e, claro está, na vida de uma mulher, o primeiro creme anti-rugas. Toda a gente sabe, por esta hora, que não tenho os apregoados 24 anos. São mais 10, vá. E o inevitável aconteceu : com esta idade, há dias, comprei o meu primeiro anti-rugas. Para as entendidas na matéria, e conscientes, já vou tarde, eu sei. Isto devia ter sido a minha primeira compra dos 30 anos, mas fui ignorando as prateleiras com os sinais luminosos de alerta para essa idade, e continuei a ir para a secção das miúdas que têm 20 aninhos. Lido bem com a idade, e brinco com o assunto precisamente por isso. Mas há dias, já em casa e de creme comprado na mão, a ler o descritivo, confesso que tive uma pequena crise. 10 segundos, mais coisa menos coisa, a pensar no quanto o tempo passa. Há pouco tempo não tinha idade para fazer a depilação, nem para pintar as unhas, e agora uso anti-rugas. Já não é um creme hidratante, é um anti-rugas. Está porreiro, sim senhora. "Mas as rugas dão charme, CM", "mas as rugas são sinal de experiência, CM", "mas ninguém te dá 34 anos, CM", "Mas estás aí para as curvas, CM". Sim, abelhas! É isso, é.
Se me perguntarem, não gostava de voltar aos 20 anos, isso não. Gosto dos 30. Gosto mais. Mas agora podia ficar aqui, a marinar, por uns tempos.
Mais 6 anos, e estou a usar creme para quarentonas! Really?

24 de julho de 2013

História da minha vida.

Nada a acrescentar.



Ide gozar com o #$&&$%&%$#!

Não fosse eu uma senhora que, mesmo em momentos de descontrolo e fúria extrema, tenta lembrar-se da educação que Mãe T. e Pai J. me deram, e este título seria outro. Com todas as letras.

Há dias, este senhor que não consigo já adjectivar, brindou-nos com esta merda de afirmação:


Eu até sou daquelas pessoas que tenta manter-se optimista em todas as situações. Que se mantém relativamente calma, e acredita que as coisas melhoram, que a vida é uma merda de vez em quando, mas no dia seguinte pode ser maravilhosa, que não há problema sem solução, que com empenho tudo se ultrapassa. Vivo preocupada como qualquer Português que viveu neste País nos últimos anos, mas tento não entrar em negativismos extremos e compreender que, quando chegamos onde chegámos, vamos ter que lidar com as consequências. Tento não deixar que esta merda desta crise e todo o ambiente à volta dela me afecte mais do que aquilo que inevitavelmente afecta e afectará : o bolso. Mas quando oiço afirmações destas, a coisa muda de figura. Saio do Mundo em que estes tipos e as merdas que dizem já nem me fazem pestanejar, para ficar virada do avesso. Há afirmações e afirmações. E esta, mesmo com toda a merda que este homem já disse, mesmo com toda a merda que outros membros deste governo de merda já disseram, é, na minha opinião, a mais grave que foi dita até aqui. Por vários motivos.

Porque é uma tentativa de desresponsabilização gigante perante o insucesso gritante (e já esperado) das medidas que tomou até agora, com uma mistura de provocação. Não consigo entender esta frase de qualquer outra forma. As pessoas não gastam o dinheiro que não têm. Que até é seu, mas que não têm ao final do mês. E a culpa é vossa, e só vossa. De quem previu ( onde é que esta gente aprendeu a fazer previsões?) que com menos rendimento as pessoas gastariam o suficiente. Este raciocinio já era qualquer coisa de fenomenal antes desta afirmação, mas agora, depois dela, é verdadeira e literalmente bestial.

É esta gente que eu oiço tantos defender que devemos deixar exercer as suas funções, sem interrupções de manifestantes? Devemos deixá-los falar? Discursar, dar palestras, visitar o Povo? Por favor. Se não gozarem com a minha cara, eu prometo que não gozo com a vossa. 

23 de julho de 2013

Sinto-me sozinha.

Sou a única pessoa no Mundo que se está borrifando para o nascimento do bebé real, não sou?

(ligar a televisão, à noite, para saber o que se passa no Mundo e "levar" com um "última hora" sobre o nascimento da realeza, com uma jornalista toda empolgada, é dose que não aguento. Passar o dia de hoje a ouvir falar de nomes para o pequeno, é coisa que me vai fazer dar dois gritos a alguém. Estes "circos", à semelhança daquele que aconteceu com o casamento real, deixam-me perplexa com a humanidade. Estamos perdidos, mesmo.)

22 de julho de 2013

Na pré-época também se vai a jogo.

Abel Ferreira disse ontem, sem dó nem piedade:

"Sabíamos que este jogo ia ser muito mais difícil que o de ontem [com o Benfica]. A única coisa que não podíamos controlar era o resultado, mas sabíamos que tínhamos de preservar a imagem deste clube. Sporting há só um. Estes jogadores estão de parabéns. Eu, e de certeza todos os sportinguistas, estamos muito orgulhosos pelo que eles aqui fizeram".

E disse muito bem. Foi mesmo.

Temos Leão!

21 de julho de 2013

Ai Anibal, Anibal...filho...




O nosso Aníbal veio, esta noite, dizer-nos que vai tudo ficar na mesma. Mas ATENÇÃO PORTUGUESES (estou a gritar porque isto é importante) : vai ficar na mesma, mas está muito melhor. Porque ele teve garantias de coesão por parte da coligação. Porque a coligação está mais unida do que nunca. Porque vão aprofundar medidas para o relançamento económico e o combate ao desemprego. Porque, no fundo, agora vão fazer tudo o que não fizeram até aqui. E sabem porquê?
 
Porque o Aníbal vai estar de olho neles. Atento, como sempre.
 
Pelo caminho, aproveitou para dar um sermão aos miúdos que nós metemos a governar este País. Eu aposto que eles tremeram. É que não se metem a pau, ele faz aquilo que tão bem faz : nada.

20 de julho de 2013

Das definições do Amor.

"Amo o chão debaixo dos seus pés, e o ar sobre a sua cabeça e tudo o que toca, e cada palavra que pronuncia. Amo todos os seus olhares, todas as suas acções, amo-to todo inteiro e em todas as coisas."
 
Catherine Earnshaw, Monte dos Vendavais

19 de julho de 2013

Mostra-me a tua bagagem. E eu mostro-te a minha.

Ou vice-versa.

Conhecer pessoas novas é fácil. Conhecer pessoas que nos façam ter vontade de conhecer mais, é menos fácil. Conhecer alguém que retribua esta vontade e que nos vicie no seu ser, é o verdadeiro jackpot. Começar a analisar toda a bagagem que esse ser encerra em si, é fatal. Quase tão fatal como inevitável.

Teoricamente, e no mundo das probabilidades, sabemos que todos temos bagagem. Ela já não vai a lado nenhum. Todos nós guardamos e acumulamos coisas mais ou menos pesadas. Uns com a coragem de assumi-las, outros nem por isso. Na verdade, se todos fossemos brutalmente honestos sempre que nos damos a conhecer, acusaríamos, invariavelmente, excesso de peso. Isto parece-me pacífico. Porque é que, tendo isto como facto adquirido, tantas vezes analisamos a bagagem alheia até à exaustão? Retiramos conclusões, presumimos, julgamos. Estamos a ser honestos? Não receberíamos a mesma reação do lado de lá, se fossemos? Quem é que não tem esqueletos no armário? Quem é que não gostaria de apagar um qualquer capítulo da sua vida? Este julgamento gratuito tem consequências. As pessoas não se mostram como antes, não abrem o livro, não se revelam na totalidade. Falhamos muito, erramos ainda mais, mas quando alguém, cujo processo de conhecimento iniciámos há pouco, tem a frontalidade de abrir a mala e mostrar-nos o que carrega consigo, assustamo-nos e fugimos? Sim, porque a nossa mala está vazia. Não há lá nada para ninguém ver. Ou até há, mas está tudo organizado e perfeitamente arrumado, no sítio certo, numa perfeição inatacável. Porque é isto que queremos mostrar.

No que me diz respeito, não acredito em vidas muito certinhas. Em adultos sem esqueletos. Tenho alguns, tenho vários. E não estão trancados, mas também não estão à vista de quem não me dá o mesmo benefício da dúvida. A melhor coisa que me pode acontecer, é conhecer alguém que se revela sem pudores. Que sabe que tem bagagem porque está vivo e é humano. Que sabe que esta é a única forma sincera de conhecer alguém. Confio mais depressa nestas pessoas, do que naquela que me apresente uma "folha limpa". Percebo que é cada vez mais difícil mostrar quem somos, perante cada vez maior tendência para julgar os outros. Mas esta é a forma de estar que aceito. Não me pintem cenários cor-de-rosa. Eu não vou, certamente, pintá-los. Falta-me a paciência e a imaginação para criar uma personagem que não existe.

18 de julho de 2013

O que as Mulheres (realmente) querem.

Há uns tempos escrevi um texto, dirigido aos homens, sobre o que as mulheres querem. Dos homens, entenda-se. Texto largamente ignorado pela classe masculina que continua "às aranhas" sobre o assunto. Adiante.

Hoje partilho convosco o resultado de um estudo (a malta que trabalha nestes estudos deve divertir-se à brava. Recrutem-me, pá) que revela o que as mulheres mais desejam no que diz respeito ao seu próprio corpo.

Parece então que o que queremos é mais ou menos isto, mais ou menos por esta ordem:

- um rabo firme;
- umas pernas firmes;
- uns lábios carnudos;
- um decote perfeito.

Chamem-lhes parvas! Queremos tudo, portanto. E eu sempre ouvi dizer que não se pode ter tudo. Diz que o decote não está nada mal, portanto desse posso abdicar. Pumba!

Nós queremos isto. E eu aposto que os homens sorriem e acenam afirmativamente com a cabeça...

17 de julho de 2013

Já compraram o Jornal de Notícias hoje?

Priceless.


O estranho caso da secretária que não se arrumou sozinha.

"Então CM, como vai esse regresso?"
"Ah, essa é simples":




Neste regresso ao trabalho, com a neura a bater no red line de forma perigosa, chego e a primeira coisa que me apetece fazer, é esbofetear-me. Sim, a mim. Não é ao chefe (à chefe, neste caso, que até lê o blog e portanto vamos dizer que é uma simpática - é mesmo, estou a meter-me contigo), mas sim a mim.

A minha secretária - e, antes de avançarmos, estamos a falar do móvel e não da senhora (a ter qualquer coisa do género ,seria um tipo que me fizesse ter vontade de levantar às 7 da manhã, mas avancemos...) que atende telefones e abre a correspondência - está, obviamente, como a deixei : incrivelmente desarrumada.  E sempre me pareceu estupidamente bem assim. Curiosamente, é assim que funciono. Dificilmente conseguiria trabalhar numa secretária arrumada, com muito espaço, sem pilhas de folhas, sem post-its "perdidos" mas com anotações preciosas, sem panicar de cada vez que me desaparece a lista das coisas por fazer, sem ouvir os comentários quase diários "Epá, CM, já vi repartições das finanças mais arrumadas" ou "já vi furacões deixar um raio de destruição mais pequeno" ( qual é a mulher que não gosta de ouvir que é um furacão?). Mas regressar a uma secretária caótica, dá a sensação de ter o dobro do trabalho. Já ofereci 10 euros a colegas para meterem ordem na situação, mas olharam para mim como se eu tivesse dito que este é o Verão mais frio dos últimos 1.780.76 anos.  
E enquanto vos escrevo este texto, penso "Mas CM!!! Quem te ler pensa que és uma desarrumada de primeira, uma tipa que vive no meio do caos. Que raio de mulher és tu?" Pois não sou! Está aqui um caso daqueles que muito dinheiro daria a psicólogos se me convencessem a meter lá os pés, porque a minha casa é o oposto disto. Está tudo IMPECAVELMENTE arrumado. SEMPRE. Já me perguntaram se vivo mesmo lá. "Ninguém" dorme naquela casa, sem arrumar tudo o que desarrumou. Não funciono de qualquer outra forma. Um tacho esquecido em cima do fogão, arrepia-me. Copos esquecidos nas bancadas? Roupa espalhada? São cenários impensáveis. E estou cada vez mais exigente neste aspecto.

Contraditória? Quem, eu?

Se há uma, uma que seja, alma solidária por aí que padeça do mesmo, que levante o dedo. Anyone?

5 de julho de 2013

Como dizer-vos que vou estar de férias de novo?

Eu pensei em abandonar isto sem dizer nada, mas pareceu-me demasiado cruel para alguns de vocês que, claramente, iam sofrer no desconhecimento do motivo. "CM, mas tu estás a gozar com quem trabalha? Mas que vida é a nossa?". Bom, a vossa eu não sei. Mas eu vou de férias.

 
Não sou o tipo de pessoa de tirar longos períodos de férias seguidos e, por isso e só por isso, podem ter a sensação, errada, que tenho mais férias do que o comum dos mortais, mas não.

Esclarecimento feito, e vocês mais calmos (não pelo esclarecimento, mas porque até aqui já tiveram tempo de me chamar de tudo um pouco), acrescento que vou passar os próximos dias deitada nos areais da minha Caparica e arredores. Diz que não vai estar grande calor, e que é até capaz de chover, mas é o que se arranja.

Ainda gostam de mim o suficiente, depois disto, para atender a um pedido de uma miúda simpática como eu? Pois bem. Vou (espero eu) ter tempo para dedicar alguma atenção à leitura que tem sido descurada. Estou a acabar "O Monte dos Vendavais" - nunca tinha lido e deu.me para aqui- , e conto ter tempo para ler, pelo menos, mais um livro. Sendo certo que, ultimamente, poucos livros me prendem do início ao fim, sugiram-me coisas boas. Livros que vos tenham prendido, daqueles que temos pena que cheguem ao fim. De qualquer género.

 
Beijinhos, abraços e até já. Passarei para deixar algumas fotos dos sítios horríveis por onde conto passar.

Resumo da semana. By CM.

- Paulo Portas não sabe o que quer dizer o termo "irrevogável";

- Cavaco Silva é a única pessoa coerente à frente deste País: não faz nada, mas também nunca fez;

- Pedro Passos Coelho parece ter menos 20 anos quando amua. E alguém lhe terá dito que lhe fica bem;

- Maria Luís Albuquerque tem cara para ter lugar nos meus pesadelos, com um picador de gelo em punho;

- Os portugueses continuam a ter um sentido de humor fantástico;

- José Seguro tem calos nas mãos. De tanto as esfregar, claro; e

- Está um calor que não se aguenta. Há 1.524.123 de fotos tiradas aos termómetros do carros, e publicadas nas redes sociais, a provar isso mesmo.

Acho que não me esqueci de nada, mas sintam-se livres para completar o resumo daquela que foi uma senhora semana.

4 de julho de 2013

Enquanto o País anda envolto em novelas...

...eu, miúda que desde a "Tieta do Agreste" não mais se sentiu presa a uma novela, continuo a preferir o Cinema. Dito isto, passei só mesmo para vos dar uma ordem : se ainda não viram o filme "Mestres da Ilusão", VÃO VER!! JÁAA! Sim, ainda há uma sessão hoje, estão muito a tempo.
É, até ver, o melhor filme de 2013. Mas se quereis ignorar-me, tudo bem.
Para quem não sabe do que falo, fica o trailer:

3 de julho de 2013

Venham cá Mulheres, agora é a vossa vez.

Estão a ver as lojas onde compram as vossas peças de roupa? Estão? Boa. Essas lojas colocam umas etiquetas engraçadas nas peças. Costumam ter o preço, o tipo de tecido, etc. Estão a ver uns números mais redondos que lá estão? É aqui que começa a surpesa, tádáaaaa! Isso são os tamanhos da roupa. Não são bichos papões, não são números meramente indicativos, não estão lá só para enfeitar. Ainda que o vosso número seja um 40, não se assustem. Comprem o 40, ou o 42, à cautela. Ninguém vai andar na rua a pedir para ver a etiqueta para confirmar o tamanho e apontar-vos o dedo enquanto largam sonoras gargalhadas. Mas sabem do que se vão rir? De andarem na rua a envergar um 36, quando, claramente, um 36 vestiram quando foram crianças. Só.

Estou a ser mazinha e irónica, eu sei. Estou a meter nojo, provavelmente. Estão vocês aí a pensar que isto é conversa de magra. Não é. Eu visto o 38. Sem qualquer problema. E ainda que passe para o 40 ou 42 em breve, não me apanharão na rua com roupa dois tamanhos abaixo do meu. As mulheres ainda têm muito o complexo de assumir o número de roupa que vestem. Ainda coram da cabeça aos pés para responder que vestem o 40, o 42, o 44. Isto tem de acabar. São mulheres, são adultas, são inteligentes, têm inúmeras qualidades para mostrar ao Mundo, e tremem perante uma etiqueta de roupa? A tremer, que seja pelo preço, não pelo tamanho. Conheço mulheres que vestem números muito acima da maioria, e que têm mais classe em qualquer dia da semana, do que as mulheres que insistem em sair à roupa como se tivessem ido ao roupeiro das filhas adolescentes, ou tivessem feito as compras na seccção de criança. Um dia, as mulheres deste País, vão perceber que não é preciso ser magra, ou querer à força vestir um número pequeno, para ter classe. Muito pelo contrário. Percebam o que vos fica bem, o que vos faz sentir confortável, e arrasem. De cabeça levantada.

Lembrem-se disto : a roupa apertada não só fere a vista, como faz mal à circulação. Agora vão, reflitam, e sejam realistas na próxima ida às compras. Eu sei que as lojas provocam as pessoas com os modelos cada vez mais pequenos, com as montras com aqueles manequins irreais, mas há que sorrir e acenar. Não cair na tentação. Viver bem com quem somos, ok?

PS- para quem não ficou convencido com estes argumentos, chamo aqui os homens para um incentivo : algum de vocês, desse lado, gosta de ver na rua uma mulher a envergar um tamanho de roupa que, claramente, não é o seu? Com carne a sair por sítios que preferiam não ver no pior dos vossos pesadelos? Ajudem a passar a mensagem, de uma vez por todas.

2 de julho de 2013

E agora o Paulinho também?

O desgaste começava a ser notório, sobretudo pela cara pálida. Nunca antes se viu o Paulinho tão branco, enfiado.

Paulinho, o menino podia ter feito uma sessão de solário antes de aparecer para a fotografia, não? Sai assim tão sem graça, sei lá...

Next...?

O elogio post mortem.

Um clássico Português, este de começar a elogiar as pessoas depois de "desaparecerem", estejamos a falar de morte ou de gente que, finalmente, percebe que não tem condições para exercer as suas funções e se mete a andar, como o nosso Gaspar. Até aí, dizemos cobras e lagartos, queremos "matar, esfolar", é a pior pessoa do Mundo, não merece o ar que respira, mas quando se dá o desaparecimento, logo o cérebro do Português começa a ter "pena", "simpatia", "solidariedade", logo é feito um exercício de conscencialização, logo aparecem qualidades em pessoas que, até então, só tinham defeitos. Logo nos esquecemos que gritámos pela demissão, logo nos sentimos culpados pelo desfecho da história, quando, na verdade, eles saem de lá quando querem e não quando queremos.
Desde ontem, desde a demissão do Vitor Gaspar, que estou aqui numa dúvida que não se aguenta : estamos a falar do mesmo Ministro das Finanças de quem se falou nos últimos anos? Do mesmo que, às sexta-feiras, anunciava as medidas que nos f****** um bocadinho mais a vida? Do mesmo que foi mentor/portador da miséria que se instalou na vida dos Portugueses? Depois de todas as metas falhadas, depois de todas as medidas erradamente aplicadas, o Vitor Gaspar ainda será visto como herói? Estamos perante, com as devidas diferenças, um fenómeno idêntico ao fenómeno Sócrates, que conseguiu regressar à vida dos Portugueses como alguém que devemos ouvir, alguém que não é visto como criminoso, alguém que não fez uma gestão danosa. 
Percebo que a escolha da nova Ministra das Finanças (estive a dar uma vista de olhos no currículo da senhora, e não sei se foi da temperatura mais baixa, ou por isso mesmo que vim arrepiada até ao trabalho), possa levar-nos a pensar que estamos ainda pior entregues. Afinal, as coisas podem sempre piorar, já se sabe. Mas que nos esqueçamos de tudo o que aconteceu nos últimos meses, e que passemos a nutrir simpatia pelo Gasparzinho (enquanto político, entenda-se), já é coisa que me deixa de pulga atrás da orelha. 

1 de julho de 2013

Para a menina "Madeixa", muitos anos de vida!

Pessoas, aproximem-se! Ajudem a apagar a vela, comam uma fatia de bolo e um croquete. Há dias, lembrei-me de ver em que data criei eu o Blog (num domingo à noite, em que achei que isso é que era uma valente ideia), e agora cá estou a comemorar o primeiro aniversário deste sítio de disparates inúmeros convosco.
Ainda não partilhei um balanço deste ano de blogosfera, e a data não podia ser mais propícia. Isto dos blogs tem muito mais que se lhe diga do que eu imaginava. Além do vício que se torna, além da companhia que nos faz, além do prazer de ver um projecto nosso criar forma, além da terapia que já aqui fiz, existem vocês, desse lado. Vocês que sabemos que estão a ler, que nos fazem companhia. Vocês que, na larga maioria, também têm blogs. Blogs que gostamos de ler todos os dias, que nos habituamos a ter por perto. De quem recebemos feedback, com quem trocamos ideias e partilhamos momentos, vidas. É curiosa a capacidade que os bloggers, mesmo os que não conhecemos, mesmo quem nunca vimos nesta vidinha, têm de fazer parte da nossa vida. Dou por mim a pensar o que terá acontecido a "A" ou "B" se ficam ausentes da blogosfera uns dias. Se estará tudo bem. Se cancelaram o blog.

O Blog em números :

Mensagens - 431;
Visualizações - 51 920;
Seguidores - 115;
Anónimos raivosos - poucos, mas muito raivosos;
Sorrisos estampados nesta cara - vários.
A todos os que têm passado por cá, e sobretudo aos que ficam, o meu enorme obrigada! Ajudam a tornar esta experiência ainda mais interessante. E, muitas vezes, nos dias em que não há inspiração, vocês, mesmo sem saber, já foram a minha fonte.

Um beijinho enorme