É basicamente isto.

É basicamente isto.

28 de junho de 2013

Os Amores de Verão.

Não fui adolescente há muito tempo ( estão a rir de quê??) , mas há coisas das quais tenho saudades. Que recordo com uma enorme nostalgia (eu vou, claramente, ser uma daquelas velhinhas que dizem "no meu tempo isto, no meu tempo aquilo, no meu tempo é que era!"). Uma delas é, sem dúvida, aquele "frenesim" provocado pelos Amores (sabiamos ainda lá nós o que era o Amor nessa altura, esse sacana que tanto dói como faz milagres por nós, quase na mesma proporção) de Verão. Era uma sensação única. Para quem viveu a sua adolescência nas ditas "estâncias balneares" deste País, a coisa tinha um gosto especial. Quase todos os anos, as mesmas famílias voltavam no Verão. Como qualquer adolescente que se preze, tinha as minhas preferências, ou os meus preferidos, se quiserem. Era qualquer coisa de muito excitante, saber que no próximo Verão lá estaria a minha paixoneta, novamente por perto. Tudo sempre muito platónico, muito inocente, mas o suficiente para tirar o sono a uma miúda e fazer-nos sonhar de olhos abertos. Quem não se recorda destas coisas?
Agora, alguns (ou páram de rir ou vamos ter chatices!) anos depois, não me importava nada que o Verão me trouxesse um novo Amor. Mas não um Amor de Verão. Um que perdure para além desta estação, e que se possa festejar nos próximos anos. Afinal de contas, há lá melhor altura para festejar o nascimento do Amor, do que o Verão? Sendo eu uma pessoa exigente, não vai ser fácil. Era tudo bem mais simples naquela altura, em que o entendimento entre homens e mulheres parecia tão fácil, tão humanamente alcancável. Agora, escaldada q.b. (o Verão tem destas coisas), a expectativa é sempre mais baixa. A miúda que se apaixonava facilmente, tem tendência a desencantar-se quase ao mesmo tempo que se encanta. Mas se há coisa em que tenho fé, é no Verão.

27 de junho de 2013

A soneca que vive em mim.

Um dia na minha vida:

7h - toca o despertador. Tenho sono.
8:19 - apanho o comboio. Tenho sono.
8:45- começo a trabalhar. Tenho sono.
11h - tenho sono.
11:30 - ia jurar que estou acordada há 48h. Tenho sono.
12:30 - almoço. Tenho sono.
14h - pareço as crianças depois de almoço. Tenho TANTO sono.
15h - ia jurar que já estou a viver outro dia. Não me lembro de ter tido tanto sono na vida.
16:45 - vou para casa. Vou deitar-me, estou cheia de sono.
17:30 - chego a casa. Devia fazer a sesta. Mas faço qualquer outra coisa.
19h - tenho sono.
20h - janto. Hoje deito-me cedo.
22:30 - devia pensar em deitar-me. Tenho dezenas de séries para ver. Livros à espera. Esplanadas em noites quentes.
24h - deito-me. Vou acordar cheia de sono.

É isto. Eu não sei como vocês conseguem, mas eu sou pessoa que precisa de, pelo menos, 8 horas bem dormidas. Tirem-me isso, e tiram-me tudo.Tiram-me a rapidez de raciocínio, a genica, a boa disposição. Durmo, por norma, 7h. Não chega, estou farta de saber que não chega. Sou a pessoa que tem sempre sono. S-E-M-P-R-E. Vejo pessoas a dormir 5h, 4h, e a estar frescas que nem alfaces, capazes de conquistar o Mundo. Tomam o quê? Qual é o segredo? Ou sou mesmo eu que sou uma menina de primeira, fraca, fraquinha?

Sabem o que vos digo ? Estou cheia de sono.

26 de junho de 2013

Because they can!

Antes de falar do concerto desta noite dos "Bon Jovi", uma nota prévia : é a banda da minha adolescência, aquela que tem, para mim, músicas intemporais, a banda que sempre quis rever, mas se não me tivessem oferecido o bilhete (obrigada gente da minha vida), hoje palpita-me que não meteria estes pezinhos na Bela Vista. Não gostei da atitude da banda em relação à "borla" dada aos Espanhóis, nem percebi a diferença de tratamento se na sua base está a crise. Ninguém explicou ao Jon que Portugal está em crise há muito mais tempo? Que estamos mesmo aqui ao lado e isto seria atitude a contestar? Defendo este homem desde sempre, quer como enorme profissional que sempre mostrou sempre, quer como homem com os pés assentes na terra que sempre me pareceu, coisa rara no mundo em que se move. Desta vez, fiquei desiludida.

Dito isto, pois que de bilhete oferecido pelas minhas mais que tudo, lá vou eu. A última vez que assisti a um concerto dos Bon Jovi, ainda o palco foi o antigo Estádio de Alvalade (respeito! respeito pela casa do Leão e por aquele que foi o palco de concertos gigantes). Era eu na altura uma teenager (in)consciente, que se levantou bem cedo para "acampar" à porta do estádio, mesmo sabend que o concerto só teria início à noite. Horas e horas de espera, com uma t-shirt do próprio Jon orgulhosamente envergada, para ficar mesmo à frente do palco, encostada ao gradeamento. Sim, sou capaz de ter corrido algum risco de vida, mas naquela altura valia tudo para ver de perto aquele homem que tinha (e tem) tudo no sítio. E a voz bem colocada, também.

Os tempos mudam, a histeria passou, mas continuo a saber de cor as letras das músicas mais antigas desta banda. Confesso que conheço muito pouco o trabalho recente. Mas saberei sempre as letras de músicas como "In these arms", "Livin'on a prayer", "Always", "Ths ain't a love song", etc. Hoje, é para cantar até que a voz me doa.

PS- já agora, que o Jon vista aquelas calças de ganga justas que lhe ficam tão bem.

PSII - e sejamos honestos. Já não se fazem músicas como estas.






25 de junho de 2013

Ai a gravata faz calor?

Os homens andam num queixume que só eles, porque acham que agora é que têm mais razões de queixa do que as mulheres, agora é que é, agora é que é mais difícil ser homem. Problema : a gravata. Não aguentam a gravata, com o calor que se faz sentir. Invejam os nossos decotes e a nossa indumentária. Pois sabem o que vos digo? Ainda não é desta que "ganham"! E sabem porquê?

Muito mais calor do que uma gravata, faz o cabelo comprido pá! Experimentem, e digam coisas.

(isto só funciona para os homens de cabelo curto, claro está. A minha solidariedade para com os outros).

Tivesse eu uma varinha mágica...

...e a minha primeira opção, seria fazer desaparecer da minha vida aquelas pessoas com as quais temos mesmo de lidar no dia a dia, mas que nos sugam a nossa energia e boa disposição. Muito, mas muito à frente de qualquer outra coisa. À frente do euromilhões, à frente do homem da minha vida ( vejam, vejam bem o quanto esta gente me afecta, para deixar o pobre coitado para trás, perdido no Mundo, continuamente à minha procura), à frente de tudo o resto. Nem sempre tive esta percepção, e há uns anos atrás não tinha noção do quanto isto me poderia afectar, mas cada vez mais tenho como ponto assente : as más vibrações de quem nos rodeia, afectam-nos mais do que gostamos de admitir. Mais do que queremos. Pensem nisto 5 minutos. A forma como conseguem afectar o nosso estado do espírito, a forma como conseguem deixar-nos de nervos em franja, a energia que gastamos a combater esta praga humana.
Lido melhor com determinadas pessoas, desta índole, do que com outras. Os patetas puros, aqueles que não entendem qual o seu lugar, que se acham mais do que os utros mas não têm grande maldade, são pessoas sem noção, simplesmente, não me afectam tanto. Já os mal educados, são capazes de me fazer ganhar cabelos brancos. Os arrogantes, idem. Se há situação em que sinto enormes dificuldades, é em estabelecer um diálogo com quem é arrogante. É um esforço épico, é uma luta gigante entre a vontade de responder à letra e a necessidade de manter a postura. Há outra estirpe com a qual tenho dificuldades em lidar : os de mal com a vida. Constantemente. Quem é que não conhece alguém que se queixa, de tudo, de manhã à noite ? Com e sem razão? Que já acorda mal disposto, que acha que o Mundo cnspira contra si, que acha que tem a pior das sortes, que julga que os outros estão sempre melhor, que é capaz de fazer um dia de sol parecer um dia de trovoada?
Pudesse eu, e o primeiro movimento da minha varinha, seria para fazer desaparacer todas estas pessoas com as quais, infelizmente, sou forçada a lidar quase diariamente. Podemos escolher as amizades, mas é praticamente aqui que começa e acaba o nosso poder de decisão. A nossa liberdade em relação ao tipo de pessoas com quem interagimos.Todos temos obrigações diárias que nos remetem para uma espiral de gente que não escolheríamos como companhia, nem que fossemos as últimas pessoas à face da Terra. 
Acreditem no que vos digo : faz-me mais falta ter o privilégio de lidar apenas com quem quero, do que uma saca cheia de dinheiro. Se bem que...com uma saca cheia de dinheiro, raios me partam se mais algum dia nesta vidinha eu aturo uma pessoa destas. Palpita-me que hoje não me esqueço de jogar no Euromilhões.

24 de junho de 2013

O Poliamor.

"...é a prática, o desejo, ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos..." segundo a definição contida na Wikipédia. Confesso que desconhecia a existência de palavra para este conceito. Nas últimas férias li um artigo sobre este assunto que achei deveras interessante. O assunto em si é, aliás, interessante. Fez-me avaliar a possibilidade de um dia me ver envolvida num relacionamento de poliamor. Se seria capaz, se seria feliz dessa forma.
Basicamente, estamos a falar de "casais" compostos por três elementos, com conhecimento e aceitação de todas as partes, que chegam, muitas vezes, a partilhar o mesmo tecto. O dia a dia é igual ao das restantes pessoas e casais, com algumas (!!) nuances que permitem que a convivência seja o mais saudável possível. Se é verdade que há dias em que jantam os três, também há aqueles em que um dos elementos fica de fora para permitir um jantar romântico aos outros dois. Se existe espaço para programas e conversas que envolvem todos os elementos, também existe espaço para programas a dois. Estamos a falar de relacionamentos que podem envolver duas mulheres e um homem, ou dois homens e uma mulher. Todos afirmam ser possível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Não conseguem viver de forma realizada com uma, apenas. A mulher ama aqueles dois homens, e eles "sujeitam-se" a partilhá-la. O homem ama as duas mulheres com quem vive, e estas, por sua vez, aceitam o relacionamento que mantêm com ele de forma partilhada.
A questão de ser possível amar duas pessoas até é, para mim e hoje em dia, pacífica. Acho perfeitamente possível. Sei que a maioria das pessoas não concebe esta hipótese, mas quem já a viveu, como eu, sabe que sim, é possível. Por motivos diferentes, é possível amar duas pessoas completamente distintas em tudo : personalidades, vivências, estilos de vida. Mas o caso já muda de figura se me pergutam se, mesmo amando duas pessoas, conseguiria perspectivar uma vida a três. Aqui, e por muito que cada vez mais me custe dizer que "nunca" farei isto ou aquilo, "nunca" agirei desta ou daquela forma, consigo dizer que muito dificilmente me veria envolvida num relacionamento tipico do Poliamor. Nem como figura central, nem do lado de lá. Não critico quem o faça, até porque, aparentemente e à sua maneira, há quem consiga ser feliz assim. Mas não é vida para mim.
Há quem defenda que é para lá que os relacionamentos caminham. Que as relações a dois, tradicionais, estão condenadas. Cada vez mais. Apesar de não discordar desta visão, a avaliar pelos relacionamentos que vou conhecendo, se é para aqui que caminhamos nesta matéria, vou ficar para trás. Se num futuro próximo (enquanto cá ando) esta for a tendência, estou fora. Não contem comigo.

E vocês? Há alguém desse lado com perfil para o Poliamor?


21 de junho de 2013

Anda um Pai a criar uma filha para isto.

Quando ouvi dizer que andava por aí uma mulher a querer ter sexo com 100 mil homens diferentes, depois de rir à gargalhada, detive-me nos motivos que levarão uma mulher a tomar uma decisão destas. Estou dividida, indecisa e baralhada. Vejamos:

a) está desempregada e sem ideias para passar o tempo;
b) percebeu que estas coisas costumam trazer um encaixe (percebem??) financeiro engraçado;
c) está a brincar e daqui a uns dias vem largar um "mas pensam que sou valente badalhoca??"; ou
d) é uma valente badalhoca.

A moça diz que vai varrer a Polónia, e quando "fizer" todo esse território, vai correr Mundo. Neste momento, a minha compaixão vai toda para os homens por aí espalhados. Ainda pensei que a moça fosse assim uma estampa de parar o trânsito, mas a mim parece-me mais que se terá estampado contra qualquer coisa.

Para quem não conhece:



Se o Pai Júlio aqui estivesse, largava já um "que desconsolo" (frase típica sua, que adoro, apesar de ter sido algumas vezes dirigida a mim na altura em que era uma adolescente).

20 de junho de 2013

"É insustentável o direito à greve".

Estão sentadinhos? Assim bem seguros? Então já podemos falar disto :

"O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, defende a proibição da realização de greves nos sectores das forças armadas, forças de segurança, saúde, justiça e transportes."

Em compensação :

"À limitação constitucional do direito à greve, nas referidas áreas, “deve corresponder, por parte do Estado, uma compensação material e social aos trabalhadores desses sectores, visto que embora a respectiva carreira resulte de uma opção pessoal, têm de ser ressarcidos por não beneficiarem da totalidade dos direitos laborais”.

Noticia aqui.

Bom, eu sugiro, já que se pretende mexer na CRP para acabar com o direito à greve para alguns trabalhadores de determinados sectores, que se acabe com o Princípio da Igualdade. Com o Direito à Liberdade (seja como for, ela já é cada vez mais escassa). Com a Liberdade de Expressão (é da maior importância que se acabe depressa com este. Cada vez mais há que calar as pessoas que têm, cada vez mais, razões para protestar). Com a Liberdade de Imprensa (os jornalistas, aqueles bons, também começam a incomodar e a ser inconvenientes). Com o Direito de Manifestação (uma vergonha, que ainda exista). Ia sugerir que se acabe também com o Direio ao Trabalho, mas com este já não precisamos de nos preocupar.

Aproveite-se a revisão que o Sr. Jardim quer, e acabe-se com tudo isto. Esta história dos Direitos está completamente ultrapassada. Aliás, acabe-se com a Constituição da República Portuguesa de uma vez. Tem sido uma valente pedra no sapato do Governo.

Ou isto, ou mande-se este homem para um buraco negro qualquer.

As Mulheres e as fardas.

Vamos falar do cliché mais antigo do Mundo? Faço parte da carneirada de mulheres que tem de conter um suspiro/gritinho quando vislumbra uma farda. É inevitável. Cruzo-me com centenas de homens diariamente, mas se um vestir uma farda, é garantido que vou olhar duas vezes. Não há como não olhar. Pode ser um trambolho, mas a farda já me chamou a atenção e, na minha cabeça, está ali um homem bonito e charmoso. Há ali qualquer coisa de deveras atraente, sedutor, atractivo. Não sei se é da sensação de poder que a farda emana, se é a curiosidade em relação ao que fazem estes homens aparentemente cheios de poder no seu dia a dia, não sei se é da vontade de passear de braço dado com eles e mostrá-los ao Mundo, mas é assim e pronto. Ontem, em pleno supermercado, no corredor das bolachas (não falemos disto, adiante, avancemos), tropecei em dois moços com aquela que julgo ser a farda da Marinha Portuguesa (também eles comem bolachas, fica já esta questão esclarecida aqui), e o fenómeno repetiu-se. Eu, que sou distraída ao ponto de ser possível encontrar um conhecido neste mesmo corredor, nem dar por ele e passar pr mal educada, olhei duas vezes (ou três, but who's counting?) e sou capaz de ter fantasiado um bocadinho. Como é óbvio, estes homens têm perfeita noção deste poder que exercem. Ia jurar que trocaram um sorriso à laia de "resulta sempre". Não é à toa que qualquer show de strip masculino que se preze, começa com uma farda de bombeiro, polícia, oficial da marinha ou afim. Algum stripper se veste de Advogado ou de Director Financeiro? Pois que não.
Este episódio fez-me pensar que, em tempos de jovem universitária, podia ter estabelecido um romance que, quiçá, teria resultado num feliz casamento com um jovem destes. O que é que fiz? Não lhe liguei patavina, claro está. Estará agora casado, Pai de filhos e a ser passeado pelo braço de outra.
Aos homens que estarão desse lado a revirar os olhos, desculpem lá, sim? Se vocês podem ter os vossos clichés e gostar das mamalhudas, perder a cabeça com altas, loiras e de olhos azuis, fantasiar com as saias curtas das executivas e etc, fiquem sabendo que nós também temos as nossas fantasias.

Há por aí mulheres que resistam a isto?

PS- palpita-me que em breve, muito breve, sou menina para rever o "Oficial e Cavalheiro". Fardas e Richard Gere? O que é que uma mulher quer mais?

19 de junho de 2013

Life's truly a bitch.

Às vezes olhamos para trás, e nem é preciso viajar muito no tempo, e percebemos que já nos queixámos de barriga cheia. Que estava tudo no sítio certo, mas a nossa vida parecia-nos contantemente uma casa desarrumada onde não encontrávamos as coisas que nos fazem falta. Isto tem acontecido comigo, mais do que seria de desejar. Se tenho defeito que se pode dizer bastante acentuado, é uma tendência enorme para a insatisfação. Não aquela que nos faz andar infelizes, mas aquela que sentimos quando, mesmo perante a quase perfeição, achamos que podiamos estar melhor. Porque queremos sempre mais, e melhor e podiamos estar onde não estamos e com quem não estamos e porque achamos, erradamente, que se acreditarmos que está tudo no sítio estaremos a acomodar-nos, e a pior coisa na vida é a acomodação. Reconheço, sem problema, esta tendência em mim, e a necessidade de alterá-la. Um dos objectivos a que me propus nos últimos tempos, é precisamente esse.
Esta noção já estava bem enraizada em mim mas, agora, numa fase em que, efectivamente, posso queixar-me de vários aspectos, quer ao nível pessoal quer a nível profissional da minha vida, parece-me ainda maior o erro em que tantas vezes caí ao achar que precisava de mais qualquer coisa. Agora sim, fazem-me falta coisas que não estou a conseguir atingir. Que já tive, que já correram melhor. É um bocadinho aquele velho cliché que diz que só damos valor ao que não temos, mas é bem verdade. Estamos todos carecas de saber isto, mas qual de nós não cai neste erro de vez em quando? É tão fácil, tão simples, tão tentador. Tudo corre bem, mas queremos mais. Não percebemos que chega perfeitamente. Esquecemo-nos que nem sempre foi assim, e que um dia não será. E, agora, numa fase menos boa, numa fase em que, de facto, há que lutar por uma série de coisas e combater uma insatisfação justificada, apetece-me rir de mim mesma enquanto vou dizendo "é para aprenderes". Por sorte, estamos sempre a aprender. Ou quero acreditar nisso. Sempre a crescer e a tempo de alterar o que está menos bem na nossa personalidade. E, mesmo com todos os defeitos que encerro em mim, se há coisa que faço como ninguém, é assumir os meus erros e a minha imperfeição quando tem de ser. Só por isso, acredito que vou a tempo.

18 de junho de 2013

CM e o vício dos jogos. Tudo sobre a relação de dependência.

Posso até ter um aspecto girly, dar importância aos detalhes, ser a típica mulher em muitas coisas, mas noutras sou tão homem que até assusta. Uma delas é claramente o vício dos jogos.
Durante anos, enquanto vivi debaixo do mesmo tecto que o maninho, era eu quem controlava as consolas do coitado. Ele jogava quando tinha a sorte de me apanhar fora de casa, porque se estivesse em casa, a probabilidade de estar agarrada ao comando da consola a jogar, era de quase 100%. No Colin McRae, no Daytona e no Need for Speed, era praticamente impssível ganhar-me.  Hoje em dia, tenho a certeza que não posso ter em casa uma consola, na idade adulta. Temo por mim. Temo perder o emprego por ficar a jogar até de manhã, temo ganhar raizes no sofá, temo perder o contacto com o mundo exterior, temo vir a viver com um homem que tenha o mesmo vício. É garantido que preciso de uma cara metade que não sofra do mesmo, como se eu própria fosse aquele homem que as mulheres se queixam de descurar o resto da vida a dois, em deterimento das horas que passa agarrado às consolas. Temos pelos dois, se calha juntar-me a um destes.
Há 3/4 anos, e é com alguma vergonha que hoje assumo isto, andei viciada no Farmville. Eu sei que era eu e mais o resto do Mundo, mas hoje isto parece-me tão parvo, que não entendo o que aconteceu. Lembro-me de ouvir falar do jogo, de rir à gargalhada na cara dos amigos que jogavam, e passado meia horinha estar agarradissíma ao computador, a plantar, a semear, a podar, a construir, como se aquilo fosse mesmo qualquer coisa com sentido. E mais. Eu era daquelas que jogava o raio do jogo com o som ligado. Dá para acreditar? Uma desgraça. Demorei a sair deste transe...
Actualmente, e porque não arrisco comprar uma consola lá para casa, caí novamente no vício e no erro. Caí no erro de experimentar um jogo de que todos falavam, uma coisa assim mais girly mas, surpreendentemente, muito jogada também pelo sexo masculino, que se chama Candy Crush. É que só visto. As horas que já perdi, de olhos em bico, agarrada ao telemóvel. Em todo o lado. No comboio, na praia, enquanto o jantar está ao lume, enquanto falo ao telefone com gente chata, tudo serve.
Quem já joga, sabe do que falo. A quem não joga ainda mas sofre do mesmo "problema" que eu, sugiro que se mantenha "afastado da luz". É um caminho sem retorno.

Caso para terapia?

17 de junho de 2013

O que as férias nos ensinam.

É bem verdade que uma pessoa está sempre a aprender, e as férias não constituem uma excepção. Voltei bem mais esclarecida, sobre os mais variados (e pertinentes) assuntos da nossa sociedade. Vou partilhar convosco, porque acredito piamente que isto do partilhar o saber é importante. Vejamos:
- regressar de autocarro, às 3 da manhã, de um Casamento em que se comeu e bebeu como se não houvesse amanhã, é uma péssima ideia. Sobretudo quando se enjoa facilmente. E sobretudo se estamos a falar de uma viagem de uma hora. Divertido, mas arriscadíssimo. Parvo, pronto;
- se uma pessoa tem pouca sorte durante o resto do ano, uma pessoa terá pouca sorte mesmo de férias. Isto é o mesmo que dizer que, à primeira oportunidade, uma pessoa será multada. Uma multa de estacionamento para abrir a pestana. Parquímetro pago até à meia noite, já ouviram falar? Pois que existe. Agora já sei. Tinha acabado de chegar. Not cool;
- nasci para apreciar as coisas boas da vida. Boa comida, boa companhia, boas praias, bom clima, boa diversão, bons livros, boas conversas. E para isto preciso de estar de férias. É mais fácil. Dito isto, confirma-se o que já sei há algum tempo : nasci para ser rica;
- os areais portugueses não mentem : as mulheres estão a envelhecer bem melhor do que os homens. É vê-las, bem feitas e jeitosas, a passear-se ao lado das barrigas de cerveja dos companheiros;
- os homens ainda não perceberam o que vestir na praia. São poucos aqueles que acertam. Ou o calção é demasiado comprido, ou demasiado curto, ou é uma tanga. O calção certo permanece quase um mistério;
- entrar num bar ou numa discoteca para dançar, e encontrar pessoas de 30 ou mais anos, é cada vez mais raro. Uma pessoa, mesmo uma jovem trintinha como eu, sente-se quase como num baile de finalistas do liceu;
- e, por último, aquela que é uma verdade incontornável : acho que nunca na vida, desde que me lembro de ser gente, consegui descansar o suficiente nas férias. Mas é sinal que pouca coisa ficou para fazer, e só isso já me faz sorrir com vontade enquanto escrevo esta frase.





7 de junho de 2013

CM e o seu Bikini XS.

Minha gente linda, vão chamar-me uma mão cheia de nomes feios e cabeludos depois deste post. Ainda assim, e como mulher corajosa que sou, há que dizer as coisas como elas são.

- Vou de férias;
- Vou de férias com o meu Bikini novo, tamanho XS.

Quanto ao primeiro assunto, e antes que passem da parte em me me chamam cabra sortuda do caraças, para a parte em que se lembram que está quase a chover lá fora, deixem-me dizer que, no sítio onde pretendo alapar-me durante uma semana, as temperaturas são estas:






Quanto à segunda questão deste post, não tenho explicação. Antes que me chamem uma cabra miúda magra para caraças, eu acho que os fabricantes estão doidos. Eu não cabia num Bikini XS, para aí desde os 5 anos de idade. Se é que isto chegou a acontecer. Mas já que é assim, ando orgulhosa da vida. Acho até que vou pavonear-me com a etiqueta de fora, nos areais deste País, para que não restem dúvidas.

Coisas que não interessam a ninguém à parte, este blog vai de férias comigo, como é costume. Talvez apareça por cá, mas só para postar uma ou outra foto daquelas que vos vai fazer chamar-me mais umas coisas fofas.

Até já.

6 de junho de 2013

Onde é que se compra uma boa dose de paciência?

Pessoas que não tem filhos. Este post é para todos, como sempre, mas é sobretudo para as pessoas que não têm ainda descendência. Já experimentaram dizer, à frente de alguém que tem filhos, que andam cansados? Já? Experimentem, que é uma coisa a não perder. Mas antes tomem um Xanax ou qualquer coisinha mais forte.

"Ando tão cansada. Mesmo a precisar de férias. Parece que fui atropelada, credo!"

"O quê, CM?? Cansada ando eu! Essa agora! Não tens filhos, sabes lá tu. Então o que dirás quando os tiveres? Não te queixes sem motivos, que disparate! Cansada estou EU!".

Ora bem, vamos ver se explico isto em bom português : "Vão à merda!!" Perceberam? Pessoas (e são mais as mulheres que padecem deste mal, para minha grande desiluação) com filhos que acham que os outros não podem estar cansados, não podem ter milhentas coisas para fazer, não têm sequer direito a pensar na exaustão, quanto mais a senti-la, não têm outros problemas, não têm vida, não podem queixar-se. Somos uns valentes filhos da mãe, com vidinhas fáceis, que vivemos no bem bom, que andamos cheios de genica e nem precisamos de férias. Aliás, eu estou a pensar em doar (pena ainda não ser possivel, mas há que reverter isto) os meus dias de férias a alguém que tenha filhos. Porque eu, CM, não preciso delas. Sei lá o que é estar cansada. Afinal de contas, só no dia em que for Mãe terei, além de todos os outros direitos que vos estão reservados, direito a estar cansada.

Cabrice minha, queixar-me. Peço desculpa.

Ps- felizmente, conheço Mães normais, que não têm este tipo de discurso. Mas sobre as outras pergunto-me, várias vezes, o que raio terá feito curto-circuito dentro daqueles cérebros.




5 de junho de 2013

O poder do perfume masculino.

Homens, venham cá. Caros leitores, não pensem que eu não gosto de vocês e que não dou uma ajuda de vez em quando. Aliás, todos ganhamos, ganham vocês e ganhamos nós, mulheres com quem se cruzam nas ruas deste Mundo. Fixem bem isto, que é um conselho valiosíssimo e de borla, como se quer nos dias que correm : poucas coisas, muito poucas coisas, são tão sensuais num homem, como o toque do perfume certo na quantidade certa.  Um homem pode não ser uma estampa, pode até não estar num grande dia a nível de guarda roupa, pode estar a dever umas idas ao ginásio (e quem não está, não é certo...?), pode ser baixo e nós até temos queda para os altos, pode ser alto e só termos olhos para os baixos, pode ser loiro ou moreno, pode até ser ruivo e ter sardas, mas um homem bem perfumado, tem muito mais probabilidades de nos chamar a atenção. Sempre, mas SEMPRE, que me cruzo com um homem que deixa atrás de si um odor a um qualquer perfume maravilhoso (e convenhamos que raros são os perfumes masculinos que não são melhores do que os femininos) na medida certa, viro a cabeça. Tem, imediatamente, a minha atenção. E, dizem-me as famosas estatísticas com a garantia CM, que isto é assim para 90% das mulheres.
Infelizmente, parece que os homens não são ainda grandes adeptos de perfumaria. É com muita pena e alguma desilusão, que constato, todo o santo dia, que são poucos os que valorizam este "toque" final. Experimentem, homens, experimentem e depois contem-me coisas. Um bom perfume, não só nos chama a atenção, como denota algum cuidado (não vale não tomar banho e despejar o frasco de perfume em cima. Isso não só é batota, como é uma grande badalhoquice) e alguma vaidade q.b., a qual, diga-se sem rodeios, é importante também.
Vá lá moços. Perfumem-se e façam-nos a todos felizes. Com a garantia CM.

4 de junho de 2013

Assim vão as coisas na Ordem dos Advogados.

Um grupo de advogados estagiários terá interposto uma Providência Cautelar com vista a acabar com a exigência da realização de provas no âmbito do estágio, e com o seu necessário resultado positivo, para poder ver o seu nome inscrito na Ordem dos Advogados (fora o exame final de admissão).

Foi dado deferimento à Providência Cautelar, e, consequentemente, ordenada a suspensão da realização das provas. Aparentemente, uma "nova" Lei admite, no máximo, um exame de agregação no final do estágio.


Agora aparece Marinho Pinto, que uma vezes defendo, outras acho que viola tudo o que é princípio Deontológico, a dizer que as provas são para realizar porque a decisão só se aplica aos autores da providência cautelar? É assim que vai a Ordem dos Advogados, actualmente.

Honestamente, não recordo os tempos de estágio com qualquer tipo de saudade. A morosidade, a complexidade, a falta de condições práticas para cumprir todos os requisitos sem os quais nem nos poderíamos submeter a exame, o carácter gratuito do estágio. E recordo-me bem da sensação de "tudo por tudo" que se sentia no momento de realização destes exames. Imagino o que seja estar no meio desta confusão, com toda esta incerteza, e com a noção que estão em causa anos de trabalho, trabalho que é árduo. A minha solidariedade para todos os estagiários envolvidos neste processo infeliz.

Hoje é o primeiro dia em que não estás a trabalhar para pagar impostos

Diz que é isto. Tens vontade de chorar? Também eu. Não sabes bem o que vai ser feito do que auferiste no resto do ano? Eu também não.

Mas está um dia lindo, não está?

3 de junho de 2013

Vamos lá a tapar esses regos, sff!

Sendo eu uma moça que habitou no Campo durante 32 Primaveras, até poderia estar aqui a falar  da terra, e da lavoura. De valas e de enxadas para tapá-las. O meu Pai ficaria até, certamente, orgulhoso e teria fé na continuidade do trabalho que desenvolveu durante uma vida. Mas não. Desiludo o Pai, ao mesmo tempo que crio imagens de terror nas vossas cabeças. Estou a falar do rego do rabo, mesmo. Eu peço desculpa, eu sei que a imagem é terrífica, mas daqui para a frente só piora.
Este não é um problema exclusivo do Verão, mas a verdade é que tende a agravar-se nesta Estação. O calor chegou há pouco tempo, e eu já perdi a conta aos regos que vi por aí. Sem pedir. Sem estar preparada. Sem estômago para isto. É um problema tendencialmente feminino, face ao uso de calças de cintura descida. É vê-las, por aí, de fio dental de fora. Uns bons 5 cms de fora, nalguns casos. Com calças que não lhes serviam aos 10 anos, quanto mais aos 30. Gosto particularmente das que vestem 2 números abaixo. Não só lhes temos que ver o rego, como toda aquela carne apertada de ambos os lados da cintura, que grita por ajuda (por um par de calças do seu número, diga-se). E se isto já é escabroso o suficiente, não esquecer que também a classe masculina nos presenteia de quando em vez, com esta visão. Alguns, até, acreditam que usar as calças uns bons centímetros abaixo dos boxers, é que lhes fica bem. E depois não só caem as calças, como descaem os boxers. E neste caso, geralmente - e peço mais uma vez desculpa pela imagem, mas há coisas que têm que se chamar pelos nomes - com o bónus dos pêlos. Pior do que ver um rego, só vê-lo carregado de pêlo.
É vê-los, por aí, em cada esplanada, em cada areal, em cada cadeira com as costas abertas - fim a estas cadeiras, digo eu- enquanto eu tento por tudo acalmar o meu estômago e constato que um dos grandes males da humanidade, é a falta de noção. De todas as espécies.
Por isto, e a bem da minha sanidade mental, o meu apelo no dia de hoje é este : "tapem bem esses regos, pá!!". Agradecida.

2 de junho de 2013