É basicamente isto.

É basicamente isto.

20 de janeiro de 2014

As Praxes, sempre a merda das Praxes.

Ainda tentei escrever este título de outra forma, mas não consegui. As praxes são uma merda. Uma verdadeira merda, daquelas que não serve para mais nada, a não ser, e na melhor das hipóteses, humilhar o praxado. E não me venham para aqui com a história que a praxe é uma tradição e que é uma forma de integrar o praxado, o novo aluno, na vida académica. Deixemo-nos de merdas. As praxes tem o objectivo de divertir aquela gente que se acha uma grande merda só porque está na Universidade, só porque veste um traje, só porque é mais divertido estar a humilhar pessoas do que ir às aulas, chatas, enfadonhas.

Já terei escrito por aqui alguns artigos contra as praxes. Eu própria fui praxada, e eu própria me recusei a participar a partir do momento em que achei que o meu limite estava a ser ultrapassado. E se é verdade que não tive problema algum com isso, também é verdade que conheço quem tenha tido. Quem tenha sido ameaçado e obrigado em participar em praxes, contrariado. Nunca, nos 5 anos de vida académica, praxei um único aluno. Nunca, sequer, me passou pela cabeça. Sendo verdade que existem praxes que não passam de brincadeiras inofensivas, a verdade é que a maioria é de um exagero, e de uma violência, quer fisica, quer psicológica, que nunca deveria ter sido permitida. "Mas os caloiros divertem-se e até gostam." Uma merda é que gostam. Não briquem comigo. Os caloiros participam à conta do "medo", do terrorismo que é feito.

Este assunto volta a estar em cima da mesa com a tragédia da Praia do Meco. Agora, semanas depois, parece existir uma explicação para o que aconteceu. Parece estar explicado o que faziam aqueles jovens naquela zona. E, pasme-se, alegadamente, estariam a participar numa Praxe segundo a qual teriam de entrar na água da Praia do Meco. Por enquanto, alegadamente. O sobrevivente ainda não prestou declarações. O sobrevivente, o Dux, estará em choque com a tragédia. Não me vou alongar nas considerações sobre este caso concreto e as consequências que daqui deveriam advir caso se confirme este cenário, mas, a confirmar-se, eu só posso esperar que este caso mostre, sem sombra de dúvidas, que esta história das praxes deve ser totalmente proíbida. Que deve ser punida, caso continue a praticar-se. Que deve ser tratada como crime, e não como uma brincadeira de gente trajada. Proibir as praxes acabará com os abusos que todos conhecemos. Ao contrário, mantê-las servirá para quê? Para divertir um bando de gente entediada? Deixem-se de merdas. 

80 comentários:

  1. Não poderia estar mais de acordo Claudia!!! Se a policia vier a confirmar que se tratou de praxe, este assunto devia ir para debate!!!
    Não fui praxada porque estudava à noite e as poucas vezes que via os caloiros a serem praxados esquivava-me para ninguém me ver. As únicas praxes de que fui vitima,foi de amigos em brincadeira e entre paredes, sem violência e sem terrorismo.

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    1. Eu sobre este assunto até tenho receio de me alongar, porque não se sabe bem o que se passou, mas eu acabava com esta palhaçada das praxes. E era para ontem!

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  2. Podes apagar este artigo ou passá-lo para rascunho. É que eu já estava na fila.

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  3. Detesto praxes, abomino praxes. Faltei as minhas (há muitos anos atrás).

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    1. Eu ainda participei de início, mas o que eu devia ter feito logo era ter dado uma valente gargalhada, ter atirado o cabelo para trás, e ter gasto aquelas horas em qualquer coisa proveitosa.

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  4. nada a acrescentar, certeira.. nunca fui praxada (nao me perguntes pk), nunca praxei mas vi muita estupidez, muita humilhação, muita falta de caracter de gente que nao tem nada pra fazer e se diverte a maltratar os outros.
    vao p a universidade para estudar, educar-se e nao aprender a espezinhar os outros.

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  5. Assim que me apercebi que o objetivo não era brincar....era humilhar, ninguém voltou a por-me a vista em cima...isto há mais de 25 anos atrás.
    Peço a todas as alminhas que daqui a 3 anos essa merda já tenha sido proíbida...caso contrario...vão ter sarilhos comigo...a mais velhinha entra daqui a 3 anos para esse mundo...e ai de quem ponha a sua dignidade/ vida em risco!!!!


    Disseste tudo minha amendoa, tão bem, tão bem que acho que vou levar comigo, se não te importas!

    jinhoooossss

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    1. Eu gostava muito que se proíbisse, mas tenho pouca fé...a ver vamos!

      Sempre à vontade, minha Suri :)

      Bjs

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  6. Só é praxado quem quer ser praxado.
    Só praxa quem quer praxar.
    As praxes só são violentes se quem as está a fazer for mau e quem estiver a ser praxado a aceitar.

    E pela tua lógica, se há praxes más, deviam ser banidas.
    Ok, o alcool é responsável por acidentes e que pessoas façam merda da grande. Vamos banir as bebidas alcoolicas.
    Os carros são responsáveis por imensas mortes todos os anos. Vamos banir os carros.
    O futebol é responsável por confrontos constantes que resultam em destruição, feridos e, algumas vezes, mortos. Vamos banir o futebol.

    Aaaah espera, a culpa é das pessoas que bebem, das pessoas que têm uma condução perigosa, das pessoas que não se sabem comportar num jogo.

    Como tudo, (quase) nada deve ser banido. Deve, sim, ter as suas regras e estas serem respeitadas para que tudo funcione sem problemas. Porque já se sabe que ovelhas negras há-as em todos os lados.

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    1. Só é praxado quem quer? Não é verdade. Como sabes, certamente, há muito boa gente que não tem capacidade para recusar participar numa praxe, com receio das consequências. Em último caso, com receio de vir a ser a ovelha negra do sítio.

      Só praxa quem quer praxar? Óbvio.

      A Praxe violenta para ti é o quê? É só a praxe fisicamente violenta? A larga, mas larga maioria delas é, pelo menos, violenta do ponto de vista psicológico. O objectivo é que alguém faça "figurinhas" que divirtam os Srs. Drs.

      Para quem quer beber e ainda assim conduzir, existe um limite legal, não te esqueças. A condução também tem legislação. As pessoas que criam confrontos nos estádios, quando identificadas, estão sujeitas à Lei Penal. O que é que foi feito, até hoje, em relação às praxes? Ou para controlar as praxes? O que é que as Universidades fazem por isso, para começar? Alguém se preocupa verdadeiramente com esta questão? Não. É vista como uma brincadeira. Saudável, não é?

      Se me disseres que vantagem tem a praxe, talvez consiga prosseguir este debate contigo.

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    2. Mustache tem toda a razão. Só é praxado quem quer. Ponto. Que importa o que os outros dizem? Só fazemos o que queremos e aceitamos.

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    3. Discordo. Ia chamar-vos valentões, mas nem me apetece brincar com o assunto. Mas, vamos partir do princípo que vocês os dois têm razão, que não têm. Mas vamos lá fingir que sim : é praxado quem quer. Ok. E durante a praxe, que só aceita quem quer? Quem estabelece os limites? Quando o praxado entender que, afinal, aquilo não era só uma "brincadeirinha" e já está a ultrapassar os limites? Ou, sendo consentida, não terá limites? E se acham que só é praxado quem quer, isso, na prática, quer dizer o quê? Que a responsabilidade do que acontece durante a praxe é dos praxados? Nesse caso, e como os jovens do Meco não estavam algemados, que se saiba, e foram para ali pelo seu pé, queres que os outros falem para quê?

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    4. Uma coisa não está relacionada com a outra.
      As pessoas são livres de dizerem que não querem participar. Podem, muito naturalmente, dizer que não fazem. Cada um tem o seu limite, e pode e deve aplicá-lo em tudo na sua vida. Tal como nas praxes.

      Há alguém ou um conjunto de pessoas que sugere uma praxe. O praxado aceita ou não. Quem aceita porque "sim", é fraco.

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    5. Mas então quando "eu" digo que sim à praxe, que, como tu dizes, pode ser uma brincadeira apenas e não abusiva, devo ter noção que estou a sujeitar-me a que a coisa de descontrole e acabe em morte? Ou devo partir do princípio que pode descontrolar-se e recuso sempre, na dúvida? Nesse caso, não existindo "voluntários à praxe", acaba o instituto. E sim, a praxe mais inofensiva do Mundo pode descontrolar-se à conta do poder que quem praxa acha que tens nas mãos e da adrenalina que isso lhe dá.

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    6. Acho que isso já é afastar da realidade do caso.
      As pessoas participam se querem. Depois de entrarem no "jogo", se por acaso virem que a coisa está a sair de controlo, de decência ou seja o que for, param. Se quiserem.

      Ou seja, as pessoas podem não entrar ou podem sair quando quiserem.

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    7. Estás a dizer-me que as pessoas que já morreram durante as praxes, não saíram porque não quiseram? Queriam morrer, e decidiram ir para a Universidade que é sempre um sítio bom para morrer. Não tarda até foi bem feita, para aprenderem a saber impôr-se. POC, POC...estou quase a perder a cabeça contigo.

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    8. Não. As pessoas, principalmente os jovens, fazem asneiras. Não pensam bem nas consequências. Estão bêbados, drogados, podres de sono, cansados. Ninguém vai para morrer. Eu já fui para Marrocos e dei um mergulho onde podia ter lá ficado. Mas fui eu que fiz, ninguém me obrigou.

      Ninguém os obrigou a ir para o mar. Aceitaram, mesmo que não concordassem. Não perceberam onde se estavam a meter. É aceitável. Não estavam lúcidos, estavam envoltos em brincadeira, seja o que for.

      As pessoas podem sair das praxes quando quiserem, ponto. A partir daí, entramos no campo psicológico, de existirem pessoas que não conseguem enfrentar estes problemas. E se foi o caso, alguém tem de pagar por isto.

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    9. É aqui que discordamos a 100%. Não me parece assim tão linear que as pessoas possam sair da praxe quando querem. E depois quando dizes "...existirem pessoas que não conseguem enfrentar estes problemas. E se foi o caso, alguém tem de pagar por isto.", acabas por te contradizer. Mas concordemos em discordar. Euzinha torço para que acabem com esta palhaçada que, reforço, não tem qualquer efeito útil, além de tudo o resto aqui já dito.

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    10. Sim CM., só é praxado quem quer!
      Sim CM, durante uma praxe, se quiseres sair, ninguém te bate.
      Sim CM, os responsáveis são aqueles que fazem tudo e mais alguma coisa, seja que tipo de praxe for, para depois dizerem que são os maiores e que não tiveram medo de nada.
      Não CM, ninguém é excluido de grupos sociais por não entrar em praxes.
      Não CM, eles não morrem das praxes. Morrem porque estão demasiado bêbados, demasiado drogados, demasiado irresponsáveis para as situações em que se metem.
      (Claro que à exceções!)

      E não morrem assim tantas pessoas devido à praxe como querem vender. Neste caso foram 6 jovens, e ainda nem se sabe se foi devido a praxes ou não. Se falas da mensagem que foi enviada, sei lá as vezes que eu já fui a festas de aniversários e disse "deixa lá ver se sobrevivo lol". E podia ter morrido uma ou outra vez, mas sempre porque fui estupido ao ponto de beber até perder consciência de tudo e mais alguma coisa e, inclusivamente, pegar no carro e conduzir. Se eu tivesse morrido numa dessas vezes a culpa era de quem? Minha, da festa de aniversário, ou da pressão que supostamente possam ter metido em mim para ir à festa e beber?

      Porque aqui também há uma outra face das coisas: os jovens que fazem tudo, sem pensarem nas consequências, porque querem ser vistos como os caloiros mais corajosos e que fizeram tudo e mais alguma coisa, sem sequer pensarem duas vezes.

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    11. Sim, claro. Só é praxado quem quer. Só é vítima de bullying quem quer. Só é violado quem quer. Só se verga no trabalho quem quer. Só lambe botas quem quer. etc.

      Já ouviram falar na força dos pares? Processos de aculturação? E quando isto acontece da pior forma? Através da violência psicológica? Chantagens?

      O problema não está no indivíduo, enquanto elemento isolado, mas sim na sociedade e nos valores que partilhamos.

      As praxes são o exemplo perfeito de como a sociedade se desenvolve. Começa nas universidades e acaba na maçonaria. Estes rituais existem porque o indivíduo sente a necessidade de se integrar num grupo, mesmo que seja para assumir um papel de falhado. É verdade que há indivíduos, como foi o meu caso, que perante a primeira tentativa de praxe deu uma cabeçada no suposto veterano. Não tive. nem tenho medo de palermas. Não vivo segundo dogmas, nem desejo viver a vida imaginada por outros. Mas infelizmente muitos jovens não pensam assim e sujeitam-se a tudo só porque se sentem amedrontados e aterrorizados com a ideia de ficarem isolados.

      Em casa ouvem: Não questiones a professora. Não contraries o catequista. Não se desmente os mais velhos. Come e cala-te.

      Saímos da universidade e ao invés de privilegiarmos o sucesso pela via do trabalho, luta, dedicação e aprendizagem contínua, preferimos os grupinhos, o facilitismo de não confrontar a chefia, não pensar pela sua própria cabeça…uns bananas, sempre prontos a fazer o que lhes mandam, seja saltar para um poço, seja saltar “ondinhas”.

      Para estes jovens é preferível morrer afogado do que levantar ondas. Falhados.

      Antes Lobo Mau do que integrar rebanhos.

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    12. Mustache,

      Eu discordo de todas as tuas palavras, mas esta frase, então "E não morrem assim tantas pessoas devido à praxe como querem vender", é inqualificável. Não morrem assim tantas pessoas...mas devia morrer alguma? Tudo dito. Ficamos por aqui.

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    13. Mike,

      Uma vénia aos comentários aqui deixados sobre este tema, e as boas vindas.

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    14. A diferença entre as praxes, o bullying, as violações e o "vergar" no trabalho, é que no bullying e nas violações, as vitimas (vitimas) são obrigadas a fazerem algo que não querem, são coagidas e ameaçadas! Nas praxes, só participa quem quer. Ninguém fica sem amigos por não participar, ninguém é excluido, ninguem nada! (claro, à exceções..........)

      Não, não devia morrer ninguém.
      Da mesma forma que ninguém devia morrer por conduzir, ninguém devia morrer por trabalhar, ninguém devia morrer por estudar, ninguém devia morrer por estar a brincar... ninguém devia, mas às vezes acontece, não podemos é proibir/banir tudo, só porque às vezes as coisas se descontrolam.

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    15. Caro Mustache há muitas formas de obrigar alguém a fazer o que não quer...qualquer teoria de psicologia barata consegue explicar isso. Achas que nas praxes não há coação? Não há ameaças? Claro que há. Tu, eu e qualquer pessoa que tenha passado por uma faculdade sabe isso. A questão é como lidar com isso. Volto a insistir. Há obviamente pessoas fortes que não admitem esses comportamentos. Mas a maioria é fraca e aceita tudo em prol da inclusão. O facto de eu não admitir violência psicológica comigo, não me dá o direito de aceitar que façam aos outros. Seja violência psicológica na faculdade, na escola, na rua, no trabalho ou mesmo nas seitas.

      O que aconteceu na France Telecom é um bom exemplo como podemos levar as pessoas a cometerem loucuras através da psicologia barata. O assédio moral no local de trabalho é um problema semelhante às praxes. Ou fazes o que eu digo ou vais para o olho da rua. Ou fazes o que digo ou ficas encostado a um canto sozinho. Ou fazes o que eu digo ou serás descriminado o resto do ano lectivo, perdão, o resto do tempo de contrato.

      No caso das seitas, Charles Manson percebeu perfeitamente como controlar um conjunto de pessoas e obrigá-las a fazerem o que ele queria...até o suicídio. Bom sempre podemos ignorar as seitas dizendo que só alinha quem quer!!!!

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    16. Eu aceitei ser praxada, quando achei que estava a ser demais, virei costas, vim-me embora, confrontei a veterana, disse-lhe a ela e ao dux que para mim aquilo não era praxe, que era uma m***, disse-lhe que quando fosse na brincadeira, saudável eu estava lá para as fazer mas que jamais faria aquilo, que jamais faria algo que fosse contra quem eu sou/quero ser, jamais faltaria a aulas ou deixaria o meu tempo de estudo para ir fazer praxe...

      Fui levada a julgamento praxistico, todos ficaram contra ela, todos me deram razão, nunca sofri qualquer represália por o ter feito (ai deles que eram os próximos a serem acusados) e ela foi julgada depois pela instituição acima e foi retirada da praxe...

      Por isso dou toda a razão ao mustache - o problema são as "criancinhas" de mente fechada, que são simplesmente o estereotipo da sociedade que querem pertencer, que não pensam por eles mesmos e não se conseguem impor contra o próximo. Quem é assim ou tem filhos assim tem sempre que ter muita cautela porque o alvo mais fácil são eles sim, seja nas praxes, com os amigos ou com as drogas... é tudo uma questão de se imporem, de estabelecerem os seus limites e conhecerem as leis. E já nem falo das leis de praxe e direitos do caloiro mas sim dos seus direitos enquanto cidadão.

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    17. Mike comparar algo essencial como o trabalho que nos sustenta a uma praxe... é muito mau. Primeiro, se alguém vê a praxe como algo essencial à sua vida/bem-estar tem claros problemas de auto-estima e segundo a praxe não é o que os mantém... apesar de muitos viverem sim para aquilo. Por norma, são os que não dão nada na universidade, têm médias de fugir e são os que fazem as piores coisas na praxe. Por norma, também são desrespeitadores e extremamente parvos (e até dizia ricos mas aí estava a generalizar a minha experiência)... A verdade é que seja em que circunstância for (e sem a "psicologia barata") nós temos que nos saber impor como pessoa, saber ser nós próprios - isso também é ser adulto.

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  7. concordo com cada palavra que escreveste!

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  8. Pela minha experiencia, as praxes servem basicamente para que os machos mais latinos possam meter-se com as chavalas acabadas de entrar e ainda se aproveitarem um pouco (tipo conseguir meter a mão ali e afins)...
    De resto não vejo qualquer vantagem ou graça nas praxes.

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    1. Sérgio, acho que tens razão. Esqueci-me desses casos.

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    1. E estamos longe de alterar o que quer que seja, pelos vitos...

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  10. Já disse no Blog da Suricate e volto a dizer, em 1991, fui praxada em Coimbra, Nunca fui maltratada ou humilhada. A minha madrinha de praxe ajudou-me o curso inteiro e, ainda hoje, somos amigas. Agora só oiço coisas horríveis e penso que, das duas uma, ou eu tive muita sorte, ou as coisas mudaram mesmo muito desde há 23 anos.

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    1. Achoq ue a questão também passa muito por aí, sim : as coisas mudaram muitos no universo da praxe, infelizmente.

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  11. Como comentei no blog da Suri, venho cá deixar o meu testemunho. Não posso concordar com o que dizes em relação à praxe. Nem todas as praxes são o que devem, aliás, a maioria é efeivamente o que descreves (não passam de uma vergonha desprezível) mas há praxes que são apenas brincadeiras que pretendem integram e interagir com os novos alunos, dar-lhes as boas vindas e recebê-los, fazê-los sentir que aquela também é uma casa deles (a universidade). Aliás, era só para isto que todas as praxes deviam servir. É esse o verdadeiro e único sentido que devia ter a praxe.
    Como em tudo, há muita porcaria, muita gente que não presta, capaz de estragar um ambiente que devia ser de companheirismo e receção num abrir e fechar de olhos, sem remorsos, só (como dizes e eu concordo) para se sentirem melhores ou superiores (estupidamente!!! Mas, para isso. não precisam de um traje ou da capa das "praxes", se virmos bem, acaba por acontecer algo semelhante quando assistimos a casos de bulling, entre crianças de 10 anos. É simplesmente gente estúpida que nem merece o nome de "gente". E como tudo, também, quando ultrapassa os limites do razoável, é punível por lei como "coação", "incitação ao suicídio", "agressão física", "injúrias", e podia ficar aqui muito mais tempo...está TUDO no Código Penal, punido como Crime! Não me parece lógico, razoável ou necessário criar um crime de "praxes" ou uma proibição legal por esse motivo porque já está contemplado, tem é de ser posto em prática (como tanta coisa a esse nível).

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    1. Eu não acho que todas sejam abusivas, e até concordo que algumas são meras brincadeiras. No entanto, dado que cada vez mais os limites são ultrapassados e como não conheço ninguém que tenha tirado alguma coisa útil de ser praxado, a única forma de evitar as mortes que têm ocorrido, é a proibição. Os crimes tipificados no Código Penal podem ser aplicados a estas condutas, claro que sim. Mas não são, nem vão ser. E começa desde logo pelo facto de nem as próprias universidades relatarem os casos de abuso que conhecem. Todas desconhecem estes casos. Honestamente, não vejo qualquer vantagem numa praxe. Querem dar as boas vindas aos alunos novos? Perfeitamente de acordo. Joguem uma suecada ou façam um tour engraçado pela Universidade, apresentem-se, falem, convivam. Na verdadeira acepção da palavra, não como desculpa para praxar.

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    2. Mas desde quando é que para integrar alguém num grupo é preciso fazer praxes?? Que teoria de sociologia barata é essa? Qual é a diferença entre a praxe o bullying? Se um grupo de crianças de 10 anos humilhar diariamente repetidamente outra criança de 10 anos é bullying, mas se essas crianças tiverem 18 anos é praxe.

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    3. Mike, foi precisamente isso que eu quis dizer (embora se calhar não tenha sido clara)! Para mim, este tipo de praxes é a mesma coisa que o bullying.
      O que tentei dizer (CM) foi: para mim praxes não é isto. Chamem-lhe o que quiserem mas as praxes que eu conheci não são nada disso e passam muitas vezes, não por uma suecada, mas por uma partida de matraquilhos, pelo jogo da "cabra cega", jogos de equipa e nada do que por aí ouço chamar de "praxes" e que, na verdade, não passam de comportamentos legalmente puníveis.

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  12. muito li eu mas falta dizerem uma coisa: podemos todos recusar ser praxados podemos sim senhor, ninguem é obrigado a ser praxado. Recusamos, saimos da praxe e automaticamente os que recusam serão gozados, postos de parte e "espezinhados" psicologicamente pelos outros.... realmente, boa opção! ser humilhado ou ser humilhado eis a questão

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    1. Só é humilhado quem deixa.

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    2. Nix, quando respondi ali ao Musta que "Em último caso, com receio de vir a ser a ovelha negra do sítio.", era precisamente aí que queria chegar. Estou plenamente de acordo contigo.

      POC, tu estás mesmo a partir do princípio que todos temos a mesma estrutura psicológica e a mesma capacidade de lidar com confrontos, o que, só por si, faz com que estejamos em pleno desacordo logo à partida. Pura e simplesmente, porque não é assim.

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    3. verdade, tens td a razao, k estupidez a minha, nao sei pk ha tt gente a ser humilhada e outros a defender, se sao humilhados é pk querem, pk deixam, suicidam-se pk sao humilhados? devem gostar, é porque deixam...
      agressao psicologica? humpf tretas, so é agredido quem se deixa agredir...
      bullshit, resposta de m... by the way

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    4. Tens razão, eu parto desse princípio. Daria uma boa discussão.

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    5. @NIX, não leves a mal, até porque sei que não escreves assim no teu blogue, mas "k" e "pk" nem dão grande vontade de resposta. Para além de, numa discussão perfeitamente normal, onde estamos a discutir apenas e só, pontos de vista diferentes, vires aqui dizer que a minha é uma resposta de merda. Lamentável.

      Mas respondendo, vocês estão a falar da estrutura psicológica de cada um. Um argumento bastante válido como já fiz questão de referir ("parto desse princípio, daria uma boa discussão").
      Estou a ser prático: uma praxe não é uma obrigação. Não existem códigos nem tribunais de praxe como querem fazer passar. Quem não quer, não participa. Se depois não tiver tantos amigos, o melhor mesmo é agradecer, porque a lei da vida fez o melhor trabalho: filtrou os anormais e deixou-lhe apenas amigos decentes e verdadeiros.

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    6. POC nao te conheço mas pelos vistos sabes melhor que eu como escrevo no meu blog... acho que tambem escrevo assim dependendo da pressa. habitos vindos da adolescência.
      a tua resposta foi de merda sim. lê bem a tua resposta: Só é humilhado quem deixa. - foi isto, só e unicamente. Isto só por si é uma resposta de merda.
      quem nao quer nao participa, simples, verdade. eu nao participei, não quis. não me incomodei com o assunto e não me afectou a vida social/universitária. contudo sei de universidades que excluem essas pessoas e isso na mente de um adolescente raramente dá bom resultado. é todo um jogo psicológico na vida dos mais fracos (os adolescentes) que ainda não sabem o que é levar "pancada" levantar e sacudir a poeira.

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    7. @NIX, com toda a certeza não sei melhor do que tu como escreves. Apenas verifiquei o teu blogue e comparei-o com o teu comentário de há pouco. Totalmente diferentes. Mas eu também não te conheço, respira. De qualquer forma, a abreviação dos Q é com Q, não com K. E digo isto só porque sim, porque não soubeste discutir com educação e respeito.

      Já expliquei o meu ponto de vista. E vocês duas já me deram razão. Tal como eu já vos dei razão no ponto da estrutura psicológica de cada um. Uns conseguem enfrentar o problema, outros não.

      Quando se armam em parvos comigo, sou arrogante. Mas não tenho a mente fechada. E se numas coisas sei enfrentar problemas, como o ridículo das praxes, noutras coisas da vida terei eu fraqueza psicológica. Não sou perfeito (apesar de roçar a perfeição - olha, a arrogância - quando me querem atingir...e é por coisas destas que, em praxes e afins, ninguém sai por cima de mim).

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    8. nao m armei em parva, armei-me em estourada. não achei logica na tua resposta, continuo sem achar... depois sim, respondeste argumentando. aí, se houver argumentos, respeito cada opiniao. nao concordo o que dizes mas respeito. so é humilhado quem quer.. essa nao respeitaria nunca.
      estás a vontade para te armar em arrogante, desde que argumentes de seguida...

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    9. "Recusamos, saimos da praxe e automaticamente os que recusam serão gozados, postos de parte e "espezinhados" psicologicamente pelos outros.... realmente, boa opção! ser humilhado ou ser humilhado eis a questão."

      Conheço inúmeras pessoas que se recusaram a participar em praxes e nunca, de forma alguma, foram excluidos ou gozados ou espezinhados psicologicamente pelos outros. Mas isto. já se sabe, tem sempre uma exceção à regra. E, no meu ver, a exceção, são os casos em que as coisas descambam e acabam mal.

      Sabes a universidade em que ando, deves conhecer as suas politicas de praxes, e não vejo ninguém a ser humilhado tendo a cara pintada. Na altura das praxes, tive que ir à universidade durante o dia, e fiquei espantado porque uma das praxes era estarem numa roda a trocar balões cheios de água, até alguém o deixar cair ou molhar-se. Não vejo nada de humilhante nisto.

      Mas mais uma vez reforço: só é praxado quem quer, só praxa quem quer, quem aceita a praxe pode sempre parar quando achar que assim o deve fazer e, sim, sei que há casos em que as coisas não correm tão bem (mas isto já depende da maldade de quem praxe e do grau de irresponsabilidade de quem aceita a praxe).

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    10. "Só é humilhado quem deixa." Isto é do melhor!!!!

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    11. Musta cada universidade é um caso, cada parvalhao outro caso.... Ha gente k aproveita as praxes p humilhar sim, e ha gente que não tem personalidade/ estofo sificiente para dizer não. Porque quer sentir se integrado, porque não sabe viver sem a aprovação dos outros. Porque sorri quando é praxado mas sente -se abaixo de cão nalgumas situacoes. Cm ja disse, ha praxes e praxes. M a CM diz e mt bem, mm as praxes soft n acrescentam nada a tua vida de estudante, logo n servem p md a n ser p dar chatices

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  13. Não vejo qualquer objetivo benéfico nesse tipo de coisas e fico feliz por ter feito a faculdade no tempo em que essas coisas tinham saído de moda por serem associadas ao regime deposto....! Adorei o título!
    Beijinhos
    Maria

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    1. Há coisas que têm de ser chamadas pelos nomes :)

      Bjs!

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  14. Acho que há praxes e praxes e nem todas devem ser consideradas iguais. No meu caso, não fui praxado e nimguém andou atrás de mim para me praxar. Aquilo que defendo é que os alunos devem ter direito a recusar e que não devem ser marginalizados por isso. E que os abusadores devem ser responsabilizados.

    A praxe é uma bonita tradição académica que, feita em condições, tem a sua piada. O problema é que muitos abusam e muitos alunos aceitam tudo e mais alguma coisa com medo de serem colocados de parte e gozados pois é essa a imagem que muitos veteranos passam.

    Se os abusadores começarem a ser penalizados pelo que fazem, acredito que os limites deixam de ser ultrapassados.

    homem sem blogue
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    1. Não acho uma bonita tradição académica, de todo. Respeito que algumas pessoas aceitem ser praxadas, por considerarem que se trata de uma brincadeira. Eu própria acedi, um único dia, apesar de depressa ter percebido que aquilo era uma idiotice e me ter recusado a participar. Mas tinha vários, vários colegas que não conseguiram recusar-se a participar e que passaram semanas de tortura por estar ali completamente contrariados e envergonhados publicamente.

      A praxe não acrescenta nada à vida de estudante nenhum. Pelo contrário, na maioria dos casos os praxados participam contrariados, e mal conseguem esperar que aquilo acabe. Dito isto, que sentido fará mantê-la?

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    2. Acho que faz sentido manter se existir respeito e livre vontade dos caloiros em participar. Existem coisas que têm a sua piada. Quando é abusivo, tudo muda.

      homem sem blogue
      homemsemblogue.blogspot.pt

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    3. Não me parece que alguma vez vá ser possível controlar os abusos. Dependerá sempre de quem a pratica, e isso seria deixar um assunto demasiado sério ao critério de cada um. Sobretudo quando, repito, a praxe é um instituto sem qualquer utilidade. Não é por ter sido considerada uma tradição, que se deve manter custe o que custar. As coisas, como aqui já uma leitora disse e bem, mudaram muito a este nível, infelizmente.

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  15. Tão verdade...
    Nunca gostei de praxes, não percebo quel é a piada. E depois há as deste tipo que acabam mal...

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    1. Nem eu, nem eu. "Brincadeiras" de merda, é o nome certo da coisa...

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  16. No próximo ano vou para a universidade e neste momento o que tenho mais medo é das praxes. Não me importo com algumas brincadeiras, porque até têm piada, mas por vezes ouve-se cada história...

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    1. Eu acho que se entrasse agora para uma Universidade, não acederia participar em praxe nenhuma. Nem uma, por muito inofensiva que me parecesse.

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  17. Concordo contigo.
    Nunca praxei nem nunca me praxaram a mim, mas também sempre achei parvo.

    O pior é ver coisas escritas como : " as praxes servem para integrar os novos alunos, caso contrário, vão passar os anos todos, no cantinho, sem falar com ninguém"...
    Isto é ridículo. Que raio de mentalidades.

    Beijocas

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    1. É para intregrar, é...é para um bando de gente poder rir-se dos outros e ter mais uns dias de desculpa para usar os trajes, que dão um poder que sim senhora. São uns valentões, os do traje. Enfim.

      bj

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  18. Muito me apraz discutir este tema, sendo eu de Coimbra, a cidade mãe do espírito académico. Mas hoje, confesso, a minha cabeça não dá para isso (desculpa CêÉme'zinha). Mas deixo aqui 2 apontamentos:

    1) Concordo com o Musta, POC e VerdezOlhos
    2) Já escrevi sobre isto, a propósito deste mesmo caso (utilizando um texto como citação da minha opinião): http://kind-of-restless-soul.blogspot.pt/2013/12/mostraram-me-isto-e-eu-nao-resisto.html
    Mas um dia destes voltarei a escrever sobre isto, certamente!

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    1. Roger, nada de pedir desculpas aqui, sim? Respeito as opiniões diferentes, apesar de estar totalmente em desacordo com os argumentos do Mustache, e em desacordo com alguns dos argumentos do POC.

      Quando tiveres cabeça, venha esse texto :)

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  19. Começam a surgir mais certezas que foi mesmo uma praxe. Que correu mal. Algumas correm bem. Eu praxei, fui praxado. Fui até onde achei que devia ser (gritos na Av. da Liberdade, fila indiana, pinturas e afins mas com a certeza que estava a ser integrado. porque sempre o deixei claro. Ao pisarem o risco comigo fui claro e acabou ali. Fui claro. Como diz o POC e a NIX, existem os que têm força mental para isso, outro nem tanto.) Quando fiz parte da comissão de praxes no Terceiro Ano fiz questão que continuasse assim dessa forma e com esse intuito - integração e alguma praxe envolvida. Existe superioridade e sensação de poder de quem praxa? Sim, claro. Mas não precisa de haver humilhação. Tenho a certeza que quem praxei nos anos seguintes dirão isso. Não houve abusos.
    Infelizmente este caso dará pano para mangas e haverá de certeza acção judicial dos pais sobre o Dux. Homicídio Involuntário começa a parecer cada vez mais uma hipótese...

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    1. Eu reconheço que haverá quem praxe sem esse espirito. O que acho é que, cada vez mais, são a excepção. E depois, existem tantas outras formas de integrar alguém acabado de chegar a um sítio, que me parece perfeitamente desnecessário manter um instituto que, ao livre arbitrio de cada um, pode levar (e leva) a situações abusivas. A praxe, tal como é realizada cada vez mais hoje em dia, perdeu todo o porpósito, na minha opinão.

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  20. O teu problema é que estás demasiado irredutivel em perceber que as praxes não são o motivo das mortes e em perceber que as praxes não são uma coisa obrigatória e que quem não as quer praticar, não pratica. Ninguém é obrigado a fazer o que quer que seja!
    E aqui já nem estamos a fazer de adolescentes de 15 anos, ainda influenciáveis. Falamos de pessoas com 17-18 anos (às vezes mais) que já podem pensar pela sua própria cabeça e que já são responsáveis pelos seus atos. Se o são para beberem, fumarem, experimentar drogas, ter relações sexuais, também o são para dizerem que sim ou não a participar numa praxe, seja ela pintar a cara, dar um peido na sala de aulas ou saltar para a frente de um carro. Todos têm livre escolha.
    Eu não digo que não haja "praxadores" que sejam maus e que façam jogos psicológicos com aqueles que se lhes apresentam mais frágeis e mais fáceis de manipular, mas estes casos são, cada vez mais, a verdadeira exceção à regra.

    E digo-te mais, de tudo o que li sobre este caso, para mim é claro que aquilo não foi mais do que um fim de semana regado de muito alcool, drogas, sexo e que acabou numa tragédia inesperada. Quando se provar, se se chegar a provar, que este acidente nada teve a ver com praxes, quero ver se manténs as mesmas palavras.

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  21. Eu tentei ir à praxe na altura em que entrei na faculdade, ia porque "toda a gente ia" e eu não conhecia absolutamente ninguém, por isso achei que era interessante ir. Deixei de ir quando aquilo não me interessou, não gosto que me dêem ordens, não gosto de olhar para o chão e estar de 4 e merdas afins. Se alguma vez passou dos limites? Não, algumas coisas eram simples brincadeiras. Mas eu é que tinha mais do que fazer e não estava para isso.
    E então nunca mais lá apareci, nem nunca praxei ninguém. Ao fim de uma semana nunca mais lá meti os pés. Agora, concordo em pleno quando dizes que há pessoas que não conseguem ter essa clareza, e vamos ser francos, a maior parte do povo adora rebanhos, fazer o que os outros fazem, etc. Eu não tinha paciência e questionei-me "mas isto serve para quê?". E como é óbvio não fui mais. Mas muitas pessoas não colocam essa questão e pior, não colocam limites. As pessoas que morreram eram da minha geração. Não posso deixar de sentir pena deles e sobretudo das famílias. Não sei se acabar totalmente com as praxes é a melhor ideia, há gente que gosta, por incrível que possa parecer, mas certamente limites terão de ser impostos.

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    1. Desconfio muito que se consigam impor limites, o que me faz ser a favor da poibição total. Na prática, parece-me complicado detectar situações de abuso, a não ser quando existe uma tragédia como as que conhecemos...

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  22. Estás redondamente enganada...mas como imagino que tenhas estudado numa faculdade que simplesmente não sabe o que é praxe, estás desculpada.
    Onde eu estudei, a dita Praxe, estabelecia e proibia com rigor e clareza, qualquer acto de humilhação. A minha Praxe, foi fantástica, com amizades feitas, apontamentos partilhados e copos, entre "Doutores" e "Caloiros".

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    1. Ou as coisas mudaram muito, ou a tua Universidade é praticamente uma excepção.

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  23. Como escrevi na semana passada no meu blog, este assunto em particular mexe demasiado comigo e como tal não me alongo muito... mas vim só dizer que li os comentários todos e concordo com o geral do que dizes e dos motivos porque dizes. É mais do que óbvio que nem toda a gente tem o chamado "poder de encaixe" para recusar ou saber lidar com as praxes e por isso submete-se a coisas que em situações normais nunca fariam, só porque não querem ser marginalizado. (lamento POC e Mustache: ainda há sitios e pessoas SIM, que marginalizam quem se recusa a ser praxado... copinhos de leite, meninos da mamã, betinhos, paezinhos sem sal, mariquinhas, etc etc.... tudo começa com o tipico "insulto da pre escola" e pode tomar proporções que passam - já que está na moda - por variadissimas formas de bullying)

    E deixo palmas para os comentários do Mike. Todos.

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  24. Eu acho a praxe absolutamente ridícula! A coisa mais estúpida que pode existir. Depende das praxes? Sim é verdade, mas também é verdade que são cada vez mais as praxes que passam do limite, que chegam a humilhações intoleráveis, eu próprio, ainda vou para a Universidade e consequentemente talvez ser praxado, mas apenas o aceitarei ser se sentir que o fim daquilo não é a humilhação, o que já são raros os casos. Concordo em tudo nos comentários da CM, apesar de algumas das praxes serem "inofensivas" a partir do momento em que as ditas cujas passam a causar este tipo de mortes e humilhações, devem ser PROIBIDAS. Deixem-se de merdas como "só aceita ser praxado quem quer", "só é humilhado quem quer" mas por acaso pararam para pensar que nem todos são "valentões" como os senhores? Acham que só é mesmo humilhado quem quer? Isto atingiu proporções que nunca deveria ter atingido. Sabem o que sinto quando vejo merdas como ter sexo com uma rapariga? Em público? Ser pintado? Ser encharcado em vinho? NOJO, NOJO de pessoas que precisam de fazer estás merdas para se sentirem superiores. Não passam de escrotos. E lembrem-se, que falar de fora da situação é muito fácil, e nem vocês mesmos sabem o que estão a defender. A praxe é algo que não deveria de provocar mortes, provoca, tem de ser proibida ponto.
    Os meus parabéns para a CM, adorei os teus comentários e eles traduzem tudo o que penso ;)
    Cumprimentos.

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    1. Obrigada, David. Pelo contributo, e pelo elogio :) E sê bem vindo.

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    2. De nada :) e adoro o teu blog :))

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  25. Bom dia,

    Sei que já venho um pouco atrasada, mas não resisto em dar a minha opinião... Acabei de entrar para o 1º ano da faculdade e já tive a minha primeira praxe. No ato da matrícula falei com uma rapariga que estava lá precisamente para esclarecer dúvidas em relação às praxes. Ela já foi praxada (e segundo ela, adorou) e hoje em dia está no topo da "hierarquia", por assim dizer, juntamente com mais umas quantas pessoas, logo, também tem o direito - se é que assim se pode chamar - de praxar outros. Ela perguntou-me se eu fazia sequer tenções de ser praxada e eu respondi logo que não, pois sempre tive a opinião de que realmente não servem para nada. Já para não falar das coisas que sempre ouvi em relação às humilhações e casos mais graves. Enfim, falámos, explicou-me as coisinhas todas, deu-me um exemplar do livro com todas as regras e disse-me para, pelo menos, experimentar uma vez e para me deixar levar. Bom, e depois dessa dita primeira vez... Mantenho a minha opinião de serem inúteis. Não gostei nem um bocadinho, mas também tenho a noção de que comparada com outras praxes foi muito "soft".

    Resumindo e dando a minha opinião depois de experimentar. É giro? Não. É divertido? Não achei. Existem 1001 coisas que preferia fazer do que fazer figuras, andar pelo meio do chão cheio de terra a sujar roupa e a esforçar a minha garganta, mas isto já fica ao critério de cada um. É insuportável? Não. Pelo menos aquilo que me fizeram a mim e aos meus colegas. Tolera-se. No meu caso, um bocado contrariada. Não é bem contrariada... A ver se me explico, não me sinto feliz ao fazer aquelas coisas e muito menos integrada. Sim, pode-se recusar e etc, etc, etc... Mas depois vem o desprezo e o pôr de parte, que os do topo da "hierarquia" dizem que não acontece, mas acontece. Tão certo como eu estar a respirar. O pessoal trajado é muito querido e todo sorrisinhos fora das praxes e "se precisares de alguma coisa diz, estamos cá para ajudar" até ao momento em que se desiste da praxe. Além de que me andam sempre a encher a cabeça com o "Não olhe para mim, bicho", "Não me toque", "Não se esqueça que tem de levar roupa de praxe", blá, blá, blá... Além de que eu moro longe da faculdade, tenho de ir e vir de autocarro, e sendo assim teria de usar "roupa velha" ou "roupa de praxe", como lhe chamam, todos os dias durante semanas e... Não estou para isso. A minha "sorte" é que também não me posso sujar tanto como querem senão chapéu. O motorista não me deixa entrar e adeus autocarro. Depois é mensagens a toda a hora e telefonemas de madrugada. E para quê??? Pergunto eu. Se é para integrar, concordo com quem disse que se jogasse às cartas ou se conversasse a sério.

    Conclusão, estou a pensar seriamente em desistir daquilo de vez. Dias em que podia ir mais cedo para casa por não ter aulas... Desperdiçados em praxe?? Não, não. Dispenso. E depois, para ver se me dão a volta, dizem que não é justo para os meus colegas eu ir embora a meio para ir apanhar o autocarro e têm tentado convencer-me a apanhar o último autocarro do dia de agora em diante. Eles que não me venham cá com justiças e injustiças. Sinceramente, acho que prefiro a parte de não quererem sequer saber que eu existo do que andar a fazer estas parvoíces e andarem a controlar cada passo que eu dou.

    Agora, para a autora do Blog, que segundo percebi é a CM, gostei do Blog e vou passar a seguir :)

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