Às vezes (quase sempre, na verdade), pergunto-me se a classe política estará a brincar com este País que é de todos nós. Eles estão a monotirizar-nos, enquanto soltam sonoras gargalhadas com a confusão que lançam, não estão?
Aquando da aprovação da Co-adopção, tive oportunidade de aqui manifestar a minha concordância e de aplaudir, de pé, esta vitória. Nos últimos dias, ficámos a saber que, afinal, pretende-se agora que o assunto seja alvo de Referendo. Ainda confusa, como sempre fico nos últimos anos quando vejo os noticiários, tentei perceber que raio se iria, em concreto, perguntar aos Portugueses. Coloquei a hipótese de não ser feita uma pergunta directa sobre um tema cuja aprovação já aconteceu. Enganei-me, claro está.
A avançar, este referendo irá colocar duas questões aos Portugueses:
1. "Concorda que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo possa adoptar o filho do seu cônjuge ou unido de facto?
2. "Concorda com a adopção por casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo?".
Para começar, que se se esclareça já o seguinte:
Sim e Sim, PORRA!!
Mas prossigamos : portanto, a primeira pergunta versa aquilo que, supostamente, já estaria aprovado segundo todos sabemos. A segunda pergunta, versa uma hipótese que nem tinha sido discutida ainda antes. Sim senhora. Está aqui um bonito trabalho, que não existam dúvidas.
Este tema revolta-me, confesso. Custa-me entender que existam sequer dúvidas quanto a estas questões, ou que ainda seja necessário dicutir e referendar assuntos dste cariz. Não há razão alguma neste Mundo, para que uma criança não tenha um Lar, não tenha quem se preocupe consigo, quem eduque, quem oriente, quem ame, quem apoie. Não há. Pouco interessa se é educada por um homem e uma mulher, por dois homens ou por duas mulheres. O que interessa, verdadeiramente, é que, durante o Processo de adopção, se garanta que os adoptantes reunem todas as condições para fazê-lo. Como acontece, quero acreditar, com o processo de adopção de um casal heterossexual. E este assunto anda trouxe novamente à baila, de forma preversa e mesquinha, um sem número de ofensas e faltas de respeito para com os homossexuais. As coisas - é este o nome mais apropriado - que hes são chamadas, são nojentas. São de envergonhar o Povo Português. Tivemos a Amália, o Eusébio, os descobrimentos, mas "somos" um povo pequeno e lamentável.
E, já agora, é só mais isto (não vá alguém esquecer-se que as pessoas não são aquilo que a sua orientação sexual indica. São aquilo que são, na sua essência):