É basicamente isto.

É basicamente isto.

31 de janeiro de 2014

Com quem é que vais passar a noite amanhã, CM?

Com este homem:




Já agora, para quem (a classe masculina, claro) sempre o apelidou de Gay, deixo isto : Para Gay, não se saiu nada mal, hein?

29 de janeiro de 2014

Chamem-lhe parva.

 
Miúdo, a tua resposta foi elaborada e tal, e tens aí muitos sonhos e ambições, mas...caraças! A miúda arrasou.
 
 
 

28 de janeiro de 2014

A atracção dos Opostos. O Mito (?) Urbano.

Vamos falar de Amor? Ou de qualquer coisa muito parecida com ele?
 
Cresci a ouvir a frase "os opostos atraem-se". Durante muito tempo, demasiado tempo, acreditei nisto. Acreditei que fazia sentido, que estar com alguém parecido connosco seria a coisa mais enfadonha do Mundo. Que só alguém que nos complementasse, de alguma forma, com gostos e posturas distintas, nos preencheria. Entretanto uma pessoa cresce, conhece alguns opostos e, finalmente, mas não sem muitas cabeçadas à mistura, percebe que isto é um verdadeiro engodo. Ou melhor, mentira. Isto é verdade, mas, na prática, as consequências são idênticas às de um acidente de comboio. Quando nos dizem que os opostos se atraem, esquecem-se de completar a frase. Os opostos atraem-se, sim. Mas não funcionam juntos.
Todos nós temos um fascínio pela diferença. Por quem se comporta de forma distinta da nossa. Queremos observar, aproximar-nos, tentar perceber, queremos ser mais assim, queremos trazer um pouco dessa diferença para o nosso Mundo. Isto é natural. O Ser humano é curioso por natureza. O Ser Humano admira quem foge ao seu padrão. Até aqui tudo certo. E isto, ao início pode ser uma lufada de ar fresco irresistível. Pode mesmo ser afrodisíaco. Pode ser viciante. Os Mundos são tão distintos, que ambos querem ir buscar qualquer coisa ao lado de lá. E é possível viver assim, durante algum tempo. Nesta ilusão dos Mundo que se completam. Não interessa muito se querem as mesmas coisas, se têm as mesmas opiniões sobre assuntos que podem mostrar-se fundamentais, se os planos de futuro se cruzam. Tudo isso está bem arrumado num canto qualquer. Sabemos que lá está, mas não pensamos nisso, porque estamos ali perante a novidade. Perante alguém que não é nada como nós, que tem tanto - aparentemente - para nos ensinar. É. Mas depois o tempo passa. Depois o encantamento das diferenças, desvanece. depois, tudo aquilo que nos pareceu atractivo, parece um obstáculo. Vários. Afinal não gostamos das mesmas coisas. Não temos o mesmo entendimento sobre o casamento, ou filhos, ou a religião, ou a política, ou o que quer que seja que é importante para nós. Afinal, nem queremos fazer o mesmo tipo de viagens. A música que o outro gosta de ouvir, já nos soa a loiça a partir. Agora é que percebemos que o lado caseiro dele, outrora tão bem vindo, é aborrecido. E, agora, damos por nós a pensar que sorte seria conhecer alguém que fosse parecido connosco. Que isso não seria enfadonho, seria uma sorte.
 
Nem toda a gente concordará com este texto. Mas eu, aos 34 anos, não tenho dúvidas do seguinte : o oposto, comigo, não funciona. Não funcionou. Demasiadas vezes.

27 de janeiro de 2014

A caminho dos Óscares.

Para quem é fã assumida de Cinema, esta época é assim qualquer coisa. Precisava de ter muito mais tempo livre do que tenho, para me dedicar a sério a este tema e ver tudo o que está nomeado. Até ver, estou com saldo negativo. Dos filmes nomeados, vi apenas quatro. Quatro! Q-U-A-T-R-O. Uma vergonha. Vou entrar em guerra aberta com o relógio, e colmatar esta falha. Vou deixar de fora as análises ao "Capitão Philipps" e a "Blue Jamine" e centrar-me nestes dois.
 
 
O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)
 
Apaixonei-me pelo filme quase desde o primeiro minuto. Tem uma loucura de que gosto num filme. Tem exagero. Aliás, tudo é exagerado neste filme. O dinheiro, as drogas, o sexo. Tudo em dose excessiva, a um ritmo frenético. A adrenalina que o filme incute é tanta, que os 180 minutos voam. E depois tem Leonardo DiCaprio, esse miúdo que se tornou gigante. Eu tinha uma confessa implicância com este actor. Implicância dos tempos do "Titanic", que ele foi conseguindo esfumar ao longo dos tempos. "O Aviador", "Shutter Island" e "A Origem" acabaram por me fazer dar o braço a torcer. E agora, com esta interpretação, estou completamente rendida a Leo. Que imenso actor. Que entrega. Que capacidade de interpretar o que quer que seja. O filme está carregado de cenas em que dá tudo de si. Impressionante. Só ele, é meio filme.
Matthew McConaughey está, também ele, brilhante nas aparições que faz. Brilhante. E até a loiríssima Margot Robbie, de quem não esperava mais do que um pestanejar bonito, está excelente. O filme tem tudo para ganhar muita coisa nesta edição dos Óscares. Ou então não. Não parece existir meio termo nas criticas ao filme. É um caso típico de amor ou ódio.

 
 



 
 
A Golpada Americana (American Hustle)
 
Este tem, desde logo, o meu actor preferido. Mr. Bale, Mr. Christian Bale. O melhor Batman de todos os tempos. Mas deixemos isso agora. O argumento não é o mais elaborado do mundo, mas está muito bem conseguido. Não querendo estragar o filme a quem ainda não o viu, não é uma das típicas histórias em que os vigaristas têm o que merecem. Bale não desilude (como é que poderia desiludir?), nem mesmo com aquela barriga irreconhecível, e oferece-nos mais uma grande interpretação. Bradley Cooper, mesmo com aquele cabelo indescritível, continua a provar, cada vez mais, que isso de ser uma cara laroca apenas, não é para ele. Está ali muito potencial. Amy Adams está perfeita, enigmática. Tem um guarda roupa pornográfico, só para chamar a atenção dos leitores masculinos. E Jennifer Lawrence está perfeita no papel da descompensada Rosalyn.
Nota muito positiva para a excelente banda sonora.





Antes de terminar este post, tenho mesmo de colocar aqui duas imagens, para que não existam confusões. O Christian Bale e o Bradley Cooper da "Golpada Americana", são esses nas imagens aí em cima, mas também são estes que se seguem. Praise the Lord.





22 de janeiro de 2014

Referende-se este Governo, sugiro eu.

Às vezes (quase sempre, na verdade), pergunto-me se a classe política estará a brincar com este País que é de todos nós. Eles estão a monotirizar-nos, enquanto soltam sonoras gargalhadas com a confusão que lançam, não estão?
Aquando da aprovação da Co-adopção, tive oportunidade de aqui manifestar a minha concordância e de aplaudir, de pé, esta vitória. Nos últimos dias, ficámos a saber que, afinal, pretende-se agora que o assunto seja alvo de Referendo. Ainda confusa, como sempre fico nos últimos anos quando vejo os noticiários, tentei perceber que raio se iria, em concreto, perguntar aos Portugueses. Coloquei a hipótese de não ser feita uma pergunta directa sobre um tema cuja aprovação já aconteceu. Enganei-me, claro está. 
A avançar, este referendo irá colocar duas questões aos Portugueses:

1. "Concorda que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo possa adoptar o filho do seu cônjuge ou unido de facto?

2. "Concorda com a adopção por casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo?".

Para começar, que se se esclareça já o seguinte:

Sim e Sim, PORRA!!

Mas prossigamos : portanto, a primeira pergunta versa aquilo que, supostamente, já estaria aprovado segundo todos sabemos. A segunda pergunta, versa uma hipótese que nem tinha sido discutida ainda antes. Sim senhora. Está aqui um bonito trabalho, que não existam dúvidas.

Este tema revolta-me, confesso. Custa-me entender que existam sequer dúvidas quanto a estas questões, ou que ainda seja necessário dicutir e referendar assuntos dste cariz. Não há razão alguma neste Mundo, para que uma criança não tenha um Lar, não tenha quem se preocupe consigo, quem eduque, quem oriente, quem ame, quem apoie. Não há. Pouco interessa se é educada por um homem e uma mulher, por dois homens ou por duas mulheres. O que interessa, verdadeiramente, é que, durante o Processo de adopção, se garanta que os adoptantes reunem todas as condições para fazê-lo. Como acontece, quero acreditar, com o processo de adopção de um casal heterossexual. E este assunto anda trouxe novamente à baila, de forma preversa e mesquinha, um sem número de ofensas e faltas de respeito para com os homossexuais. As coisas - é este o nome mais apropriado - que hes são chamadas, são nojentas. São de envergonhar o Povo Português. Tivemos a Amália, o Eusébio, os descobrimentos, mas "somos" um povo pequeno e lamentável.

E, já agora, é só mais isto (não vá alguém esquecer-se que as pessoas não são aquilo que a sua orientação sexual indica. São aquilo que são, na sua essência):

21 de janeiro de 2014

Sentem-se, mulheres. A espera é longa.

As mulheres, desde que me lembro de ser mulher, tentam justificar um sem número de comportamentos masculinos. Tentam perceber, analisar, encontrar lógica, fazem esquemas, ficheiros em excel (não eu, que sou uma nódoa no excel), reunem-se e tudo o mais que ajude a entendê-los. Parvas, é o que somos. Tanta coisa útil para fazer com o nosso tempo, e ficamos aqui, bloqueadas, neste tema.  

A este propósito, e cansadas que estamos de saber que a maturidade é uma coisa que só assiste à classe masculina bem mais tarde, uma amiga publicou uma notícia que, ainda assim, me conseguiu surpreender.

"Os homens só entram na vida adulta aos 54 anos, pois é só nessa idade que se sentem resolvidos e abandonam os hábitos da adolescência. A conclusão é de um estudo realizado pelo Centro Crown Clinic, situado em Manchester.

A investigação revela que os homens apenas se sentem "resolvidos e seguros" com esta idade e isso deve-se às suas inseguranças, que não os deixam amadurecer em idade jovem. Essas inseguranças manifestam-se no medo de não conseguirem comprar a primeira casa, de perder o cabelo e ficar sem emprego. "

A notícia está aqui, antes que me acusem de estar a inventar dados.

Depois disto, eu tenho apenas um recado ao homem da minha vida : encontramo-nos depois do teu 54.º aniversário, sim? Velhos, mas felizes. Até lá.


20 de janeiro de 2014

As Praxes, sempre a merda das Praxes.

Ainda tentei escrever este título de outra forma, mas não consegui. As praxes são uma merda. Uma verdadeira merda, daquelas que não serve para mais nada, a não ser, e na melhor das hipóteses, humilhar o praxado. E não me venham para aqui com a história que a praxe é uma tradição e que é uma forma de integrar o praxado, o novo aluno, na vida académica. Deixemo-nos de merdas. As praxes tem o objectivo de divertir aquela gente que se acha uma grande merda só porque está na Universidade, só porque veste um traje, só porque é mais divertido estar a humilhar pessoas do que ir às aulas, chatas, enfadonhas.

Já terei escrito por aqui alguns artigos contra as praxes. Eu própria fui praxada, e eu própria me recusei a participar a partir do momento em que achei que o meu limite estava a ser ultrapassado. E se é verdade que não tive problema algum com isso, também é verdade que conheço quem tenha tido. Quem tenha sido ameaçado e obrigado em participar em praxes, contrariado. Nunca, nos 5 anos de vida académica, praxei um único aluno. Nunca, sequer, me passou pela cabeça. Sendo verdade que existem praxes que não passam de brincadeiras inofensivas, a verdade é que a maioria é de um exagero, e de uma violência, quer fisica, quer psicológica, que nunca deveria ter sido permitida. "Mas os caloiros divertem-se e até gostam." Uma merda é que gostam. Não briquem comigo. Os caloiros participam à conta do "medo", do terrorismo que é feito.

Este assunto volta a estar em cima da mesa com a tragédia da Praia do Meco. Agora, semanas depois, parece existir uma explicação para o que aconteceu. Parece estar explicado o que faziam aqueles jovens naquela zona. E, pasme-se, alegadamente, estariam a participar numa Praxe segundo a qual teriam de entrar na água da Praia do Meco. Por enquanto, alegadamente. O sobrevivente ainda não prestou declarações. O sobrevivente, o Dux, estará em choque com a tragédia. Não me vou alongar nas considerações sobre este caso concreto e as consequências que daqui deveriam advir caso se confirme este cenário, mas, a confirmar-se, eu só posso esperar que este caso mostre, sem sombra de dúvidas, que esta história das praxes deve ser totalmente proíbida. Que deve ser punida, caso continue a praticar-se. Que deve ser tratada como crime, e não como uma brincadeira de gente trajada. Proibir as praxes acabará com os abusos que todos conhecemos. Ao contrário, mantê-las servirá para quê? Para divertir um bando de gente entediada? Deixem-se de merdas. 

17 de janeiro de 2014

Vendedora da Bimby-0 CM- Muitos

Parece um número exagerado, não parece? Não é. Se a vendedora da bimby não me telefonou já umas 55 vezes, que eu nunca mais na vida coma um quadrado de chocolate branco.
Já assisti a várias demonstrações da Bimby em casa de amigos. Sempre acedi aos convites e nunca recusei dar o meu contacto para ser completamente fuzilada com contactos persuadores por parte dos vendedores. Então estás a queixar-te do quê, perguntam vocês? Têm razão. Isto é qualquer coia que me ficou dos tempos em que trabalhei em part-time no telemarketing, e senti na pele o que é estar no papel da pessoa chata que quer à força vender-vos coisas que não fazem falta nenhuma. Chamemos-lhe solidariedade.
Dizia eu que assisti a várias demonstrações e forneci o meu contacto para uma eventual venda. Até aqui, mea culpa. A partir daqui, a minha paciência começa a ser desafiada e exercitada. A Vendedora da Bimby ( a que mais recentemente me tenta vender a máquina, porque já existe um histórico relativamente grande de vendedoras da Bimby na minha vida), é de uma simpatia inatacável. É educada, é profissional. Torna quase impossível ser assertiva com ela, mas eu já fui. A muito custo, porque por momentos uma pessoa quase se esquece que não precisa daquilo e quase cede, mas tenho conseguido. A vendedora não desistiu. Nem vai desistir, garante-me ela. Não se conforma com o facto de eu dizer que, vivendo sozinha, tenho outras prioridades. Outros investimentos a fazer primeiro. E que não preciso. Vou cozinhar para mim, apenas, na Bimby? Dar-lhe uso apenas quando tenho jantares em casa? Fazer comida e distribui-la pelos vizinhos? Parece-me que, honestamente, e de tanto vender o produto, já não acredita que alguém possa cozinhar com os tradicionais tachos e frigideiras e, ainda assim, ter uma vida de qualidade. Não sei quando terminará este duelo, mas não sei como terminá-lo. Cada telefonema acaba, invariavelmente, com um "Sim, Cláudia, percebo. Não é o melhor momento, mas logo que apareça uma nova promoção, eu ligo à Cláudia! Um dia, ainda lhe vendo uma Bimby". O que é que uma pessoa diz perante isto? Agradece e sorri, pois claro. Por algum motivo que poderia ser alvo de análise, sou conhecida pela minha assertividade que pode roçar a rispidez (pode, eu escrevi pode...) com quem me é próximo, mas sou de uma paciência e tolerância quase patética com desconhecidos. Sobretudo se forem simpáticos.
A luta está para durar, mas eu estou de pedra e cal nesta decisão. Não só não preciso de uma Bimby, como se contam pelos dedos de uma mão as pessoas que conheço e que lhe dão uso suficiente que justifique compra. É daquelas coisas engraçadas de início, mas que acabaria colocada no canto mais distante da bancada da cozinha. Já uma máquina de fazer crepes...por sorte, ninguém me tentou vender uma máquina de fazer crepes. Mas faço anos em Maio, agora que falamos nisto.

16 de janeiro de 2014

Vitor Pereira, "My friend...", que foi isto?


Já tinha ouvido falar da conferência de imprensa de VP, mas estava longe, tão longe de saber a pérola que aqui estava. Isto levanta-me um problema. A partir de agora, quando me quiser animar, vejo as conferências do JJ em "português" ou do VP em "inglês"? Fica a pergunta.







15 de janeiro de 2014

Procura-se homem que tenha 26151,00 € para gastar.

Chegou ao meu conhecimento, que o custo do Casamento em Portugal cresceu 74% nos últimos 20 anos. Talvez isto explique porque é que ainda há tanta mulher à procura de um homem rico. Não é que queiram dar o golpe do baú, coitadas, a questão é que alguém tem de pagar o casamento. Agora faz sentido.

Isto fez-me pensar se a quebra do número de Casamentos verificada todos os anos, fica a dever-se a este constrangimento financeiro, ou se é mesmo o próprio do Amor que está em crise. Conheço casais que adorariam casar, mas não podem. Quer dizer, poderiam, se passassem a próxima década a juntar dinheiro apenas para isso. Falo daqueles casamentos tradicionais, com direito a 100 ou mais convidados e com copo d'água. Por outro lado, também existem os outros : os que acreditam que o Casamento é apenas o primeiro passo para um outro instituto, o do Divórcio, e que mais vale estar quieto. Provavelmente, até, os números serão resultado destas duas realidades.

Reza a notícia que um casamento médio em Portugal, custa a módica quantia de 26151,00 €. Valor apurado para 100 convidados, com as despesas de fotografia e vídeo, lua-de-mel, vestido e fato de noivo, flores, aluguer de carro, convites, brindes, animação, alianças, bolo de noiva, e boda. Sendo certo que é possível fazer o mesmo casamento com um valor mais reduzido, não deixa de ser um valor impressionante.

O meu lado prático "grita-me" ao ouvido que a indústria relacionada com o Casamento é isso mesmo, uma indústria/negócio, mas o meu lado romântico revolta-se - apenas ligeiramente, porque o casamento não está nos meus planos para breve - com a exploração de um sentimento como o Amor entre duas pessoas doidas o suficiente para querer que querem passar o resto da vida juntas. Ou que acham que sim...


PS- Já agora, ainda tenho um pulso livre para tatuar uma destas. Estou só a dizer...

14 de janeiro de 2014

O Bullying

Leio o título desta notícia "Jovem de 15 anos mata-se por sofrer bullying na escola", e apodera-se de mim, automaticamente, uma raiva difícil de explicar.

O caso não é isolado e começa a ser recorrente. Uns jovens matam-se, outros vivem prisioneiros do medo e da ansiedade, e carregarão consigo traumas para a vida. No caso concreto, «uma vez até o puseram todo nu no recreio da escola». Todos nós sabemos que na escola são praticadas brincadeiras que roçam o limite do aceitável. Que ficam ali no limbo. Será sempre verdade que cada pessoa reage a qualquer vicissitude desta vida, de forma diferente. O que para mim é insuportável, poderá ser de importância menor para alguém com um perfil psicológico diferente. Todos sabemos também que, cada vez mais neste País, a falta de meios, que passa desde logo pela falta de pessoal, é a desculpa mais utilizada para justificar o mau funcionamento actual do sistema de educação, do sistema de saúde, de qualquer sistema. Mas o Bullying é cada vez mais um problema real, bem presente no dia a dia de quem trabalha nas escolas. De quem tem filhos e tem (também) a obrigação de estar atento. Nasce em mim uma dificuldade enorme em entender que estas situações passem ao lado dos funcionários das escolas. Que não sejam detectadas a tempo. Que se deixem arrastar até ao limite, sendo que o limite começa a ser este. É assustador. Quantos episódios terão acontecido, sem uma resposta? Como é que é possível as escolas deste País terem chegado a este nível?

Por último, e sabendo que não faltará quem me pergunte o que sei do assunto uma vez que não sou Mãe ainda, pergunto se todos os Pais estão atentos ao que se passa a este nível? Se é um assunto que os preocupe e que esteja presente nas suas mentes? Se estão atentos aos sinais? Lamento a minha acidez quanto a este assunto, mas eu não acredito que uma vitima de bullying não apresente sinais disso mesmo. Mas cada vez mais as pessoas não têm tempo para os filhos, não é? Para tudo aquilo que exige ser Pai ou Mãe. Mas e pensar nisso antes de tê-los? Não? E, já agora, os Pais dos agressores? Também não detectam comportamentos indiciadores nos seus filhos?

O assunto é grave, é assustador, é de reflexão urgente. Que se investigue a fundo o que aconteceu nos casos que, infelizmente, já aconteceram, e que se reforçem, pelo menos, os meios escolares que possam combater esta realidade.
E Pais...mais atenção.

13 de janeiro de 2014

Ronaldo, este é para ti.

Não é só grande, não é só gigante. É o Maior do Mundo. Eu, CM da Silva, sempre o disse. Agora, pela segunda vez, o Mundo reconheceu esta grandeza sem limites. Não são apenas os 69 golos (sim, Mundo, este miúdo Português marcou 69 golos no ano de 2013), não é apenas o malabarismo, a mestria, a classe, a  magia em campo.  Isto tudo já seria o suficiente, mas é muito mais do que isto que o torna tão especial. É o exemplo de luta, de trabalho, de empenho, de raça, de ambição, de querer sem igual, que me faz admirar tanto este jogador.
 
Tudo o que Cristiano já ganhou, já seria mais do que suficiente. Cristiano já podia ter abrandado. Já podia trabalhar um pouco menos, já podia achar que já deu o seu melhor. Mas não. Não há pessoa que veja Cristiano jogar e não perceba que está ali um jogador que quer mais, que quer fazer melhor, que quer dar mais e que vai trabalhar para isso. É impressionante, é deveras impressionante. Além da clara capacidade física, além das aptidões óbvias dentro de campo, Cristiano não se perdeu no meio do dinheiro e do deslumbramento da fama que tem. Pelo contrário, parece estar cada vez mais sereno e focado. Um jogador que é constantemente provocado. Por colegas de profissão, por altos dirigentes, pela comunicação social.
 
Quem viu o discurso de CR hoje no momento da entrega do troféu, não terá dúvidas sobre a humildade deste jogador. Pode conduzir o melhor carro do Mundo, viver em mansões, pode apresenta-se carregado de ouro e diamantes, pode ter tanto dinheiro que não sabe o que fazer com ele, mas Cristiano Ronaldo não esquece as suas origens e deu hoje, mais uma vez, uma chapada a todos que dizem que este miúdo é arrogante e tem tiques de vedeta.
 
Se tudo isto parecer pouco, Ronaldo, não fazendo questão de mencioná-lo constantemente como é tão comum, participa em inúmeras acções de solidariedade. Sem alaridos e/ou aparatos. Como se quer.
 
Por fim, Cristiano Ronaldo não teve apenas, para aqui chegar, de provar o seu valor. CR, só por ser Português, tem de provar sempre mais do que qualquer um. Parte em desvantagem, sempre.
 
Por tudo isto, é um orgulho enorme saber que este homem é Português. O meu profundo e enorme respeito por este atleta.






Sabem o que é que ficava mesmo, mas mesmo bem?

Este troféu:


Nas mãos deste homem:




Torcemos todos juntos?

9 de janeiro de 2014

O Panteão Nacional.

Bem sei que, por este andar, arriscamos todos que a palavra do Ano de 2014 venha a ser "Eusébio" ou "Panteão". Se, por um lado, este assunto já me enjoa ligeiramente, por outro não deixa de sre um fenómeno digno de análise comportamental. É, de facto, interessante ver como todo um País se posiciona perante a morte de um dos seus.

Já aqui disse, há dias, que sou completamente a favor das homengens feitas aos grandes Portugueses. Aos que se destacam nas suas áreas, aos que foram especiais, aos que conseguiram chegar mais longe do que os outros. Não que a vida de uma pessoa tenha mais valor do que a de outra, mas as homenagens, as públicas, são devidas a esses. E têm sido feitas. Todo o tipo de homenagens (não falemos mais da questão do luto, ou da comunicação do nosso PR), por todo o País, um pouco por todo o Mundo. E isso é bonito, é louvável.

No entanto, e agora que está encerrada a discussão em torno da trasladação, ou não, de Eusébio para o Panteão Nacional, olhemos para os nomes de quem por lá está:

"Como Panteão Nacional abriga os cenotáfios de heróis da História de Portugal, tais como D. Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral ou Afonso de Albuquerque . Entre as personagens ilustres que aí estão sepultadas, encontramos sobretudo presidentes da República e escritores. As excepções são Humberto Delgado e a fadista Amália Rodrigues, cujos restos mortais foram trasladados depois de se alterarem as disposições legais que apenas permitiam a trasladação da fadista para o Panteão Nacional quatro anos após a morte.
As personalidades sepultadas1 são:
(retirado da wikipédia).

Alguém consegue defender que, efectivamente, o nome de Eusébio deveria constar desta lista? Alguém consegue negar que se trata, apenas e mais uma vez, de uma jogada política? Um passar a mão pela cabeça do povo?



8 de janeiro de 2014

Por Deus! o Canuco voltou. O Mundo tinha de acabar um dia.

Hoje já não vos ia moer mais com disparates. Mas às vezes na vida, levantam-se valores mais altos. Foi o caso. Como eu não sei o que dizer sobre isto, como estou quase tão pasma como fico com as coisas que o Socras diz, deixo-vos apenas o vídeo. E um pedido de desculpas por vos fazer isto. Entendam que não podia guardar para mim e perdoem-me, se encontrarem bondade suficiente nesses corações.
 





A importância do pedido de Casamento.


Veio tudo a correr para me dar os parabéns, não foi? Querem saber tudo sobre o pedido de casamento que recebi. E sobre quem é ele, o homem que me fez acreditar que isto é que é uma grande ideia. E como é que eu o enganei, já agora, não é malandros? Calma, muita calma, queridos seguidores. Não é desta que me dão os parabéns.

Tropecei nesta notícia. E, às vezes, tropeço em coisas que me fazem pensar. E sorrir:

"Um jovem norte-americano de 24 anos decidiu pedir a namorada em casamento, mas de uma forma muito insólita: criando um jogo de computador.

Robert Fink, programador de jogos de computador, que namora há mais de dois anos e meio com Angel White, sentiu que já estava na hora de dar um passo em frente.

(...)

"Após cinco meses de duro e intensivo trabalho, Robert apresentou finalmente o jogo à namorada. Ao chegar ao estúdio, Angel não suspeitou de nada, visto já ter anteriormente testado outros jogos criados pelo namorado. "


5 meses. Este moço demorou 5 meses a concluir aquele que achou que seria o pedido de casamento perfeito. Corrijam-me se estou enganada : isto é, ou não é, bonito, caramba?
Nunca fui uma "menina" com o sonho de casar. Nunca fui, e não sou, uma mulher com esse sonho. Talvez seja o tipo de coisa que, em mim, nascerá apenas no momento em que conheça alguém que me faça sonhar com esse dia. Para já, se existe essa vontade em mim, está adormecida, trancada, amordaçada. Mas isto nunca me impediu de apreciar um bonito pedido de casamento. Que poderá ser o mais original ou o mais simples, mas feito com um toque especial. Se um homem (ou uma mulher, que já há por aí muita mulher com eles no sítio para "pop the question") acha que encontrou aquele/a com quem quer passar o resto dos seus dias, então que torne o momento em que esse pedido é feito num momento inesquecível. Que se aplique, que não deixe nada ao acaso. Adoro ouvir uma boa história de um bom pedido de casamento. Acorda a lamechas adormecida dentro de mim. Chega a fazer-me pensar "onde é que ele anda?"

Há por aí alguém que queira partilhar a história do momento em que alguém lhe pediu para passar o resto dos seus dias a seu lado?

PS- vejam pelo menos o final. So damn cute.








6 de janeiro de 2014

Da morte do Eusébio. Leitura não aconselhável aos mais sensíveis.

Eusébio foi uma grande figura do futebol Português. Foi, sem dúvida, um marco, uma referência além fronteiras. Fez, com toda a certeza, chegar Portugual aos 4 cantos do Mundo, no seu tempo, com o seu talento, com a sua mestria. É uma perda como é, para mim,  a morte de qualquer pessoa, à excepção dos criminosos e das pessoas que só andam neste Mundo para praticar o mal. Posso até compreender que se queira fazer uma homenagem ao Eusébio por ter sido uma figura importante da nossa história, que foi -até para aqueles que abominam o mundo do futebol e que não entendem a importância dada a este desporto. O que já não me parece proporcional, o que me parece manifestamente exagerado, é decretar um luto nacional de 3 dias pela morte de Eusébio. O que me parece perfeitamente descabido, face à sua postura habiual, é ter o nosso Presidente da República a dirigir-se ao País. Sim, o mesmo Presidente que não tem por hábito achar que uma das suas funções é dirigir-se ao País em momentos importantes como a crise que todos temos vivido. O mesmo sobre quem se fazem inúmeras piadas face às suas ausências e silêncios prolongados. Afinal, ele dirigi-se ao País. Para falar da morte de Eusébio. E, aqui chegada, eu faço um esforço para entender que esta sua comunicação não prejudicou ninguém, é um facto. Mas não posso deixar de notar a falta de coerência enorme que a mesma significa. O PR queria falar ao País sobre a morte de Eusébio? Ok. Mas que tivesse falado antes noutros momentos. Assistiu, aparentemente, impávido e sereno ao afundar do País. Mas achou que, ontem sim, os portugueses precisavam das suas palavras.

Está certo.

3 de janeiro de 2014

E a palavra do Ano de 2013 foi...

...Bombeiro.

Não deixa de ser mau sinal. Não deixa de significar que, este, foi mais um Ano em que este País ardeu de uma forma impressionante e mais um Ano em que muitas vidas de pessoas que fazem do seu trabalho salvar as vidas dos outros, foram perdidas. 

Em "concurso", estavam as seguintes dez palavras:

- bombeiro;
- coadoção;
- corrida;
- grandolada;
- inconstitucional;
- irrevogável;
- Papa;
- piropo;
- pós-troika; e,
- swap.

Apenas mais dois apontamentos sobre este assunto:

- terá, também, o famoso calendário dos moços de Setúbal contribuído, agora na recta final, para esta ser a palavra do Ano?;
- Este concurso não inclui vernáculo daquele puro e duro, pois não? É que eu apostaria que outras seriam as palavras do Ano...quiçá da década.

2 de janeiro de 2014

Estou de Férias. Assim, sem vergonha.

"Ainda o Ano agora começou, e lá vem esta lambisgoia dizer que está de férias. Outra vez", "Esta tipa merecia era ter ficado em 2013", "Esta gaja goza com isto, ai goza, goza". É qualquer coisa deste género que estão a pensar, não é? Mas sosseguem, gente boa. É só um dia. Nunca me agradou trabalhar no dia 2 de Janeiro. Uma pessoa tem menos horas dormidas em cima, geralmente, uma pessoa está redonda de inchada ou inchada de redonda, uma pessoa está a água com gás, ou a soro mesmo, uma pessoa não se sente grandemente capaz. Podendo, tiro este dia de férias. Mas, e talvez isto já seja só o sono a falar, não vou aproveitar o dia para me estatelar no sofá a ver séries e a comer os chocolates que creio que nascem de todos os tijolos desta casa. Nada disso. Só para que conste, assim, de repente esta menina quer encaixar isto tudo nas cerca de 12 horas que planeia estar acordada:
 
- fazer a primeira corrida do Ano;
- arrumar todos, T-O-D-O-S, os armários da cozinha;
- limpar o carro (enquanto ainda sei a cor dele...);
- ir ao cabeleireiro;
- começar a ler o primeiro livro do Ano;
- ir às compras (não há nada que se coma nesta casa com menos de 823 calorias);
- fazer, pelo menos, duas visitas;
- fazer 3 refeições pelo meio;
- atirar-me para o sofá a ver as séries em atraso (se me sobrar tempo, sim?).
 
Sim, entrei em 2014 a achar que a Super Mulher é uma menina. Boa, boa é aquela, a Super CM.