É basicamente isto.

É basicamente isto.

25 de fevereiro de 2014

O Carnaval. Também conhecido como "mais uma forma de passar frio neste País".

Para os mais distraídos, o carnaval está aí à porta. E se eu nunca fiz grande questão de me mascarar na infância e na adolescência, confesso que, à medida que os anos vão passando, tenho mais vontade. De fazer figuras, vá. Em vez de ter mais juízo, estou cada vez mais parva.
Se percorrer, assim num instante, a lista de máscaras que já passaram por este corpinho, temos : Carmen Miranda, Mecânica, Palhaça, Sevilhana, Hippie, tentativa de ser um membro da banda "As Doce" que se transformou em, basicamente, prostituta de 5ª categoria, Pipi das Meias altas, e, a cereja no topo do bolo, esfregona Vileda. Sim, no ano passado.
Ontem foi dia de tratar da máscara deste ano. Percorri um armazém que vende uma quantidade de máscaras só vista antes nos cortejos de Carnaval do Rio de Janeiro. Aquilo são corredores e corredores de cabides carregados de máscaras. Mal entrei, fiquei cansada. Quase 1h30m depois, acabei a análise à oferta e decidi experimentar 5 máscaras. E foi aqui que começou a noção daquilo a que chamo "sábado será a noite mais fria do ano". Os fabricantes de máscaras ( ou as lojas que as compram, que aquilo é capaz de não ser feito em Portugal), esquecem-se que neste País o Carnaval é celebrado em pleno Inverno. Costuma chover, faz frio, costuma andar o diabo à solta. Foi só nisto, e no frio que me espera, que consegui pensar todo o tempo que estive naquele provador. Em primeiro lugar, contam-se pelos dedos de uma mão as máscaras de mulher que incluem um par de calças. Saias, saias e mais saias. Até aqui, a coisa ainda vai. Mas quando as saias têm praticamente o tamanho da parte de baixo do meu bikini de Verão, eu pergunto-me se alguém sabe que o Carnaval se festeja no Inverno, neste País. Completamente vencida pelo espírito carnavalesco, lá vim com uma máscara no saco, toda contente. Precisava de perder us 3kgs até sábado, para a coisa correr bem, mas não sou miúda de começar a acreditar em milagres com esta idade.
 
Seja como for, fica o apelo para o próximo ano: senhores, por favor. Saias um pouco mais compridas. Eu sei que é Carnaval e que ninguém levará a mal, mas o decoro, senhores. O decoro. E sim, de facto, vi por lá uma máscara com muito tecido. De freira. Mas não foi essa que comprei.

24 de fevereiro de 2014

Se eu mandasse, ai se eu mandasse #2

Grupos de jovens entre os 12 e os 18 anos (e estou a ser meiga com este intervalo de idades), seriam estritamente proibidos de ir a uma sessão de cinema, sem supervisão de um adulto (leia-se "daqueles que não se portam pior do que os adolescentes").

Tenho apenas duas vontades quando lido com estes grupos organizados numa sala de cinema : dar, pelas minhas mãos, a educação que os Pais não lhes dão em casa, e pedir o reembolso do valor do bilhete. Pior do que o barulho das pessoas a comer as pipocas e a tentar sorver bebidas que já acabaram, pior do que o barulho dos sacos de gomas, só isto. A pior coisa que me pode acontecer numa sala de cinema, é encontrar um grupo destes.

Envelheço anos, ANOS, com isto.

20 de fevereiro de 2014

Adeus Calçada Portuguesa (?).

Hoje é dia de vos dar a oportunidade de me esfrangalhar no blog. Atirem-me aos lobos, esfolem-me viva, chamem-me anti-patriota, chamem-me parvalhona de primeira, revoltem-se, façam lá como vos der mais jeito, mas eu tenho mesmo de dizer isto : sou completamente a favor desta medida.
A Associação Municpal de Lisboa terá decidido, entre outras medidas que fazem parte do Plano de Acessibilidade Pedonal, pela retirada da calçada portuguesa em determinados locais. Diz o Sr. Vereador, e na minha opinião diz muito bem:
“O plano não diz que vamos tirar a calçada toda. [Até porque] nem com o orçamento todo da câmara para os próximos quatro anos seria possível tirar toda a calçada de Lisboa e pôr outros pavimentos”.
“Acho que é a oportunidade de pôr um novo passeio que não seja derrapante e que seja mais regular que a calçada portuguesa”.
Como quase sempre acontece com os assuntos mais sensíveis, já existirá (ou vai existir) uma Petição contra esta medida. Desta vez, não contam com a minha assinatura, pode ser? Compreendo que estejamos a falar de Património Nacional, e assumo, até, que a calçada portuguesa é, de facto, lindíssima. Mas sejamos realistas : de prática não tem, rigorosamente, nada. De confortável também não. Mais, chega mesmo a ser perigosa. Se até eu, do alto da minha jovialidade, tenho dificuldade em andar nesta calçada sem passar o dia a ir com o nariz ao chão, posso imaginar o que passam as pessoas mais idosas ou com dificuldades motoras (portanto não, não estou só a pensar nos meus saltos altos). Por muito bonita que seja, e por muito que seja uma parte do nosso Património, honestamente, eu prefiro ter as duas pernas intactas do que chegar ao fim do dia e dizer "Torci novamente o pé, esfolei os joelhos e o nariz mas, caramba, valeu a pena! Vim todo o caminho de olhos postos naquela maravilha de calçada!". Não, isto não é admissível. Percebo as vozes contra, e percebo que o ideal seria poder mantê-la. Mas não é praticável. E para quem está contra esta medida, lembrem-se que não irá desaparecer na sua totalidade. Quando vos apetecer fazer equilibrismo e ganhar umas entorses, ainda existirão locais onde podem encontrá-la.
Dá para aplicar já esta medida? Agradecida.

19 de fevereiro de 2014

"A Mulher mais feia do Mundo", como lhe chamam.

Lizzie Velasquez tem sido apelidada desta forma. A Mulher mais feia do Mundo. É conhecida em todas as redes sociais, é falada e gozada um pouco em todo o Mundo, deste então. Isto, por si só, já seria o suficiente para arrasar com qualquer pessoa. Mas imaginem agora o que terá passado esta mulher, até hoje. Sofre de uma doença rara que, entre outro tipo de limitações, faz com que este seja o seu corpo e a sua cara. Lida com esta situação desde sempre. Desde que se conhece, desde que olhava para o espelho e desejava ter outro aspecto e outra vida. Mas Lizzie Velasquez decidiu levantar a cabeça e viver. Viver, da forma mais normal possível. É um exempo de força, de coragem e determinação como há poucos.
Oiçam. Vale muito a pena. É aquele murro no estômago que tantas vezes precisamos levar para olhar para as nossas vidas, olhar à volta delas, e perceber o que é importante. O que é que nos define, afinal?

18 de fevereiro de 2014

Se eu mandasse, ai se eu mandasse #1

Se eu mandasse alguma coisa no estaminé que é este País, aviso já que a entrada de mochilas e/ou trolleys e afins, seria totalmente proíbida nos transportes públicos, entre as 8:00 e as 9:30 da manhã. Pois seria.

Os transportes estão apinhados. "Ah, mas as pessoas precisam dessas coisas para ir trabalhar", "Ah, mas as crianças andam de mochila". Está certo. Paguem dois bilhetes, então. Andar a pagar um bilhete e depois ocupar o espaço de 3 pessoas, é que não, ok?

Sim, estou mais ou menos a brincar. Mais ou menos, que isto de andar de transportes logo pela manhã é coisa para acabar com a boa disposição e discernimento de qualquer pessoa.

PS- Talvez tenha nascido uma nova rubrica neste blog. E talvez, à medida que se vá desenvolvendo, vocês acabem por agradecer o facto de nunca ter tipo pretensões de chegar ao Governo. Ou mesmo à Presidência.

16 de fevereiro de 2014

Ainda o Meco, ou como eu fervo com isto.

A tragédia recentemente ocorrida na Praia do Meco, é um assunto que mexe comigo. Já aqui expliquei as razões para isso, e a revolta que sinto quando tudo indica que na sua origem estiveram as praxes, esse instituto que, embora defendido por muitos, tem para mim nenhum benefício. E por muito que ainda exista quem defenda as praxes e o espirito académico, está mais do que na altura de aceitar que aquilo que se passa hoje em dia, na esmagadora maioria, já muito pouco tem de semelhante com aquilo que eram as praxes há décadas atrás. Como em quase tudo, o Ser Humano conseguiu abusar e transformar as praxe em qualquer coisa que lhe permite exercer um poder mórbido sobre os outros. Mas sobre isto já disse tudo.
 
Volto a falar do Meco, porque tomei conhecimento da decisão dos Pais das vitimas em apresentar queixa contra o Dux, a Lusófona e desconhecidos (aparentemente, outras pessoas terão assistido a tudo). Honestamente, muita paciência tiveram estes Pais. É inconcebível que exista uma pessoa que sabe o que se passou, que terá ele próprio sobrevivido a esta tragédia, e que ainda não tenha explicado a estes Pais o que aconteceu, de facto. Perfeitamente inconcebível. Se tem responsabilidade ou não, não sei. Se aqueles jovens ali estavam coagidos, ou se foram de livre vontade participar nesse ritual, também não sei. E sendo certo que é da máxima importância apurar se estamos perante uma ou outra coisa, ainda mais inacreditável é fazer passar estas famílias por todas as dúvidas que as assaltam desde o primeiro minuto. Pior. Outras pessoas terão assistido, as tais do pacto de silêncio (a sério, isto é assustador. Esta gente precisa de tratamento, mas daquele urgente). Essas também não falam. Ninguém fala, ninguém conta. A própria Universidade teria conhecimento deste e outros rituais. Como é que isto é possível? Que irresponsabilidade é esta? Os alunos assinavam termos que desresponsabilizavam a comissão de praxes de eventuais danos que pudessem sofrer. Mas que merda vem a ser esta? Isto acontece assim, com conhecimento de todos, numa Instituição de Ensino Superior? Os Pais apresentam agora queixa. E eu aplaudo de pé. Que sirva para que, pelo menos, venham a saber o que se passou com os seus filhos. E que sirva, num cenário ideal, para para responsabilizar os eventuais responsáveis, se de facto existem. Que sirva, no melhor dos meus sonhos, para mostrar, de uma vez, às Universidades deste País, que não podem continuar a assobiar para o lado e ignorar o que os seus alunos fazem neste âmbito. 
 
Já aqui disse no outro texto, e finalizo da mesma forma. Por mim, proibia-se esta porcaria. Ponto final. Isto não é nada. O que se passa hoje em dia, não é nada senhores. 

14 de fevereiro de 2014

Quem são os namoradeiros, afinal?

Adoro uma boa comemoração. Adoro datas, dias disto e daquilo. Gosto de olhar para o calendário e vê-los lá, alinhados, ano após ano. Do que eu não gosto mesmo, é de ouvir as frases do costume. "o Natal é quando um homem quiser". O "dia da mulher são todos os dias". "Todos os dias deviam ser dia dos namorados". JÁ SE SABE. Desculpem o grito. Já se sabe, ok? Como é óbvio. Todos os dias são dias daquilo que quisermos e todos os dias são bons dias para mostrar apreço, para dar mimos, para valorizar, para presentear. Desde quando passámos a ser tão cinzentos, tão do contra, tão sempre a dizer mal de tudo? Os outros 364 (ou 365) dias do ano não invalidam que assinalemos datas, pois não? Eu nasci a 7 de Maio. Deixo de festejar o Aniversário por estar viva em todos os outros? Não tenho pachorra para o discurso "anti", e tão tipicamente Português, como é bom de perceber.
Questão prévia analisada, passemos a uma questão que ainda mais me atormenta: quem são, afinal, aqueles casais TODOS que vemos a jantar neste dia? Que aproveitam para fazer qualquer coisa especial? Que oferecem presentes? Quem são, pá? Ninguém gosta do dia, todo o meu Português o acha disparatado, portanto, presumo que são estrangeiros que, ano após ano, passam o Dia dos Namorados em Portugal, com a sua cara metade. Senhores...
Agora que já desabafei, aproveitem o dia. Aproveitem a noite, aproveitem tudo. E, sendo certo que todos os dias podem fazê-lo, não se esqueçam de lembrar a pessoa que têm ao lado, da importância que tem para vocês. É dia de fazê-la(o) sentir-se especial. Porque o Amor ainda é o que mais merece ser celebrado nesta vida.

12 de fevereiro de 2014

Quanto mais conheço as pessoas...

Podia dizer apenas que mais gosto de cães, ou de gatos, mas isso é pouco. Aliás, podia até dizer que gosto mais de pássaros (e isto é grave) do que algumas pessoas, e continuaria a ser muito pouco.
 
Na verdade, assim é que está certo:
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais sei que o quanto são falsas;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais quero que tenham um limite de palavras a usar por dia, e, de preferência, na minha ausência;
 
Quanto mais conheço as pessoas, menos pessoas quero ter na minha vida;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais certeza tenho que a minha paciência não chega;
 
Quanto mais conheço as pessoas, menos quero conhecê-las;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais prezo aquelas que merecem;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais certeza tenho que são umas filhas da puta.
 
 
E, por fim, quanto mais conheço as pessoas, mais me apetece andar com este letreiro ao pescoço.
 
 


Sim, hoje é dia de fazer terapia através do blog. Obrigada a todos pela compreensão.

10 de fevereiro de 2014

O que não oferecer no Dia dos Namorados do Ano de 2014.

A sério, gentes da Swatch? E o carrinho de gelados vem incluído, ou pagamos à parte?







 
Depois não venham para aqui chorar. Eu avisei.


8 de fevereiro de 2014

O Tal, The One. Tu.

Não parecendo à primeira vista, aqui a miúda sempre acreditou. Sou a believer mor do meu grupo de amigos mais restrito. Existem mais, mas, e desculpem mas não vamos meter paninhos quentes na coisa, depois de todas as desilusões sofridas, o grande feito é mesmo o meu. Continuar a acreditar no Amor, na felicidade a dois, não tem sido fácil. Sou aquela que parece não levar o assunto muito a sério, que faz piadas sobre o Amor e o trata com sarcasmo, mas sou aquela que acredita. É a minha forma de lidar com esse sacana brincalhão.
 
Sempre tive uma ligeira implicância com a expressão "cara metade". Parece-me redutora e limitada. Não preciso de ninguém que me complete, por assim dizer. Nestas coisas, e sendo eu uma pessoa que não deixa a sua própria felicidade dependente da existência ou da presença de alguém na minha vida ( e este, atenção minha gente, é , na minha opinião o pior erro que tantas vezes se comete. Acredito plenamente que só consegue ser verdadeiramente feliz a dois, a pessoa que já se sentia bem consigo mesma), o que sempre disse que gostava de encontrar, é alguém cuja companhia adore e que, ao mesmo tempo, desperte aquelas borboletas que temos no estômago, mas que estão adormecidas até ele/ela chegar à nossa vida. Isto é tudo o que quero. Resumidamente. Por tudo isto, prefiro a expressão "O Tal". "O Tal" não é a minha cara metade. "O Tal" é aquele que me faz querer partilhar a felicidade que já tenho. Não traz o que me falta, traz uma presença que quero na minha vida, mesmo sabendo que não me estava a faltar nada. Chegados aqui, é preciso entender uma coisa sobre o meu radar em relação ao "Tal" : ele não funciona. Ou não funcionou durante estes 34 anos ( aposto duas ou três madeixas, que na própria maternidade me terá feito olhar para o miúdo errado). Veio com defeito, e passou a vida a encaminhar-me na direcção errada. Foi o que se arranjou.
 
Como nada na vida dura para sempre, nem mesmo a falta de sorte e um radar defeituoso, ultimamente o meu tem dado um sinal diferente. Um sinal afinado. Aquele sinal que apenas quando está tão perto, percebemos na perfeição.
 
E cá estão elas. As borboletas. A esvoaçar enquanto escrevo.
 
 

3 de fevereiro de 2014

De coração apertado.

É conhecida a minha adoração pelo Mar. É quase tão conhecida a minha adoração pela Caparica, a terra que me viu crescer, a terra que me traz tantas e tantas recordações. As, para mim, melhores Praias do País. A melhor luz. Os melhores finais de tarde, o melhor pôr do Sol. Há quem não sinta grande ligação ao local onde cresceu, mas eu tenho uma ligação à Caparica que é para a vida. Estou a cerca de 5 Kms, hoje em dia, distância que encurto sempre que possível. É capaz de ser um amor herdado. O meu Pai, nascido e criado nesta terra, é capaz de ser a única pessoa que conheço que gosta mais dela.
 
É por tudo isto que, quando vejo imagens recentes como estas, fico com o coração pequenino. Bem sei que, infelizmente e um pouco por todo o País, é cenário actual. Mas este é o que mais me toca. Sou uma pura filha da terra. Adoro o Mar, mas há limites. E a minha Caparica é um dele. Sem perdão.
 









 
 
As imagens são retiradas da internet.