É basicamente isto.

É basicamente isto.

29 de novembro de 2013

A crise engorda as Mulheres.

Passo a explicar : toda a gente sabe que as mulheres estão sujeitas a mudanças de humor mais ou menos repentinas, acessos de carência, oscilações de estado de espirito. Ser mulher é realmente muito complicado, e que não nos venham dizer que não. Nascemos com este karma, culpa das hormonas ou da Sociedade, ou das duas, raios as partam. A seguir a estes estados em que nos sentimos mergulhadas, só temos duas hipóteses : fazer compras ou comer. E é aqui que está tudo estragado. A comida custa dinheiro, é bem verdade, mas ainda custa menos enfiar a cara numa francesinha à hora de almoço, ou num croissant a largar chocolate por todos os poros (história que se passou hoje com uma amiga...), do que ir torrar o ordenado de loja em loja. Já não bastava a crise nos lixar a todos os outros níveis, a nós, mulheres, também engorda.

Eu aposto convosco, o que quiserem, que quando esta crise passar (optimista a miúda, hoje), este País vai ser um País de mulheres obesas (não tão optimista, afinal).

28 de novembro de 2013

Tu, que me lês, não te vais reformar.

E não é por falta de vontade tua, não é por não teres trabalhado o suficiente, não é por não haver dinheiro para isso. Quer dizer, até é, mas este argumento deixará de ser aplicado. A idade da reforma aumentará para os 67 anos, lá para 2029, salvo raras excepções que me parece que não serão aplicadas de tão subjectivas que são.

Não te vais reformar porque, provavelmente, vais morrer antes disso. Lamento ser eu a dar-te esta notícia. Vais trabalhar que nem um cão até ao fim dos teus dias. E depois morres. E assim fica resolvido mais um problema deste País.

Agora ide trabalhar com um sorriso nos lábios.

Bom dia alegria.

27 de novembro de 2013

A pressão Natalícia. A pilha de nervos que isso causa à Autora.

Se há pessoa que gosta do Natal, sou eu. Se há pessoa que adora ver o País a piscar, sou eu. Se há olhos que brilham perante os enfeites de Natal (uma coisa com bom gosto, não confundir com as piroseiras que se vêem um pouco por todo o lado nas janelas e portas das pessoas, nesta altura. O ano passado devo ter feito um post a arrasar com algumas dcorações, é procurá-lo, tendo interesse) e as próprias das músicas da quadra, são os meus. Mas se há pessoa que, igualmente, se enerva com a pergunta "Então? já compraste os presentes de Natal??" e com o esbugalhar de olhos que se segue quando respondo "Em Novembro?? Já, já. E já comprei as tuas amêndoas da Páscoa. Espero que não se estraguem", sou eu também. Eu não sei muito bem o que se passa, e como é que um número tão grande de pessoas já conseguiu fazer as compras de Natal, mas a verdade é que me sinto a um passo de ser a única a não ter um único presente comprado. O que até faz sentido, ao invés de fazer de mim uma desleixada. Como é que essas pessoas a quem já compraram os presentes, vão poder trocá-los caso olhem para eles na noite de 24 e lhes apeteça chorar de desilusão? Tenho uma Amiga que diz, com uma enorme descontração "Quero lá saber. Se não gostar fica para mim, que gosto". Esta não merecia presente, mas até nem é má miúda.
Venho, por estes motivos e por este meio, instituir, oficialmente, o dia 10 de Dezembro como bom dia para começar a pensar nos presentes. Antes disso, não. Antes disso, não me perguntem se já tenho tudo pronto, se não acho que é tarde, se não estou em pânico. Não, não e não, são as respostas. 
Aproveitemos este tempo para reflectir em quem merece receber um presente. A minha lista é, infelizmente, cada vez mais curta. E, embora em tempos de crise isto tenha o seu lado positivo, parecendo que não, é triste. Bastante.

22 de novembro de 2013

O mais Sexy do Mundo 2013

Está anunciado o nome do vencedor de mais uma edição de "O mais Sexy do Mundo", organizada pela revista People. E se no ano passado eu aplaudi de pé a escolha, este ano estou para aqui desconsolada. Não podia estar mais em desacordo. O senhor é engraçado, tem a sua pinta e o seu ar de bad boy (que todas gostamos, para mal dos nossos pecados), mas o mais sexy? Come on...

 O vencedor, Adam Levine:




Em 2012 é que era:


21 de novembro de 2013

Pacote aberto, pacote virado.

O meu maior receio, numa ida ao supermercado, é não resistir a comprar aquelas que chamo de "coisas impossíveis de parar de comer". Todos nós as temos, não me venham dizer que só comem alface e bróculos. São aquelas coisas que nos fazem mal, que sabemos que não devem ir para casa connosco, que não vamos parar de comer enquanto não virarmos aquilo tudo. A seguir? O peso na consciência, e na balança, e a promessa vã de não repetir.

A minha lista:

- batatas fritas (têm droga, ninguém me convence do contrário);

- favas fritas (se ainda não experimentaste, tu que estás a ler, corre para o supermercado);

- chocolate branco (é até haver e mais houvesse);

- salame (quem é que consegue parar de comer salame?);

- amendoins salgados (aquilo nem enche!);

- gelado de menta e chocolate (sim, mesmo no Inverno);

- pipocas (em casa, nunca no Cinema);  

- conguitos ( uma pessoa achava que crescia, e que se deixava disto. Mas não.)

Ficamos por aqui. Sim, estava a fazer uma lista de compras para hoje, e talvez, mas só talvez, me tenha lembrado deste post porque, talvez, mas só talvez, vá repor este stock...

(resistam vocês, se conseguirem, sim? a minha vida não é fácil e eu mereço).


20 de novembro de 2013

Venham cá, senhores da Pepsi. Vamos conversar.


Mas que merda trampa de Departamento de Marketing têm vocês? Que paragem cerebral foi essa? Já não bastava a vossa bebida ser uma fraca imitação da original? Em que cabeça iluminada não se percebeu que a imagem do nosso CR amarrado a uma linha de comboio, iria servir apenas para vos prejudicar? E quem é que aprova essas campanhas? E, logo a seguir, surpresa. O pedido de desculpas ao jogador. Organizem essa chafarica.


A imagem da polémica:





O gozo:










19 de novembro de 2013

Deixem passar o melhor do Mundo.


Ir ao WC não deveria ser simples, rápido e eficaz?

A caminho do trabalho, esta manhã, vinha a ouvir um programa de rádio onde se falava dos hábitos das pessoas no WC. Isto é assunto que sempre me causou estranheza, o que me fez prestar toda a atenção. Ouvi um relato, em particular, que dizia mais ou menos isto : "Eu levo o telemóvel para o WC para trocar quadras com um amigo sobre o que se está a passar ali". Não vou comentar, não me vou pronunciar, não quero que o senhor me apareça aqui a dizer que eu não tenho nada a ver com o que faz sentado na sanita. Não tenho, não senhora. Exercite lá essa veia poética.

O Ser humano é, no mínimo, curioso. Algures, alguém achou que seria uma grande ideia ir com tempo para o WC e ficar por lá sentado a ler uma revista, um livro, a explorar o telemóvel. Eu sempre achei que ir ao WC é uma questão de necessidade. Uma pessoa entra, faz o que tem a fazer e sai. O quanto antes. Assim numa espécie de "chegar, ver e vencer". Se quer ler ou seja o que for, fá-lo noutro local. No sofá, por exemplo, que costuma ser tão mais confortável do que a cerâmica da sanita. Mas não. Há quem insista em fazer "sala" na casa de banho. Aliás, sejamos honestos e digamos o que estão todos a pensar: essas pessas são os homens. Os homens é que fazem isto. Não conheço uma única mulher que vá meter a leitura em dia para a casa de banho, por muito que esteja por lá uns bons 30 minutos a arranjar-se.

Expliquem-se homens, expliquem-se. E não me venham para aqui dizer que aproveitam para se fechar por lá e não aturar a mulher. Não é que eu não acredite, mas não quero que me recordem que são capazes disso.

18 de novembro de 2013

A noite aos 34 anos.

Longe vão os tempos em que me apetecia sair todos os fins de semana. Não vão muito longe, é certo, mas longe. Ainda assim, CM vai ser sempre uma miúda pronta para a festa e recusa-se a estar muito tempo sem sacodir o pó do esqueleto. Até aqui tudo certo, é o espirito que conta, e aqueles lugares comuns todos, mas as pessoas de 34 anos têm um problema hoje em dia: é preciso escolher de forma muito criteriosa os sítios a frequentar na noite. Por um sem fim de razões mas, sobretudo, para não passarmos a noite de queixo caído a olhar para as miúdas de 15 anos ao nosso lado. Posso garantir-vos que as miúdas desta idade estão apostadas em parecer uma mistura entre a Ana Malhoa, a Fanny e a Miley Cyrus. "Mas CM, cada qual deve vestir o que quer, e bla bla bla". Epá, deixem-se de merdas. Filha do meu Pai não saía de casa naqueles propósitos, nem que se rasgasse toda. Aliás, ninguém me tira da ideia que elas não saem de casa assim. Não pode ser. Devem sair com uma mochila às costas, carregada com aqueles "adereços", enquanto usam um par de calças e uma blusa decente. O que é que os Pais acham que elas levam nas mochilas, é que já não sei. Vi cuecas à mostra, desconfio que até mamilos vi, vi mais carne à mostra do que em certos dias de praia. E eu até sou uma miúda com espirito jovem, mas não consigo deixar de perguntar-me em que momento passou a ser normal este comportamento? E se é verdade que a coisa tem vindo a piorar nos últimos anos, eu pergunto-me como sairão as miúdas do futuro? Se juntarmos às roupas o comportamento da maioria dos adolescentes na noite, quer parecer-me que o coração dos Pais não aguentaria o choque. Filha minha vinha para casa por uma orelha, isso posso garantir.
A bem da minha sanidade, está na altura de riscar do itinerário determinados sítios da noite. A "malta" ainda é jovem, mas não é assim tão jovem já. Além disso, não tenho roupa adequada a esses sítios. A minha saia mais curta fica-me imediatamente acima do joelho. Um roupão, para os tempos que correm, portanto.

15 de novembro de 2013

Todos juntos hoje?

Quem por aqui passa, sabe que a moça gosta de futebol. É assim, nasceu com este karma. O que talvez não saibam, é que maior do que o meu amor pelo Sporting Clube de Portugal, é o meu amor pela Selecção Portuguesa. Este coração bate mais forte hoje, portanto. Morrerei, repito, morrerei de desgosto, se Portugal não marcar presença no Mundial de 2014.








(a este rapaz peço que cale, como só ele sabe, a boca aos Blatters e Valdanos deste Mundo, com uma exibição de encher o olho.)  

14 de novembro de 2013

As desvantagens de viver sozinha.

As pessoas nunca estão contentes com o que têm. É mais forte do que nós. A realidade é esta. Se vivemos sozinhos, achamos que deve ser bom mesmo é chegar a casa e ter companhia. Se vivemos acompanhados, queríamos era poder chegar a casa e estar sozinhos, relaxar, ter a televisão só para nós, fazer as refeições à hora que nos der na real gana. Há grandes vantagens e desvantagens nas duas situações. Mas hoje, e à conta de um episódio acontecido esta manhã, vamos falar apenas das desvantagens desta vida independente que levo naquelas quatro paredes. Já precisei de ajuda masculina (calma, suas mentes...calma) para diversas tarefas : trocar lâmpadas, furar paredes, pendurar móveis, ligar todos os aparelhos relacionados com a TV de forma a funcionarem em conjunto, pendurar quadros, arranjar torneiras, etc. Em todos estes momentos, pensei que gostava muito de não precisar de ajuda, mas a verdade é que preciso. Precisei e vou continuar a precisar. Quando achava eu que estavam esgotadas as situações em que teria de dar o braço a torcer à velha máxima "um homem faz muita falta em qualquer casa", eis que hoje a vida decide mostrar-me mais uma.
O cenário: 8 da manhã. Arrasto-me para fora de casa, a muito custo, ainda melindrada com a gripe que não me larga. Decido levar o carro para o trabalho. Está demasiado frio para andar de transportes neste estado. Desço à garagem, entro no carro e aponto o comando ao portão. Ainda demorei uns segundos a perceber que nada aconteceu. Carrego outra vez no botão. Nada. Calma. Saio do carro, e decido encostar praticamente o comando ao portão enquanto carrego furiosamente no botão. Nada. Faço aquela parvoíce que também faço quando o comando da TV não funciona : dou-lhe umas cacetadas. Tento de novo. Nada. Decido que deve ser mau contacto, e vou pelo lado de fora d prédio, toda convencida que isso vai resultar. Nada. Imóvel. Volto para dentro da garagem, e percebo que para abrir manualmente o portão, preciso de mais meio metro de altura. Sim, está lá uma corda que devemos puxar quando isto acontece, mas, pasmem-se, pensando agora nas pessoas que vivem naquele prédio, quer parecer-me que só duas têm estatura suficiente para abrir manualmente o portão. Com isto são umas 8:10 da manhã, e não consigo sair de casa. Depois de perceber que esperar por um vizinho, podia deixar-me ali uma boa parte da manhã, decido que só me resta escolher um felizardo para tocar à campainha e pedir, encarecidamente, que me abra o portão. Assim foi, morta de vergonha.

Às vezes, mas só às vezes, uma mulher não é auto-suficiente.

13 de novembro de 2013

Vaso ruim, afinal, também quebra.

Tenho para mim que vou pagar caro todas as coisas ditas nesta vida terrena. Todas as brincadeiras feitas, todo o escárnio, toda a ironia. Estou fechada há dois dias em casa. FECHADA (sei que está sol porque tenho uns janelões que me permitem vê-lo. Diz que está frio, mas eu não faço a mais pálida ideia). Eu sou a pessoa que NUNCA (quase, mas tão quase nunca, que vai dar ao mesmo) fica doente. Que raramente se constipa, que passa anos - ANOS- sem meter os pés num médico, que diz aos outros "Outra vez doente? 'ca florzinha, pá!!", que se gaba de nem precisar de grandes agasalhos. Resumindo e baralhando, sou a maior do meu bairro, percebem? Até chegarmos a Novembro de 2013, o sacaninha que me conseguiu pregar a maior gripe alguma vez sentida por este corpinho. Tenho a sensação de não ter respirado durante dois dias, e mesmo assim ter sobrevivido. Hoje já se respira, mas a tosse é tanta, que partirei uma costela em breve. Estou tão nasalada, que as miúdas da linha morreriam de inveja, se me ouvissem. A minha vida, nestes dois dias, alterna entre cama, sofá, polar vestido, chávenas de chá a toda a hora, torradas, drogas muitas (compradas na farmácia, mas drogas), mantas e televisão. A coisa é tão grave, que experimentei uma receita de mousse de Oreo, e a pobre está largada no frigorifico há dois dias. Não lhe toquei. Eu era a pessoa que nunca adoecia. Caramba, era uma das poucas coisas nesta vidinha que estavam a meu favor. A única vez que não consegui ir trabalhar por estar doente, foi quando desloquei os cristais dos ouvidos. Foi uma coisa assim em grande, com a sua seriedade. Mas ficar em casa com uma gripe? Isto é merda para me tirar do sério. Que raio de mulher sou eu afinal? É a queda de um mito, pessoas. A queda.
 
Ps- o que raio isto de estar doente vos interessa? Nada, é certo. Mas porra, estou fechada em casa e não posso continuar a telefonar às mesmas pessoas. Aturem-me vocês. Deixem-me receitas caseiras para a coisa passar. Ou ajudem-me só a praguejar contra esta filha de uma grande meretriz que me atirou ao chão.

8 de novembro de 2013

Margarida Rebelo Pinto e a (minha) repulsa.

Estive para não escrever sobre este assunto. Toda a gente sabe que, boa ou má, publicidade é sempre publicidade. Por outro lado, ou muito me engano, ou não há publicidade que ainda consiga recuperar a imagem desta senhora.
Não é a primeira vez que MRP se atira para fora de pé, e diz coisas capaz de eriçar os pelos à mais calma das pessoas. Há por aí um sem número de crónicas da senhora a atestar isto. Ainda me recordo da famosa crónica sobre as gordinhas, depois da qual ainda me espanto que ninguém lhe tenha pregado duas bofetadas bem assentes. E duas bofetadas de uma gordinha naquela cara escanzelada, fariam a devida mossa, parece-me. Quando proferiu as primeiras declarações polémicas, achei apenas que seria uma pessoa com uma enorme falta de noção e bom senso, como tantas outras que por aí andam. Completamente deslumbrada e desenquadrada da Sociedade, em relação à qual se acha, notória e incrivelmente superior. O que a distinguia, era o facto de verbalizar este tipo de opiniões. Há tantas, mas tantas MRP por aí. E Margaridos também.
O que me começa a chocar profundamente, é que esta senhora não aprende. Nenhuma das declarações estapafúrdias que fez até à data, a fizeram parar para pensar, e não repetir o disparate. Mas pior, conseguiu elevá-lo. O tipo de comentários que proferiu, numa época como aquela que se vive, “contra” um povo melindrado o bastante, no limite da paciência, que merece, no mínimo, que quem ainda não passa dificuldades, não goze com quem passa, ou tente, sequer, ter a presunção de saber como estas pessoas vivem e o que suportam, já é de uma burrice atroz. Que faça este tipo de comentários, ela e as outras Margaridas, no seu grupo de amigos, já é coisa que não me incomoda. Não planeio tornar-me amiga da senhora. Que o faça, repetidamente e, desta feita, sobre um assunto com esta seriedade, já é caso para lhe passar um atestado de burrice crónica. Estamos a falar de uma pessoa a quem convém, digo eu, que ainda alguma alma neste País queira comprar um livro escrito por si. A não ser que a moça tenha um plano milagroso para fazer as pazes com as gordinhas e os necessitados deste País, talvez seja melhor começar a pensar numa carreira mais sólida no estrangeiro. Antes que oiçam falar de si também, claro.

PS- confesso que li, em tempos, dois livros desta senhora. Não aponto nada à qualidade da sua escrita. Todos sabem que não virá dali um Saramago. Nem todos querem ler apenas os Saramagos, e ainda bem que assim é. Se hoje seria capaz de comprar um livro seu? Não. Causar-me-ia, até, uma certa repulsa de mim mesma.

7 de novembro de 2013

Mais um dos muitos flagelos femininos.

Não há mulher que não saiba a desilusão que é fazer uma mudança de visual na qual ninguém repara. Ou quase ninguém. A nossa melhor amiga reparará, eventualmente. Uma colega de trabalho mais atenta, também. Mas contar com muito mais do que isto, é ver a desilusão lá ao fundo, a acenar-nos, e ir a correr ter com ela, todas contentes da vida. Contar com isto vindo do seu parceiro, então, é o mesmo que esperar que a vida seja justa, ou que a Liliane Marise se cale de uma vez : não vai acontecer.
Pintamos, cortamos, esticamos os cabelos. Passamos horas, H-O-R-A-S, nestes rituais. Não o fazemos para os outros, não é isso, fazemos porque uma mudança faz milagres pela auto-estima e recupera o espirito de qualquer pessoa (a não ser que corra mal, e aí não, aí mais vale que ninguém repare), mas caramba pá, sejamos honestas : se o fizermos por nós, mas a mudança for notada, melhor.  Se nos disserem que estamos maravilhosas, então, perfeito!

O que me faz mais espécie neste assunto, o que nunca vou entender, é que homens e mulheres se comportem de forma tão distinta nestas situações : se reparamos em qualquer cêntimetro de cabelo a menos, se reparamos em qualquer camisa nova, qual é o bloqueio que não permite o cérebro masculino fazer o mesmo? O que é que, geneticamente, os fará sempre panicar perante a pergunta "não reparas em nada diferente?"? Pura falta de atenção ao detalhe? Falta de poder observador? Seja o que for, corrijam lá isso, sff. Falava, há dias, com uma amiga sobre esta questão, e chegámos à conclusão que nunca passou um homem pela nossa vida que reparasse automaticamente nas mudanças de visual. Que não precisasse de uma série de pistas para lá chegar. E não venham com a desculpa que cortamos milímetros aos cabelos e queremos que se note. Ele há homens que não notariam que a mulher fez madeixas verdes (verdes, sempre verdes), que precisariam de horas para notar que as mulheres raparam o cabelo num acesso de G.I.Jane. As queixas femininas sobre etse tema são recorrentes. Deixo, por isso, um apelo aos homens que ainda aqui chegam para ler umas coisas : reparem mais nas vossas mulheres, sim? Vão ver os milagres que isso vai fazer por vocês, também (que é como quem diz, se não o fizerem por elas façam para colher os frutos, sem que elas percebam, chiça!).

6 de novembro de 2013

O Universo não dorme. E não me grama, também.

Há dias, estão vocês, que não passam sem estas maravilhas que escrevo, carecas de saber, escrevi sobre o vício absurdo que se tornou o uso do telemóvel, entre outros aparelhos. Escrevi até ( num esquecimento negligente do velhinho "tem cuidado com o que desejas"), que iria minimizar este vício nem que tivesse que deixá-lo sossegado em casa. Vai daí, o Universo, aquele tipo a quem saí na rifa e que se farta de brincar comigo, não vai de modas e faz-me a vontade. Não, não fui eu que me esqueci, foi o tipo que me desviou a atenção com uma qualquer trampa e conseguiu fazer-me sair de casa despida. Sem telemóvel, portanto. E agora? Ideias? O que é que se faz um dia inteiro sem o telemóvel? Precisamente num dia em que chegarei bem mais tarde do que o normal, em que tenho 127 coisas para fazer antes, em que precisava de estar contactável e contactar. Uma pessoa não pode escrever uns disparates sem ser castigada. E agora? E todos nós sabemos que é nestes dias que recebemos um contacto importante, é nestes dias que o telemóvel não pára, cheio de boas notícias e de gente que não pode esperar mais um segundo para falar connosco. Pobre gente, já não sei se tenho mais pena vossa ou minha.
Não vamos sequer falar daquelas coisas que acontecem nestes dias. É nestes dias que os pneus do carro furam, é nestes dias que nos perdemos em qualquer lado e precisamos do GPS, é nestes dias, é nestes dias que ficamos presos horas no trânsito sem poder ligar a alguém ou fazer as pazes com o "Candy Crush". 

Vai ser um longo dia, minha gente. Honestamente, parece-me que desisto do plano de usar menos o telemóvel.

Se um de vocês, só um que seja, me disser que ainda consegue fazer a sua vida diária sem recorrer ao telemóvel, eu volto a pensar no assunto.

PS- Sim, para aqueles que ainda estão a pensar nisso, eu não sei mudar um pneu. Serei a loira à beira das lágrimas, na berma de uma qualquer estrada hoje. Soa mal, mas vocês percebem...

5 de novembro de 2013

A força da mente consegue tudo, consegue até correr.

Eu prometo que não me vou tornar numa daquelas pessoas que vos moem a cabeça com as vantagens de fazer desporto e que não falam de mais nada, e que vos esfregam na cara os resultados que vão vendo e que vos fazem sentir uns fracos (e balofos) que só estão bem sentados no sofá agarrados aos pacotes de batatas fritas e aos toblerone (quantos de vocês estão já a corar e a olhar para trás para confirmar que não estou aí??). Mas, e apesar de prometer isto tudo, uma coisa tenho de vos dizer e peço que acreditem nela, que eu não sou miúda para vos enganar : a nossa mente tem um poder que nada ultrapassa, porra! Eu, preguiçosa crónica, como sabem, há alguns meses resolvi olhar para o espelho de frente e perceber que se não fizesse nada, este corpo que ainda se vai aguentando apesar dos 34 anos no lombo e da alimentação só comparável com a de alguém a quem nunca ensinaram o que é alimentação, iria ceder. Literalmente. Descair, ficar flácido. De seguida chegou a saga da compra dos ténis. Depois, a saga do "arranjar motivação para calçá-los, de facto, e correr", inicialmente ultrapassada com o pensamento "já que gastaste dinheiro nesta porra, agora vais usá-los, minha menina!".
A coisa até nem ia mal, até ao dia em que percebi que, com esta mania de mudar as estações do ano, em breve teria de arranjar motivação para sair de casa de noite e correr. Mas mais, sair de casa de noite para correr, mesmo com chuva, que isto de exercitar o corpo deve ser constante. E isto fez-me acreditar, durante uns bons dias, que a veia desportista tinha morrido ali. No final do Verão.
Esta conversa toda é para vos dizer que, lá está e voltando ao titulo do post, está tudo na nossa mente. É a forma como pensamos que determina o que somos, o que fazemos, tudo. Parece um lugar comum, não parece? Pois não é, diz-vos a tipa mais preguiçosa que podem conhecer, depois de ter conseguido o feito de correr, já de noite e à chuva. Impensável, há uns tempos. É assim uma coisa simples para o comum dos mortais, bem sei, e muitos estarão a pensar "big deal", mas sim, para mim é uma vitória enorme e o suficiente para ter percebido que, como em tudo na vida, é a (maior ou menor) força de vontade que irá determinar a forma como a nossa vida se processa.

Faça sol ou faça chuva, CM correrá. E vocês, meus preguiçosos, façam o mesmo. Ou qualquer coisa parecida.


4 de novembro de 2013

A febre da tecnologia, ou como estamos perdidos da Silva.

Vamos beber um café com os amigos. Chegados à esplanada, ao café, ao bar, sentamo-nos, olhamos rapidamente para a ementa, fazemos o pedido, trocamos meia dúzia de palavras. Uns 5 minutos depois disto, se alguém olhar de novo para esta mesa, o que vai ver? Pessoas já absortas nos telemóveis. Até podemos estar a trocar impressões sobre um qualquer vídeo, uma mensagem, uma foto, notícia, mas o vício foi maior e recorremos ao telemóvel. Ao tablet. Ao portátil. À internet. O mesmo acontecerá durante um jantar. Um almoço. Durante uma ida ao cinema. Andamos, nós a generalidade - e estou a incluir-me, num corajoso mea culpa - completamente viciados, febris.

É difícil perceber como é que chegámos aqui. Como é que, em qualquer momento social das nossas vidas, na presença de amigos, família, companheiros, o que for, damos por nós a desfrutar mais das tecnlogias do que da companhia das pessoas. Não cheguei a este patamar, felizmente, mas tenho noção que, até eu - critica acérrima de quem num qualquer encontro puxa do telemóvel para fazer chamadas, enviar mensagens, consultar as últimas novidades, etc - já ouvi alguns reparos perfeitamente válidos quanto à utilização do telemóvel. É ainda mais difícil, hoje em dia, viajar no tempo e recuar até ao momento em que praticamente ninguém tinha telemóvel. Recordam-se, ainda que vagamente? Passavamos horas em conversas e em convívios, e isso bastava. Se, em determinados momento das nossas vidas - os mais novos não vão conseguir sequer imaginar esta realidade - vivemos tão bem sem estes aparelhos, como é que deixámos que passassem a fazer parte do nosso dia a dia de forma tão imperativa? Quantas horas conseguimos, por dia, passar sem recorrer a este aparelho? A um tablet? à internet? A este ritmo, chegará o dia em que as pessoas deixam de falar? Deixaremos de ouvir as vozes uns dos outros, para comunicar apenas através de aparelhos? Quem é que não tem um amigo, uma amiga, um parceiro, a quem apetece retirar o telemóvel das mãos e meter-lhe o pé em cima? Chegámos ao ponto de ser mal educados com os outros, com quem nos oferece o seu tempo, em prol deste vício. E isto não me agrada nada. No que me diz respeito, está tomada a decisão de reduzir esta utilização. Nem que para isso, e digo-vos isto com uma pequena onda de pânico a instalar-se, o deixe propositadamente em casa de vez em quando. Assim como numa espécie de castigo auto infligido.

Deixo-vos um vídeo que será familiar a muitos de nós. Infelizmente.