Estive para não escrever sobre este assunto. Toda a gente sabe que, boa ou má, publicidade é sempre publicidade. Por outro lado, ou muito me engano, ou não há publicidade que ainda consiga recuperar a imagem desta senhora.
Não é a primeira vez que MRP se atira para fora de pé, e diz coisas capaz de eriçar os pelos à mais calma das pessoas. Há por aí um sem número de crónicas da senhora a atestar isto. Ainda me recordo da famosa crónica sobre as gordinhas, depois da qual ainda me espanto que ninguém lhe tenha pregado duas bofetadas bem assentes. E duas bofetadas de uma gordinha naquela cara escanzelada, fariam a devida mossa, parece-me. Quando proferiu as primeiras declarações polémicas, achei apenas que seria uma pessoa com uma enorme falta de noção e bom senso, como tantas outras que por aí andam. Completamente deslumbrada e desenquadrada da Sociedade, em relação à qual se acha, notória e incrivelmente superior. O que a distinguia, era o facto de verbalizar este tipo de opiniões. Há tantas, mas tantas MRP por aí. E Margaridos também.
O que me começa a chocar profundamente, é que esta senhora não aprende. Nenhuma das declarações estapafúrdias que fez até à data, a fizeram parar para pensar, e não repetir o disparate. Mas pior, conseguiu elevá-lo. O tipo de comentários que proferiu, numa época como aquela que se vive, “contra” um povo melindrado o bastante, no limite da paciência, que merece, no mínimo, que quem ainda não passa dificuldades, não goze com quem passa, ou tente, sequer, ter a presunção de saber como estas pessoas vivem e o que suportam, já é de uma burrice atroz. Que faça este tipo de comentários, ela e as outras Margaridas, no seu grupo de amigos, já é coisa que não me incomoda. Não planeio tornar-me amiga da senhora. Que o faça, repetidamente e, desta feita, sobre um assunto com esta seriedade, já é caso para lhe passar um atestado de burrice crónica. Estamos a falar de uma pessoa a quem convém, digo eu, que ainda alguma alma neste País queira comprar um livro escrito por si. A não ser que a moça tenha um plano milagroso para fazer as pazes com as gordinhas e os necessitados deste País, talvez seja melhor começar a pensar numa carreira mais sólida no estrangeiro. Antes que oiçam falar de si também, claro.
PS- confesso que li, em tempos, dois livros desta senhora. Não aponto nada à qualidade da sua escrita. Todos sabem que não virá dali um Saramago. Nem todos querem ler apenas os Saramagos, e ainda bem que assim é. Se hoje seria capaz de comprar um livro seu? Não. Causar-me-ia, até, uma certa repulsa de mim mesma.