É basicamente isto.

É basicamente isto.

14 de abril de 2014

Até um dia destes, minha gente boa.

Caríssimos leitores, deixem-me começar com um pedido de desculpas por esta ausência não justificada. É certo que a maior parte de vocês não deu por ela ( podia estar caída num canto lá de casa, em avançado estado de decomposição. Não se pode contar convosco para nada, catano!) , mas, ainda assim, depois de dias, semanas, meses e anos a aturar-me com uma paciência digna de santos, mereciam uma explicação menos tardia.
Adoro de paixão este canto, e todos vocês que por aqui passam diariamente. Alguns até com paciência para deixar umas palavras, coisa que, se nunca agradeci antes da forma como merecem, aproveito para agradecer agora. A companhia que as pessoas que estão desse lado fazem a quem tem um blog, só é possível de entender, lá está, por quem o tem. Muitos de vocês, bloggers também, sabem bem que é verdade. Passam a fazer parte dos nossos dias, o que é uma das realidades virtuais mais curiosas de sempre. Mas, dizia eu, adoro este canto. De uma forma que nunca pensei ser possível. Sinto falta de cá vir, de forma diária, como em tempos me foi possível. Sinto falta de passar pelos vossos cantos e saber como vão as vossas vidas. De ler os vossos desabafos, alegrias, vitórias, amores e desamores. No entanto, com muita pena minha, ultimamente tem sido impossível ter tempo, quer para partilhar convosco tudo o que me apetece partilhar, quer para vos ler. Infelizmente, e ao contrário do que pensei inicialmente, o acumular de tarefas, e a consequente falta de tempo livre, não me parece uma realidade temporária. Não sei até quando será assim, o que me fez sentir a necessidade de vos escrever este post. Jamais desapareceria da blogosfera sem vos dirigir umas palavras, na certeza que é isso que, no mínimo, merecem da minha parte.

Por tudo isto, o "Na Ponta da Madeixa" é capaz de ter chegado ao fim. Não sei. Sei que, por agora, não tenho o tempo que, quer ele quer vocês, mereciam que tivesse para dedicar. Espero conseguir voltar, pelo menos, de vez em quando. Se não para escrever, pelo menos para ler os vossos cantos e dizer uns disparates por lá.

Um beijinho enorme a todos, a todos mesmo que por cá passaram durante todo este tempo. Um beijinho muito especial aos "clientes da casa", aos que tantas vezes ajudaram a perceber tanta coisa, aos que me dispensaram vários minutos das suas vidas a escrever aqui.

Até um dia destes, gente boa!

31 de março de 2014

Vamos aquecer esta segunda-feira?


Quem ainda não vê "Revenge"? Hum? É a isto que chamo uma série.
























Eu sei, ficávamos nisto o dia todo.

26 de março de 2014

Don't Give it to a Russian

Dizem elas.

"Segundo a revista «Foreign Policy», um grupo de ucranianas lançaram o movimento «Don't Give it to a Russian» que através da página oficial no Facebook aconselham todas as mulheres do país a «combater o inimigo de qualquer maneira».

A campanha pretende fazer com que as mulheres ucranianas se recusem a ter relações sexuais com homens russos.

Na rede social, as organizadoras vendem uma linha de t-shirts alusivas, criadas pelas mesmas, revertendo a totalidade das receitas para o exército ucraniano.

Esta é uma tática com precedentes longínquos, desde a Grécia Antiga, onde as mulheres se uniam até que os homens parassem de lutar. Nos tempos mais modernos, há relatos de campanhas semelhantes no Quênia e na Libéria.

Dias após o lançamento de «Don't Give it to a Russian», as organizadoras conseguiram criar impacto no país vizinho, que acabaram por responder, tendo alguns bloggers russos chamado as ucranianas de prostitutas."


Cada um luta com as armas que tem, certo? Se cada homem pensa cerca de 24.265,11 vezes em sexo por minuto, é uma ideia muito inteligente. Acredito até que está encontrada a única forma de acabar com esta "brincadeira". Fica provado, mais uma vez, que as mulheres não só podiam, como deviam governar o Mundo.

24 de março de 2014

Uma vida condenada a fazer ponto cruz.

Caros leitores, passo para vos dizer que estou, oficialmente, fora de moda. E velha. Ambas. Já aqui falei sobre as vestes das moças que hoje em dia (frase de velha) saem à noite. Já partilhei o meu choque, e eu até sou uma miúda para a frente. Ou achava que era. Durante algum tempo, quis convencer-me que aquilo era uma moda qualquer temporária e que a coisa passava. Mas não, há que assumir as coisas como são. Depois de meses, anos de investigação no terreno, depois de cuidada análise à fauna nocturna, atiro a toalha ao chão : o problema sou eu. Não tenho roupa daquele tamanho. E tenho vergonha, muita. Por outro lado, continuo a achar que há coisas que não se mostram a toda a gente, assim em qualquer sítio. Velha e antiquada, portanto. E juntem-lhe mal vestida. Parecendo que não, isto é um problema. Sou pessoa para ainda gostar de beber um copo e dar um pé de dança, mas estou à beira da desistência. Não só porque não tenho nada para vestir, como porque tenho medo de morrer engasgada com um mojito enquanto tento disfarçar o choque.
 
Volto a dizer : há momentos em que é um alívio não ter uma filha adolescente. Problemas, íamos ter muitos problemas.

21 de março de 2014

Se eu mandasse, ai se eu mandasse # 4

Isto da Primavera agora começar a dia 20 de Março, é coisa para me aborrecer (o que é capaz de indicar a necessidade de rever as prioridades dos assuntos que me ocupam o cérebro).

Os 34 anos no lombo, já não me permitem recordar tudo o que aprendi pelas escolas deste País, mas se há coisa que sei, é que a Primavera tem início a 21 de Março. Ou sabia. Agora tenho de perceber que eu ainda sou do tempo em que a Primavera tinha início a dia 21, o que me faz sentir uma daquelas senhoras (fofas e queridas, sem dúvida) dos anúncios das promoções dos supermercados, que começam as frases todas com um "eu ainda sou do tempo...".  Arranjam tudo para uma pessoa não se sentir jovem.

Nada é garantido nesta vida. Já nem o início da Primavera.

Mandasse eu, e esta pouca vergonha não se passava!

18 de março de 2014

As coisas que sei.

Tenho dúvidas que não acabam, tenho uma vida de coisas pela frente para aprender e uma vontade enorme de absorver todos os dias qualquer coisa nova. Mas hoje, hoje particularmente, fiz um exercício (daqueles que não envolvem esforço físico, os meus preferidos, portanto) que faço quando preciso de me recordar quem sou. Aquele que me ajuda a perceber que sou uma sortuda, sou uma tipa cheia de sorte, mesmo quando parece que a sorte poderia ser maior.
 
Sei aproveitar o que a Vida me proporciona, sobretudo os pequenos prazeres.
Sei que sem esforço e dedicação, nada merece ser feito.
Sei que as pessoas que escolhi para manter na minha vida, são grandes pessoas.
Sei que a felicidade dá trabalho e que, por esse motivo, só está ao alcance de alguns.
Sei pedir desculpa.
Sei que tenho Amigos para a vida.
Sei que a força de vontade é fundamental.
Sei ser mais paciente.
Sei que a vida é mais simples quando cultivamos o nosso sentido de humor.
Sei que sem respeito pelos outros, pouco valemos.
Sei assumir as responsabilidades dos meus actos.
Sei que não sou perfeita e não tento ser.
Sei rir de mim mesma.
Sei que a minha liberdade não tem preço.
Sei que não sou uma pessoa consensual, e sei que isso é bom sinal.
Sei que o meu tempo é o bem mais precioso que tenho para oferecer.
Sei dizer não.
Sei agradecer.
Sei que me falta aprender muito.
Sei, sobretudo, que nunca permitirei que o medo me impeça de agir.
 
Aconselho este exercício. De todas as vezes que o faço, a lista altera-se. O que é que sabem? Quais são as coisas verdadeiramente fundamentais que sabem?

A J.LO é amiga!!

J.LO a inverter a tendência dos video clip cheios de mulheres semi-nuas carregadas de óleo. J.LO a dar-nos material (!) para lavar a vista. Quem é que se junta a mim numa monumental vénia?

PS- não me apareçam aqui já os homens todos com a conversa de "não querem que o corpo da mulher seja explorado, mas o do homem já querem" e blá blá blá. Queremos igualdade, sim? BASTA! (aquela que virá a ser a palavra do Ano de 2014)





16 de março de 2014

Cheguem cá, portistas. E benfiquistas.

Está tudo numa enorme apoquentação, não está?
 
O golo do Slimani é precedido de um fora de jogo, sim. Não é um fora de jogo escandaloso, daqueles que qualquer criança de 5 anos consegue identificar, nem é um fora de jogo do jogador que marca o golo. Comparar esta jogada com o que se tem passado com as arbitragens, dá-me alguma vontade de rir. Dá-me ainda mais vontade de rir, quando o árbitro deixou muitos cartões "azuis e brancos" no bolso, com uma expulsão por acontecer à mistura. Mas, para quem pensa que isto foi resultado das queixas da semana que passou, amigos...seria bom sinal. Seria sinal que, finalmente, percebemos que "se não podes vencê-los, junta-te a eles".
 
Não me agrada que a qualidade da arbitragem neste País seja esta. Gosto demasiado de futebol para me agradar. Não me agradam os erros sucessivos. Mas ainda sei ver que há erros e erros. E o erro quanto à jogada do golo do SCP esta noite, acontece em quase todos os jogos. Golos precedidos de faltas, golos precedidos de foras de jogo, golos precedidos de jogadas em que a bola transpôs a linha. Ficaria nisto toda a noite. Não me agrada que o erro desta noite seja usado para tentar apagar o que se passa no Campeonato. E, que me perdoem os leitores Portistas, mas ouvir um Portista queixar-se da arbitragem, é penoso.
 
Já agora, repararam na diferença de tratamento que os guarda redes recebem nos relvados contrários? Patrício é enxovalhado pelos erros que comete ao serviço da Selecção Nacional. Ao contrário, hoje, quando o vosso guarda redes se lesionou, saiu debaixo de uma chuva de aplausos.
 
 
Saudações leoninas a todos.

10 de março de 2014

O cadastro Amoroso.

Li hoje (ando tão sem tempo para tudo, que só posso imaginar a quantidade de notícias que me passam ao lado e que chegam ao meu conhecimento semanas depois), que as Britânicas já podem consultar os antecedentes amorosos/criminais dos seus namorados. O objectivo é saber se aquele que parece ser um bom partido, é afinal um daqueles animais a quem dá gozo bater numa mulher. Ou mesmo matá-la. Esta lei terá entrada em vigor no dia Internacional da Mulher.
 
A violência doméstica, seja de que tipo for, estejamos nós a falar da física ou da que envolve maus tratos psicológicos diários, parece estar longe de ter um fim à vista. Cada vez que olho para os números de mulheres que sofrem agressões, de mulheres que morrem nas mãos do homem que escolheram para estar ao seu lado, embrulha-se-me o estômago. E cada vez que penso nos números que desconhecemos porque ainda existem muitas mulheres que não denunciam o que se passa, o nojo aumenta.
 
A medida adoptada, em Inglaterra e no País de Gales, pode vir a salvar muitas mulheres. Quer da morte, quer de uma vida, mais ou menos longa consoante a sua força interior, de maus tratos e de humilhação. Gostava de vê-la ser adoptada por cá. Já agora, para os dois sexos.
 
PS- por falar em medidas, e a fim de evitar todo um outro tipo de maus tratos, todos deviam ter um cadastro amoroso que permitisse avaliar o grau de risco que corremos. O mais completo possível. "O João partiu o coração da Manuela, da Joana, da Raquel, da Laura, da Joaquina...". Qualquer coisa deste género.

8 de março de 2014

Porque a Mulher merece, porra!

Não admito que se ridicularize este Dia. Não admito que seja reduzido a jantaradas (abençoadas, que venham sempre mais) e a shows de strip masculino (que o tipo seja jeitoso e pouco oleado, já agora). Cada Mulher optará por celebrar o dia da forma que quiser. Aliás, cada pessoa opta for assinalar as datas importantes como lhe der na real gana, e que isso nunca faça comichão aos outros. Mas que se diga que é Dia do sexo fraco, que é uma desculpa para isto ou para aquilo, isso sim, já me mexe com os nervos.
Só uma Mulher sabe o que é ser Mulher. Só ela sabe o quanto a vida apresenta dificuldades e caminhos tortuosos a dobrar. É ser profissionalmente discriminada. É ter de se multiplicar em 10 e, já agora, que todas as 10 sejam super mulheres. É ter de passar a vida a dar provas de tudo o que se propõe a fazer, muito mais do que qualquer homem. É ter de fazer isto tudo, mas, ao mesmo tempo, ter tempo para si. É conseguir andar de cabeça erguida, em cima de uns generosos saltos altos, com ar de "eu posso conquistar o Mundo", quando todos estes papéis lhe estão a consumir as forças. É lidar com o próprio desdém de outras Mulheres. É ser vitima de vários tipos de violência. É acreditar todos os dias que podemos vencer, em todas as frentes, neste Mundo ainda tão desenhado para os homens.
 
Para que tudo isto, ainda difícil, que é, possa acontecer, para usufruirmos de todos os Direitos que, felizmente, temos hoje em dia, muitas outras Mulheres foram à luta. Não baixaram os braços, em épocas que só posso imaginar o quanto isso lhes terá exigido toda a coragem e força. Ainda que nunca venhamos a ter uma vida facilitada, ainda que ser Mulher seja das coisas mais complicadas e, ao mesmo tempo, mais maravilhosas deste Mundo, é a elas que dirijo todo o meu profundo respeito. Este dia não se assinala porque um grupo de amigas que vive em Mondim de Basto se lembrou de arranjar um pretexto para sair e ver uns tipos de cuecas a dançar. Este dia é assinalado para relembrar e homenagear toda a luta pela igualdade de Direitos, toda a luta por condições de vida menos precárias. É dia de homenagear todas as grandes Mulheres que nos permitem ter, hoje, o reconhecimento e participação que temos na Sociedade.
 
Um feliz dia a todas. E bom strip. 
 
 

5 de março de 2014

Se eu mandasse, ai se eu mandasse #3

Há uma "classe" de pessoas que me aborrece particularmente. É certo que mal meto o pé fora de casa, a probabilidade de alguém, nalgum local, fazer alguma coisa que me aborrece, atira-se para os 134%, mas depois dentro do tipo de pessoas que me aborrecem, tenho as minhas prioridades. E, honestamente, não sei se alguma ganha a estas. E, infelizmente, elas estão por todo o lado, em todos os dias da minha vida.  São aquilo a que chamo os "pendurados". As pessoas que se penduram em nós em tudo o que é sítio. No balcão do café, na fila do supermercado, na estação do comboio, na praia, em todo o santo sítio. Há um encanto qualquer em estar amontoado com alguém, que ainda não decifrei. Há qualquer coisa de muito estranho nisto. Se nem o meu olhar fulminante e o meu suspiro profundo as demove, só conheço uma alternativa. Se eu mandasse, seria permitido usar um aparelho destes aqui em baixo para afastar esta gente. Em prol do movimento "Exijo o meu espaço de volta."




4 de março de 2014

Vestidos dos Óscares?! Isto sim!

Anda tudo por aí doido com os vestidos dos Óscares, mas eu cá acho que bem estava eu. E partilho convosco, pois partilho.

 
(A tal máscara que me ia fazer passar frio. E fez. E não é fácil dançar com aquele chapéu uma noite inteira. Coisas que faço e que ninguém valoriza)

 
(Versão "menos é mais". Ou, na verdade, versão "tive preguiça para organizar outro traje e foi o que se arranjou")
 
Quem Carnavalou, afinal? Não me digam que a fofa da nossa meteorologia vos levou a melhor.

25 de fevereiro de 2014

O Carnaval. Também conhecido como "mais uma forma de passar frio neste País".

Para os mais distraídos, o carnaval está aí à porta. E se eu nunca fiz grande questão de me mascarar na infância e na adolescência, confesso que, à medida que os anos vão passando, tenho mais vontade. De fazer figuras, vá. Em vez de ter mais juízo, estou cada vez mais parva.
Se percorrer, assim num instante, a lista de máscaras que já passaram por este corpinho, temos : Carmen Miranda, Mecânica, Palhaça, Sevilhana, Hippie, tentativa de ser um membro da banda "As Doce" que se transformou em, basicamente, prostituta de 5ª categoria, Pipi das Meias altas, e, a cereja no topo do bolo, esfregona Vileda. Sim, no ano passado.
Ontem foi dia de tratar da máscara deste ano. Percorri um armazém que vende uma quantidade de máscaras só vista antes nos cortejos de Carnaval do Rio de Janeiro. Aquilo são corredores e corredores de cabides carregados de máscaras. Mal entrei, fiquei cansada. Quase 1h30m depois, acabei a análise à oferta e decidi experimentar 5 máscaras. E foi aqui que começou a noção daquilo a que chamo "sábado será a noite mais fria do ano". Os fabricantes de máscaras ( ou as lojas que as compram, que aquilo é capaz de não ser feito em Portugal), esquecem-se que neste País o Carnaval é celebrado em pleno Inverno. Costuma chover, faz frio, costuma andar o diabo à solta. Foi só nisto, e no frio que me espera, que consegui pensar todo o tempo que estive naquele provador. Em primeiro lugar, contam-se pelos dedos de uma mão as máscaras de mulher que incluem um par de calças. Saias, saias e mais saias. Até aqui, a coisa ainda vai. Mas quando as saias têm praticamente o tamanho da parte de baixo do meu bikini de Verão, eu pergunto-me se alguém sabe que o Carnaval se festeja no Inverno, neste País. Completamente vencida pelo espírito carnavalesco, lá vim com uma máscara no saco, toda contente. Precisava de perder us 3kgs até sábado, para a coisa correr bem, mas não sou miúda de começar a acreditar em milagres com esta idade.
 
Seja como for, fica o apelo para o próximo ano: senhores, por favor. Saias um pouco mais compridas. Eu sei que é Carnaval e que ninguém levará a mal, mas o decoro, senhores. O decoro. E sim, de facto, vi por lá uma máscara com muito tecido. De freira. Mas não foi essa que comprei.

24 de fevereiro de 2014

Se eu mandasse, ai se eu mandasse #2

Grupos de jovens entre os 12 e os 18 anos (e estou a ser meiga com este intervalo de idades), seriam estritamente proibidos de ir a uma sessão de cinema, sem supervisão de um adulto (leia-se "daqueles que não se portam pior do que os adolescentes").

Tenho apenas duas vontades quando lido com estes grupos organizados numa sala de cinema : dar, pelas minhas mãos, a educação que os Pais não lhes dão em casa, e pedir o reembolso do valor do bilhete. Pior do que o barulho das pessoas a comer as pipocas e a tentar sorver bebidas que já acabaram, pior do que o barulho dos sacos de gomas, só isto. A pior coisa que me pode acontecer numa sala de cinema, é encontrar um grupo destes.

Envelheço anos, ANOS, com isto.

20 de fevereiro de 2014

Adeus Calçada Portuguesa (?).

Hoje é dia de vos dar a oportunidade de me esfrangalhar no blog. Atirem-me aos lobos, esfolem-me viva, chamem-me anti-patriota, chamem-me parvalhona de primeira, revoltem-se, façam lá como vos der mais jeito, mas eu tenho mesmo de dizer isto : sou completamente a favor desta medida.
A Associação Municpal de Lisboa terá decidido, entre outras medidas que fazem parte do Plano de Acessibilidade Pedonal, pela retirada da calçada portuguesa em determinados locais. Diz o Sr. Vereador, e na minha opinião diz muito bem:
“O plano não diz que vamos tirar a calçada toda. [Até porque] nem com o orçamento todo da câmara para os próximos quatro anos seria possível tirar toda a calçada de Lisboa e pôr outros pavimentos”.
“Acho que é a oportunidade de pôr um novo passeio que não seja derrapante e que seja mais regular que a calçada portuguesa”.
Como quase sempre acontece com os assuntos mais sensíveis, já existirá (ou vai existir) uma Petição contra esta medida. Desta vez, não contam com a minha assinatura, pode ser? Compreendo que estejamos a falar de Património Nacional, e assumo, até, que a calçada portuguesa é, de facto, lindíssima. Mas sejamos realistas : de prática não tem, rigorosamente, nada. De confortável também não. Mais, chega mesmo a ser perigosa. Se até eu, do alto da minha jovialidade, tenho dificuldade em andar nesta calçada sem passar o dia a ir com o nariz ao chão, posso imaginar o que passam as pessoas mais idosas ou com dificuldades motoras (portanto não, não estou só a pensar nos meus saltos altos). Por muito bonita que seja, e por muito que seja uma parte do nosso Património, honestamente, eu prefiro ter as duas pernas intactas do que chegar ao fim do dia e dizer "Torci novamente o pé, esfolei os joelhos e o nariz mas, caramba, valeu a pena! Vim todo o caminho de olhos postos naquela maravilha de calçada!". Não, isto não é admissível. Percebo as vozes contra, e percebo que o ideal seria poder mantê-la. Mas não é praticável. E para quem está contra esta medida, lembrem-se que não irá desaparecer na sua totalidade. Quando vos apetecer fazer equilibrismo e ganhar umas entorses, ainda existirão locais onde podem encontrá-la.
Dá para aplicar já esta medida? Agradecida.

19 de fevereiro de 2014

"A Mulher mais feia do Mundo", como lhe chamam.

Lizzie Velasquez tem sido apelidada desta forma. A Mulher mais feia do Mundo. É conhecida em todas as redes sociais, é falada e gozada um pouco em todo o Mundo, deste então. Isto, por si só, já seria o suficiente para arrasar com qualquer pessoa. Mas imaginem agora o que terá passado esta mulher, até hoje. Sofre de uma doença rara que, entre outro tipo de limitações, faz com que este seja o seu corpo e a sua cara. Lida com esta situação desde sempre. Desde que se conhece, desde que olhava para o espelho e desejava ter outro aspecto e outra vida. Mas Lizzie Velasquez decidiu levantar a cabeça e viver. Viver, da forma mais normal possível. É um exempo de força, de coragem e determinação como há poucos.
Oiçam. Vale muito a pena. É aquele murro no estômago que tantas vezes precisamos levar para olhar para as nossas vidas, olhar à volta delas, e perceber o que é importante. O que é que nos define, afinal?

18 de fevereiro de 2014

Se eu mandasse, ai se eu mandasse #1

Se eu mandasse alguma coisa no estaminé que é este País, aviso já que a entrada de mochilas e/ou trolleys e afins, seria totalmente proíbida nos transportes públicos, entre as 8:00 e as 9:30 da manhã. Pois seria.

Os transportes estão apinhados. "Ah, mas as pessoas precisam dessas coisas para ir trabalhar", "Ah, mas as crianças andam de mochila". Está certo. Paguem dois bilhetes, então. Andar a pagar um bilhete e depois ocupar o espaço de 3 pessoas, é que não, ok?

Sim, estou mais ou menos a brincar. Mais ou menos, que isto de andar de transportes logo pela manhã é coisa para acabar com a boa disposição e discernimento de qualquer pessoa.

PS- Talvez tenha nascido uma nova rubrica neste blog. E talvez, à medida que se vá desenvolvendo, vocês acabem por agradecer o facto de nunca ter tipo pretensões de chegar ao Governo. Ou mesmo à Presidência.

16 de fevereiro de 2014

Ainda o Meco, ou como eu fervo com isto.

A tragédia recentemente ocorrida na Praia do Meco, é um assunto que mexe comigo. Já aqui expliquei as razões para isso, e a revolta que sinto quando tudo indica que na sua origem estiveram as praxes, esse instituto que, embora defendido por muitos, tem para mim nenhum benefício. E por muito que ainda exista quem defenda as praxes e o espirito académico, está mais do que na altura de aceitar que aquilo que se passa hoje em dia, na esmagadora maioria, já muito pouco tem de semelhante com aquilo que eram as praxes há décadas atrás. Como em quase tudo, o Ser Humano conseguiu abusar e transformar as praxe em qualquer coisa que lhe permite exercer um poder mórbido sobre os outros. Mas sobre isto já disse tudo.
 
Volto a falar do Meco, porque tomei conhecimento da decisão dos Pais das vitimas em apresentar queixa contra o Dux, a Lusófona e desconhecidos (aparentemente, outras pessoas terão assistido a tudo). Honestamente, muita paciência tiveram estes Pais. É inconcebível que exista uma pessoa que sabe o que se passou, que terá ele próprio sobrevivido a esta tragédia, e que ainda não tenha explicado a estes Pais o que aconteceu, de facto. Perfeitamente inconcebível. Se tem responsabilidade ou não, não sei. Se aqueles jovens ali estavam coagidos, ou se foram de livre vontade participar nesse ritual, também não sei. E sendo certo que é da máxima importância apurar se estamos perante uma ou outra coisa, ainda mais inacreditável é fazer passar estas famílias por todas as dúvidas que as assaltam desde o primeiro minuto. Pior. Outras pessoas terão assistido, as tais do pacto de silêncio (a sério, isto é assustador. Esta gente precisa de tratamento, mas daquele urgente). Essas também não falam. Ninguém fala, ninguém conta. A própria Universidade teria conhecimento deste e outros rituais. Como é que isto é possível? Que irresponsabilidade é esta? Os alunos assinavam termos que desresponsabilizavam a comissão de praxes de eventuais danos que pudessem sofrer. Mas que merda vem a ser esta? Isto acontece assim, com conhecimento de todos, numa Instituição de Ensino Superior? Os Pais apresentam agora queixa. E eu aplaudo de pé. Que sirva para que, pelo menos, venham a saber o que se passou com os seus filhos. E que sirva, num cenário ideal, para para responsabilizar os eventuais responsáveis, se de facto existem. Que sirva, no melhor dos meus sonhos, para mostrar, de uma vez, às Universidades deste País, que não podem continuar a assobiar para o lado e ignorar o que os seus alunos fazem neste âmbito. 
 
Já aqui disse no outro texto, e finalizo da mesma forma. Por mim, proibia-se esta porcaria. Ponto final. Isto não é nada. O que se passa hoje em dia, não é nada senhores. 

14 de fevereiro de 2014

Quem são os namoradeiros, afinal?

Adoro uma boa comemoração. Adoro datas, dias disto e daquilo. Gosto de olhar para o calendário e vê-los lá, alinhados, ano após ano. Do que eu não gosto mesmo, é de ouvir as frases do costume. "o Natal é quando um homem quiser". O "dia da mulher são todos os dias". "Todos os dias deviam ser dia dos namorados". JÁ SE SABE. Desculpem o grito. Já se sabe, ok? Como é óbvio. Todos os dias são dias daquilo que quisermos e todos os dias são bons dias para mostrar apreço, para dar mimos, para valorizar, para presentear. Desde quando passámos a ser tão cinzentos, tão do contra, tão sempre a dizer mal de tudo? Os outros 364 (ou 365) dias do ano não invalidam que assinalemos datas, pois não? Eu nasci a 7 de Maio. Deixo de festejar o Aniversário por estar viva em todos os outros? Não tenho pachorra para o discurso "anti", e tão tipicamente Português, como é bom de perceber.
Questão prévia analisada, passemos a uma questão que ainda mais me atormenta: quem são, afinal, aqueles casais TODOS que vemos a jantar neste dia? Que aproveitam para fazer qualquer coisa especial? Que oferecem presentes? Quem são, pá? Ninguém gosta do dia, todo o meu Português o acha disparatado, portanto, presumo que são estrangeiros que, ano após ano, passam o Dia dos Namorados em Portugal, com a sua cara metade. Senhores...
Agora que já desabafei, aproveitem o dia. Aproveitem a noite, aproveitem tudo. E, sendo certo que todos os dias podem fazê-lo, não se esqueçam de lembrar a pessoa que têm ao lado, da importância que tem para vocês. É dia de fazê-la(o) sentir-se especial. Porque o Amor ainda é o que mais merece ser celebrado nesta vida.

12 de fevereiro de 2014

Quanto mais conheço as pessoas...

Podia dizer apenas que mais gosto de cães, ou de gatos, mas isso é pouco. Aliás, podia até dizer que gosto mais de pássaros (e isto é grave) do que algumas pessoas, e continuaria a ser muito pouco.
 
Na verdade, assim é que está certo:
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais sei que o quanto são falsas;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais quero que tenham um limite de palavras a usar por dia, e, de preferência, na minha ausência;
 
Quanto mais conheço as pessoas, menos pessoas quero ter na minha vida;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais certeza tenho que a minha paciência não chega;
 
Quanto mais conheço as pessoas, menos quero conhecê-las;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais prezo aquelas que merecem;
 
Quanto mais conheço as pessoas, mais certeza tenho que são umas filhas da puta.
 
 
E, por fim, quanto mais conheço as pessoas, mais me apetece andar com este letreiro ao pescoço.
 
 


Sim, hoje é dia de fazer terapia através do blog. Obrigada a todos pela compreensão.

10 de fevereiro de 2014

O que não oferecer no Dia dos Namorados do Ano de 2014.

A sério, gentes da Swatch? E o carrinho de gelados vem incluído, ou pagamos à parte?







 
Depois não venham para aqui chorar. Eu avisei.


8 de fevereiro de 2014

O Tal, The One. Tu.

Não parecendo à primeira vista, aqui a miúda sempre acreditou. Sou a believer mor do meu grupo de amigos mais restrito. Existem mais, mas, e desculpem mas não vamos meter paninhos quentes na coisa, depois de todas as desilusões sofridas, o grande feito é mesmo o meu. Continuar a acreditar no Amor, na felicidade a dois, não tem sido fácil. Sou aquela que parece não levar o assunto muito a sério, que faz piadas sobre o Amor e o trata com sarcasmo, mas sou aquela que acredita. É a minha forma de lidar com esse sacana brincalhão.
 
Sempre tive uma ligeira implicância com a expressão "cara metade". Parece-me redutora e limitada. Não preciso de ninguém que me complete, por assim dizer. Nestas coisas, e sendo eu uma pessoa que não deixa a sua própria felicidade dependente da existência ou da presença de alguém na minha vida ( e este, atenção minha gente, é , na minha opinião o pior erro que tantas vezes se comete. Acredito plenamente que só consegue ser verdadeiramente feliz a dois, a pessoa que já se sentia bem consigo mesma), o que sempre disse que gostava de encontrar, é alguém cuja companhia adore e que, ao mesmo tempo, desperte aquelas borboletas que temos no estômago, mas que estão adormecidas até ele/ela chegar à nossa vida. Isto é tudo o que quero. Resumidamente. Por tudo isto, prefiro a expressão "O Tal". "O Tal" não é a minha cara metade. "O Tal" é aquele que me faz querer partilhar a felicidade que já tenho. Não traz o que me falta, traz uma presença que quero na minha vida, mesmo sabendo que não me estava a faltar nada. Chegados aqui, é preciso entender uma coisa sobre o meu radar em relação ao "Tal" : ele não funciona. Ou não funcionou durante estes 34 anos ( aposto duas ou três madeixas, que na própria maternidade me terá feito olhar para o miúdo errado). Veio com defeito, e passou a vida a encaminhar-me na direcção errada. Foi o que se arranjou.
 
Como nada na vida dura para sempre, nem mesmo a falta de sorte e um radar defeituoso, ultimamente o meu tem dado um sinal diferente. Um sinal afinado. Aquele sinal que apenas quando está tão perto, percebemos na perfeição.
 
E cá estão elas. As borboletas. A esvoaçar enquanto escrevo.
 
 

3 de fevereiro de 2014

De coração apertado.

É conhecida a minha adoração pelo Mar. É quase tão conhecida a minha adoração pela Caparica, a terra que me viu crescer, a terra que me traz tantas e tantas recordações. As, para mim, melhores Praias do País. A melhor luz. Os melhores finais de tarde, o melhor pôr do Sol. Há quem não sinta grande ligação ao local onde cresceu, mas eu tenho uma ligação à Caparica que é para a vida. Estou a cerca de 5 Kms, hoje em dia, distância que encurto sempre que possível. É capaz de ser um amor herdado. O meu Pai, nascido e criado nesta terra, é capaz de ser a única pessoa que conheço que gosta mais dela.
 
É por tudo isto que, quando vejo imagens recentes como estas, fico com o coração pequenino. Bem sei que, infelizmente e um pouco por todo o País, é cenário actual. Mas este é o que mais me toca. Sou uma pura filha da terra. Adoro o Mar, mas há limites. E a minha Caparica é um dele. Sem perdão.
 









 
 
As imagens são retiradas da internet.
 

31 de janeiro de 2014

Com quem é que vais passar a noite amanhã, CM?

Com este homem:




Já agora, para quem (a classe masculina, claro) sempre o apelidou de Gay, deixo isto : Para Gay, não se saiu nada mal, hein?

29 de janeiro de 2014

Chamem-lhe parva.

 
Miúdo, a tua resposta foi elaborada e tal, e tens aí muitos sonhos e ambições, mas...caraças! A miúda arrasou.
 
 
 

28 de janeiro de 2014

A atracção dos Opostos. O Mito (?) Urbano.

Vamos falar de Amor? Ou de qualquer coisa muito parecida com ele?
 
Cresci a ouvir a frase "os opostos atraem-se". Durante muito tempo, demasiado tempo, acreditei nisto. Acreditei que fazia sentido, que estar com alguém parecido connosco seria a coisa mais enfadonha do Mundo. Que só alguém que nos complementasse, de alguma forma, com gostos e posturas distintas, nos preencheria. Entretanto uma pessoa cresce, conhece alguns opostos e, finalmente, mas não sem muitas cabeçadas à mistura, percebe que isto é um verdadeiro engodo. Ou melhor, mentira. Isto é verdade, mas, na prática, as consequências são idênticas às de um acidente de comboio. Quando nos dizem que os opostos se atraem, esquecem-se de completar a frase. Os opostos atraem-se, sim. Mas não funcionam juntos.
Todos nós temos um fascínio pela diferença. Por quem se comporta de forma distinta da nossa. Queremos observar, aproximar-nos, tentar perceber, queremos ser mais assim, queremos trazer um pouco dessa diferença para o nosso Mundo. Isto é natural. O Ser humano é curioso por natureza. O Ser Humano admira quem foge ao seu padrão. Até aqui tudo certo. E isto, ao início pode ser uma lufada de ar fresco irresistível. Pode mesmo ser afrodisíaco. Pode ser viciante. Os Mundos são tão distintos, que ambos querem ir buscar qualquer coisa ao lado de lá. E é possível viver assim, durante algum tempo. Nesta ilusão dos Mundo que se completam. Não interessa muito se querem as mesmas coisas, se têm as mesmas opiniões sobre assuntos que podem mostrar-se fundamentais, se os planos de futuro se cruzam. Tudo isso está bem arrumado num canto qualquer. Sabemos que lá está, mas não pensamos nisso, porque estamos ali perante a novidade. Perante alguém que não é nada como nós, que tem tanto - aparentemente - para nos ensinar. É. Mas depois o tempo passa. Depois o encantamento das diferenças, desvanece. depois, tudo aquilo que nos pareceu atractivo, parece um obstáculo. Vários. Afinal não gostamos das mesmas coisas. Não temos o mesmo entendimento sobre o casamento, ou filhos, ou a religião, ou a política, ou o que quer que seja que é importante para nós. Afinal, nem queremos fazer o mesmo tipo de viagens. A música que o outro gosta de ouvir, já nos soa a loiça a partir. Agora é que percebemos que o lado caseiro dele, outrora tão bem vindo, é aborrecido. E, agora, damos por nós a pensar que sorte seria conhecer alguém que fosse parecido connosco. Que isso não seria enfadonho, seria uma sorte.
 
Nem toda a gente concordará com este texto. Mas eu, aos 34 anos, não tenho dúvidas do seguinte : o oposto, comigo, não funciona. Não funcionou. Demasiadas vezes.

27 de janeiro de 2014

A caminho dos Óscares.

Para quem é fã assumida de Cinema, esta época é assim qualquer coisa. Precisava de ter muito mais tempo livre do que tenho, para me dedicar a sério a este tema e ver tudo o que está nomeado. Até ver, estou com saldo negativo. Dos filmes nomeados, vi apenas quatro. Quatro! Q-U-A-T-R-O. Uma vergonha. Vou entrar em guerra aberta com o relógio, e colmatar esta falha. Vou deixar de fora as análises ao "Capitão Philipps" e a "Blue Jamine" e centrar-me nestes dois.
 
 
O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)
 
Apaixonei-me pelo filme quase desde o primeiro minuto. Tem uma loucura de que gosto num filme. Tem exagero. Aliás, tudo é exagerado neste filme. O dinheiro, as drogas, o sexo. Tudo em dose excessiva, a um ritmo frenético. A adrenalina que o filme incute é tanta, que os 180 minutos voam. E depois tem Leonardo DiCaprio, esse miúdo que se tornou gigante. Eu tinha uma confessa implicância com este actor. Implicância dos tempos do "Titanic", que ele foi conseguindo esfumar ao longo dos tempos. "O Aviador", "Shutter Island" e "A Origem" acabaram por me fazer dar o braço a torcer. E agora, com esta interpretação, estou completamente rendida a Leo. Que imenso actor. Que entrega. Que capacidade de interpretar o que quer que seja. O filme está carregado de cenas em que dá tudo de si. Impressionante. Só ele, é meio filme.
Matthew McConaughey está, também ele, brilhante nas aparições que faz. Brilhante. E até a loiríssima Margot Robbie, de quem não esperava mais do que um pestanejar bonito, está excelente. O filme tem tudo para ganhar muita coisa nesta edição dos Óscares. Ou então não. Não parece existir meio termo nas criticas ao filme. É um caso típico de amor ou ódio.

 
 



 
 
A Golpada Americana (American Hustle)
 
Este tem, desde logo, o meu actor preferido. Mr. Bale, Mr. Christian Bale. O melhor Batman de todos os tempos. Mas deixemos isso agora. O argumento não é o mais elaborado do mundo, mas está muito bem conseguido. Não querendo estragar o filme a quem ainda não o viu, não é uma das típicas histórias em que os vigaristas têm o que merecem. Bale não desilude (como é que poderia desiludir?), nem mesmo com aquela barriga irreconhecível, e oferece-nos mais uma grande interpretação. Bradley Cooper, mesmo com aquele cabelo indescritível, continua a provar, cada vez mais, que isso de ser uma cara laroca apenas, não é para ele. Está ali muito potencial. Amy Adams está perfeita, enigmática. Tem um guarda roupa pornográfico, só para chamar a atenção dos leitores masculinos. E Jennifer Lawrence está perfeita no papel da descompensada Rosalyn.
Nota muito positiva para a excelente banda sonora.





Antes de terminar este post, tenho mesmo de colocar aqui duas imagens, para que não existam confusões. O Christian Bale e o Bradley Cooper da "Golpada Americana", são esses nas imagens aí em cima, mas também são estes que se seguem. Praise the Lord.





22 de janeiro de 2014

Referende-se este Governo, sugiro eu.

Às vezes (quase sempre, na verdade), pergunto-me se a classe política estará a brincar com este País que é de todos nós. Eles estão a monotirizar-nos, enquanto soltam sonoras gargalhadas com a confusão que lançam, não estão?
Aquando da aprovação da Co-adopção, tive oportunidade de aqui manifestar a minha concordância e de aplaudir, de pé, esta vitória. Nos últimos dias, ficámos a saber que, afinal, pretende-se agora que o assunto seja alvo de Referendo. Ainda confusa, como sempre fico nos últimos anos quando vejo os noticiários, tentei perceber que raio se iria, em concreto, perguntar aos Portugueses. Coloquei a hipótese de não ser feita uma pergunta directa sobre um tema cuja aprovação já aconteceu. Enganei-me, claro está. 
A avançar, este referendo irá colocar duas questões aos Portugueses:

1. "Concorda que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo possa adoptar o filho do seu cônjuge ou unido de facto?

2. "Concorda com a adopção por casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo?".

Para começar, que se se esclareça já o seguinte:

Sim e Sim, PORRA!!

Mas prossigamos : portanto, a primeira pergunta versa aquilo que, supostamente, já estaria aprovado segundo todos sabemos. A segunda pergunta, versa uma hipótese que nem tinha sido discutida ainda antes. Sim senhora. Está aqui um bonito trabalho, que não existam dúvidas.

Este tema revolta-me, confesso. Custa-me entender que existam sequer dúvidas quanto a estas questões, ou que ainda seja necessário dicutir e referendar assuntos dste cariz. Não há razão alguma neste Mundo, para que uma criança não tenha um Lar, não tenha quem se preocupe consigo, quem eduque, quem oriente, quem ame, quem apoie. Não há. Pouco interessa se é educada por um homem e uma mulher, por dois homens ou por duas mulheres. O que interessa, verdadeiramente, é que, durante o Processo de adopção, se garanta que os adoptantes reunem todas as condições para fazê-lo. Como acontece, quero acreditar, com o processo de adopção de um casal heterossexual. E este assunto anda trouxe novamente à baila, de forma preversa e mesquinha, um sem número de ofensas e faltas de respeito para com os homossexuais. As coisas - é este o nome mais apropriado - que hes são chamadas, são nojentas. São de envergonhar o Povo Português. Tivemos a Amália, o Eusébio, os descobrimentos, mas "somos" um povo pequeno e lamentável.

E, já agora, é só mais isto (não vá alguém esquecer-se que as pessoas não são aquilo que a sua orientação sexual indica. São aquilo que são, na sua essência):

21 de janeiro de 2014

Sentem-se, mulheres. A espera é longa.

As mulheres, desde que me lembro de ser mulher, tentam justificar um sem número de comportamentos masculinos. Tentam perceber, analisar, encontrar lógica, fazem esquemas, ficheiros em excel (não eu, que sou uma nódoa no excel), reunem-se e tudo o mais que ajude a entendê-los. Parvas, é o que somos. Tanta coisa útil para fazer com o nosso tempo, e ficamos aqui, bloqueadas, neste tema.  

A este propósito, e cansadas que estamos de saber que a maturidade é uma coisa que só assiste à classe masculina bem mais tarde, uma amiga publicou uma notícia que, ainda assim, me conseguiu surpreender.

"Os homens só entram na vida adulta aos 54 anos, pois é só nessa idade que se sentem resolvidos e abandonam os hábitos da adolescência. A conclusão é de um estudo realizado pelo Centro Crown Clinic, situado em Manchester.

A investigação revela que os homens apenas se sentem "resolvidos e seguros" com esta idade e isso deve-se às suas inseguranças, que não os deixam amadurecer em idade jovem. Essas inseguranças manifestam-se no medo de não conseguirem comprar a primeira casa, de perder o cabelo e ficar sem emprego. "

A notícia está aqui, antes que me acusem de estar a inventar dados.

Depois disto, eu tenho apenas um recado ao homem da minha vida : encontramo-nos depois do teu 54.º aniversário, sim? Velhos, mas felizes. Até lá.


20 de janeiro de 2014

As Praxes, sempre a merda das Praxes.

Ainda tentei escrever este título de outra forma, mas não consegui. As praxes são uma merda. Uma verdadeira merda, daquelas que não serve para mais nada, a não ser, e na melhor das hipóteses, humilhar o praxado. E não me venham para aqui com a história que a praxe é uma tradição e que é uma forma de integrar o praxado, o novo aluno, na vida académica. Deixemo-nos de merdas. As praxes tem o objectivo de divertir aquela gente que se acha uma grande merda só porque está na Universidade, só porque veste um traje, só porque é mais divertido estar a humilhar pessoas do que ir às aulas, chatas, enfadonhas.

Já terei escrito por aqui alguns artigos contra as praxes. Eu própria fui praxada, e eu própria me recusei a participar a partir do momento em que achei que o meu limite estava a ser ultrapassado. E se é verdade que não tive problema algum com isso, também é verdade que conheço quem tenha tido. Quem tenha sido ameaçado e obrigado em participar em praxes, contrariado. Nunca, nos 5 anos de vida académica, praxei um único aluno. Nunca, sequer, me passou pela cabeça. Sendo verdade que existem praxes que não passam de brincadeiras inofensivas, a verdade é que a maioria é de um exagero, e de uma violência, quer fisica, quer psicológica, que nunca deveria ter sido permitida. "Mas os caloiros divertem-se e até gostam." Uma merda é que gostam. Não briquem comigo. Os caloiros participam à conta do "medo", do terrorismo que é feito.

Este assunto volta a estar em cima da mesa com a tragédia da Praia do Meco. Agora, semanas depois, parece existir uma explicação para o que aconteceu. Parece estar explicado o que faziam aqueles jovens naquela zona. E, pasme-se, alegadamente, estariam a participar numa Praxe segundo a qual teriam de entrar na água da Praia do Meco. Por enquanto, alegadamente. O sobrevivente ainda não prestou declarações. O sobrevivente, o Dux, estará em choque com a tragédia. Não me vou alongar nas considerações sobre este caso concreto e as consequências que daqui deveriam advir caso se confirme este cenário, mas, a confirmar-se, eu só posso esperar que este caso mostre, sem sombra de dúvidas, que esta história das praxes deve ser totalmente proíbida. Que deve ser punida, caso continue a praticar-se. Que deve ser tratada como crime, e não como uma brincadeira de gente trajada. Proibir as praxes acabará com os abusos que todos conhecemos. Ao contrário, mantê-las servirá para quê? Para divertir um bando de gente entediada? Deixem-se de merdas. 

17 de janeiro de 2014

Vendedora da Bimby-0 CM- Muitos

Parece um número exagerado, não parece? Não é. Se a vendedora da bimby não me telefonou já umas 55 vezes, que eu nunca mais na vida coma um quadrado de chocolate branco.
Já assisti a várias demonstrações da Bimby em casa de amigos. Sempre acedi aos convites e nunca recusei dar o meu contacto para ser completamente fuzilada com contactos persuadores por parte dos vendedores. Então estás a queixar-te do quê, perguntam vocês? Têm razão. Isto é qualquer coia que me ficou dos tempos em que trabalhei em part-time no telemarketing, e senti na pele o que é estar no papel da pessoa chata que quer à força vender-vos coisas que não fazem falta nenhuma. Chamemos-lhe solidariedade.
Dizia eu que assisti a várias demonstrações e forneci o meu contacto para uma eventual venda. Até aqui, mea culpa. A partir daqui, a minha paciência começa a ser desafiada e exercitada. A Vendedora da Bimby ( a que mais recentemente me tenta vender a máquina, porque já existe um histórico relativamente grande de vendedoras da Bimby na minha vida), é de uma simpatia inatacável. É educada, é profissional. Torna quase impossível ser assertiva com ela, mas eu já fui. A muito custo, porque por momentos uma pessoa quase se esquece que não precisa daquilo e quase cede, mas tenho conseguido. A vendedora não desistiu. Nem vai desistir, garante-me ela. Não se conforma com o facto de eu dizer que, vivendo sozinha, tenho outras prioridades. Outros investimentos a fazer primeiro. E que não preciso. Vou cozinhar para mim, apenas, na Bimby? Dar-lhe uso apenas quando tenho jantares em casa? Fazer comida e distribui-la pelos vizinhos? Parece-me que, honestamente, e de tanto vender o produto, já não acredita que alguém possa cozinhar com os tradicionais tachos e frigideiras e, ainda assim, ter uma vida de qualidade. Não sei quando terminará este duelo, mas não sei como terminá-lo. Cada telefonema acaba, invariavelmente, com um "Sim, Cláudia, percebo. Não é o melhor momento, mas logo que apareça uma nova promoção, eu ligo à Cláudia! Um dia, ainda lhe vendo uma Bimby". O que é que uma pessoa diz perante isto? Agradece e sorri, pois claro. Por algum motivo que poderia ser alvo de análise, sou conhecida pela minha assertividade que pode roçar a rispidez (pode, eu escrevi pode...) com quem me é próximo, mas sou de uma paciência e tolerância quase patética com desconhecidos. Sobretudo se forem simpáticos.
A luta está para durar, mas eu estou de pedra e cal nesta decisão. Não só não preciso de uma Bimby, como se contam pelos dedos de uma mão as pessoas que conheço e que lhe dão uso suficiente que justifique compra. É daquelas coisas engraçadas de início, mas que acabaria colocada no canto mais distante da bancada da cozinha. Já uma máquina de fazer crepes...por sorte, ninguém me tentou vender uma máquina de fazer crepes. Mas faço anos em Maio, agora que falamos nisto.

16 de janeiro de 2014

Vitor Pereira, "My friend...", que foi isto?


Já tinha ouvido falar da conferência de imprensa de VP, mas estava longe, tão longe de saber a pérola que aqui estava. Isto levanta-me um problema. A partir de agora, quando me quiser animar, vejo as conferências do JJ em "português" ou do VP em "inglês"? Fica a pergunta.







15 de janeiro de 2014

Procura-se homem que tenha 26151,00 € para gastar.

Chegou ao meu conhecimento, que o custo do Casamento em Portugal cresceu 74% nos últimos 20 anos. Talvez isto explique porque é que ainda há tanta mulher à procura de um homem rico. Não é que queiram dar o golpe do baú, coitadas, a questão é que alguém tem de pagar o casamento. Agora faz sentido.

Isto fez-me pensar se a quebra do número de Casamentos verificada todos os anos, fica a dever-se a este constrangimento financeiro, ou se é mesmo o próprio do Amor que está em crise. Conheço casais que adorariam casar, mas não podem. Quer dizer, poderiam, se passassem a próxima década a juntar dinheiro apenas para isso. Falo daqueles casamentos tradicionais, com direito a 100 ou mais convidados e com copo d'água. Por outro lado, também existem os outros : os que acreditam que o Casamento é apenas o primeiro passo para um outro instituto, o do Divórcio, e que mais vale estar quieto. Provavelmente, até, os números serão resultado destas duas realidades.

Reza a notícia que um casamento médio em Portugal, custa a módica quantia de 26151,00 €. Valor apurado para 100 convidados, com as despesas de fotografia e vídeo, lua-de-mel, vestido e fato de noivo, flores, aluguer de carro, convites, brindes, animação, alianças, bolo de noiva, e boda. Sendo certo que é possível fazer o mesmo casamento com um valor mais reduzido, não deixa de ser um valor impressionante.

O meu lado prático "grita-me" ao ouvido que a indústria relacionada com o Casamento é isso mesmo, uma indústria/negócio, mas o meu lado romântico revolta-se - apenas ligeiramente, porque o casamento não está nos meus planos para breve - com a exploração de um sentimento como o Amor entre duas pessoas doidas o suficiente para querer que querem passar o resto da vida juntas. Ou que acham que sim...


PS- Já agora, ainda tenho um pulso livre para tatuar uma destas. Estou só a dizer...

14 de janeiro de 2014

O Bullying

Leio o título desta notícia "Jovem de 15 anos mata-se por sofrer bullying na escola", e apodera-se de mim, automaticamente, uma raiva difícil de explicar.

O caso não é isolado e começa a ser recorrente. Uns jovens matam-se, outros vivem prisioneiros do medo e da ansiedade, e carregarão consigo traumas para a vida. No caso concreto, «uma vez até o puseram todo nu no recreio da escola». Todos nós sabemos que na escola são praticadas brincadeiras que roçam o limite do aceitável. Que ficam ali no limbo. Será sempre verdade que cada pessoa reage a qualquer vicissitude desta vida, de forma diferente. O que para mim é insuportável, poderá ser de importância menor para alguém com um perfil psicológico diferente. Todos sabemos também que, cada vez mais neste País, a falta de meios, que passa desde logo pela falta de pessoal, é a desculpa mais utilizada para justificar o mau funcionamento actual do sistema de educação, do sistema de saúde, de qualquer sistema. Mas o Bullying é cada vez mais um problema real, bem presente no dia a dia de quem trabalha nas escolas. De quem tem filhos e tem (também) a obrigação de estar atento. Nasce em mim uma dificuldade enorme em entender que estas situações passem ao lado dos funcionários das escolas. Que não sejam detectadas a tempo. Que se deixem arrastar até ao limite, sendo que o limite começa a ser este. É assustador. Quantos episódios terão acontecido, sem uma resposta? Como é que é possível as escolas deste País terem chegado a este nível?

Por último, e sabendo que não faltará quem me pergunte o que sei do assunto uma vez que não sou Mãe ainda, pergunto se todos os Pais estão atentos ao que se passa a este nível? Se é um assunto que os preocupe e que esteja presente nas suas mentes? Se estão atentos aos sinais? Lamento a minha acidez quanto a este assunto, mas eu não acredito que uma vitima de bullying não apresente sinais disso mesmo. Mas cada vez mais as pessoas não têm tempo para os filhos, não é? Para tudo aquilo que exige ser Pai ou Mãe. Mas e pensar nisso antes de tê-los? Não? E, já agora, os Pais dos agressores? Também não detectam comportamentos indiciadores nos seus filhos?

O assunto é grave, é assustador, é de reflexão urgente. Que se investigue a fundo o que aconteceu nos casos que, infelizmente, já aconteceram, e que se reforçem, pelo menos, os meios escolares que possam combater esta realidade.
E Pais...mais atenção.