É basicamente isto.

É basicamente isto.

9 de janeiro de 2014

O Panteão Nacional.

Bem sei que, por este andar, arriscamos todos que a palavra do Ano de 2014 venha a ser "Eusébio" ou "Panteão". Se, por um lado, este assunto já me enjoa ligeiramente, por outro não deixa de sre um fenómeno digno de análise comportamental. É, de facto, interessante ver como todo um País se posiciona perante a morte de um dos seus.

Já aqui disse, há dias, que sou completamente a favor das homengens feitas aos grandes Portugueses. Aos que se destacam nas suas áreas, aos que foram especiais, aos que conseguiram chegar mais longe do que os outros. Não que a vida de uma pessoa tenha mais valor do que a de outra, mas as homenagens, as públicas, são devidas a esses. E têm sido feitas. Todo o tipo de homenagens (não falemos mais da questão do luto, ou da comunicação do nosso PR), por todo o País, um pouco por todo o Mundo. E isso é bonito, é louvável.

No entanto, e agora que está encerrada a discussão em torno da trasladação, ou não, de Eusébio para o Panteão Nacional, olhemos para os nomes de quem por lá está:

"Como Panteão Nacional abriga os cenotáfios de heróis da História de Portugal, tais como D. Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral ou Afonso de Albuquerque . Entre as personagens ilustres que aí estão sepultadas, encontramos sobretudo presidentes da República e escritores. As excepções são Humberto Delgado e a fadista Amália Rodrigues, cujos restos mortais foram trasladados depois de se alterarem as disposições legais que apenas permitiam a trasladação da fadista para o Panteão Nacional quatro anos após a morte.
As personalidades sepultadas1 são:
(retirado da wikipédia).

Alguém consegue defender que, efectivamente, o nome de Eusébio deveria constar desta lista? Alguém consegue negar que se trata, apenas e mais uma vez, de uma jogada política? Um passar a mão pela cabeça do povo?



10 comentários:

  1. Eu acho que vão haver muitos a defender que "se a Amália merece, o Eusébio também". Eu acho que se está a comparar um cavalo e um burro (não desmerecendo nenhuma das especies), e o Mustache já disse tudo o que eu poderia dizer em relação a esta comparação no outro post.

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  2. Pela lógica se Óscar Carmona que foi Presidente da República durante o estado novo está no panteão, então Salazar também deveria estar (a história é o que é...), portanto tentar encontrar lógica nisto...
    Eu não acho mal este modelo mais "popular" de gerir o panteão, onde até uma pessoa do povo e acima de tudo admirado pelo povo pode pertencer ao panteão por isso mesmo.

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  3. Na minha opinião acho que o fulano não deve de ir para o Panteão Nacional, com as crises que por aí andam gastar tanto dinheiro não faz sentido nenhum, lá está mas está é a minha opinião, apenas isso.

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  4. Sugiro entregar a mediação da discussão à Teresa Guilherme e criar um número de valor acrescentado para votação. Quem vencer tem direito a participar no novo clip do Canuco.

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  5. Nota prévia: A lei prevê que as «honras do Panteão destinam-se a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade».

    Com estes requisitos, reconheço que que fica um pouco mais difícil de "encaixar" ali o Eusébio e aceitaria perfeitamente se não o fizessem.

    No entanto, tendo em consideração o contexto da época, quer do Mundo, quer do nosso País, em que o Sr. exibiu os seus dotes, não me choca que lhe sejam prestadas as mais altas honras.
    Tratavam-se de tempos em que, efectivamente, Portugal era apenas Amália e Eusébio. O Mundo apenas lá ia conhecendo Portugal, através deles os dois. Bastava um não ter existido e, muito provavelmente, levaríamos muito mais tempo a ter alguma expressão internacional.
    Ora, se alguém, só por si, num contexto extremamente difícil, teve a capacidade de carregar o nome do país aos ombros, tendo-o feito com honra, brio e humildade, não me parece que seja assim tão desadequado esta possibilidade de transladação.

    Mas, repito, é daqueles assuntos, que não me chocaria fosse, qual fosse a decisão.

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  6. Vejo isto como a Nix referiu. A lei estabelece os critérios de atribuição de honras de Panteão, que, bons ou maus, são os que estão em vigor. Acho que o intervalo mínimo a respeitar após a morte para que fossem atribuidas honras de Panteão devia aumentar. Actualmente esse intervalo é de um ano e, sinceramente, acho que é pouco tempo, sob pena de se tomarem decisões quando as emoções ainda estão ao rubro. Um bocado mais de distanciamento emocional (e temporal) não era mal pensado.

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  7. Eu confesso que me é completamente indiferente saber onde enterram o Eusébio ... :) Não concordo com o conceito do Panteão, quantos portugueses não se distinguem por actos heroicos, não se empenham em causas nobres não defendem valores como a dignidade, a Liberdade o bem comum e tudo isto num completo anonimato? Quantos ?muitos!! E porquê só alguns têm direito ao panteão?
    Aristides de Sousa Mendes, não está no Panteão ... qual é o critério que utilizam para a escolha? Que me desculpem pela sinceridade mas o Panteão para mim é um bom exemplo do Portugal que temos... triste exemplo, onde só os "eleitos" e caídos em boas graças têm lugar.
    As pessoas valem pelas acções que fizeram em vida, os corpos pertencem as famílias que os amaram ... e ponto final. :)

    bjs

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  8. Eu não acho mal de todo, mas é a minha opinião... Cada um com a sua.

    Beijocas

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  9. Soa, de facto, a populismo barato... Tal como algumas pérolas do Benfica nesta última semana (foto do Eusébio nas camisolas, a possibilidade de dar o nome de Eusébio a alguma estrutura do clube, etc)...

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  10. E queres-me dizer que os Presidentes da República foram heróis?

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