E , assim, num ápice, lá se foi mais 1/3 (por baixo...) da minha fé na humanidade e no romantismo. Acabo de ler que o tão essencial Beijo de boas noites está em vias de extinção, entre os casais. Também eles, já em vias de extinção. Já não bastavam as outras coisas como o respeito, a admiração, a dedicação? Até o Beijo de boas noites? Uma acção que não leva mais do que uns segundos? Mas porquê? Se é pura preguiça, fico ainda mais triste com a noticia.
Um estudo britânico revelou que 80 por cento dos casais vão dormir sem qualquer demonstração de carinho.
E por cá? Palpita-me que os números não serão muito diferentes. Se olharmos para a taxa de divórcios, separações e afins, percebemos facilmente que muita coisa está a falhar. E acredito que muita falhe por desleixo, habituação, falta de empenho. Não me venham usar a desculpa da falta de tempo, porque essa não passa disso mesmo : uma desculpa.
Pessoas que me estão a ler, não contribuam para esta estatística. Contribuam para manter o romantismo vivo.
O romantismo não desapareceu, as pessoas já não sabem o que é... já não leem poemas, já não compram flores… já não beijam com sorriso nos olhos, penso que se traduz com materialismo, comprei isto, levei-te a jantar ali… fomos acolá!
ResponderEliminarÉ mais pratico pensar que a relação é um dado adquirido! Pensar que se é nosso, batalhar foi para ter, uma vez tido… não vale a pena constuir um castelo!
Hoje em dia, é a moda do comodismo. Praticada, vangloriada… Será que o romantismo alguma vez aconteceu?
O Amor, talvez futilmente tenha acabado… talvez!! Como se diz, o Amor não é complexo, é na prática de acções tão simples… que no conjunto fazem funcionar o complexo Amor!
O comodismo não é bom, no geral. Mas no que ao Amor diz respeito, então, é fatal. Já há poucas pessoas que honrem mesmo a palavra "Amor" e tudo o que com ele se relaciona...
EliminarA minha pergunta é: será que por vezes também não colhemos aquilo que semeamos ao longo de anos e anos?
ResponderEliminarAcho que sim. É a forma como nos comportamos, como nos damos (ou não) ao respeito, como transmitimos aquilo que queremos, que mais tarde irá traduzir a imagem que têm de nós. E não é fácil mudá-la uma vez construída. Não é fácil que confiem em nós. Com razão.
Nos casais, infelizmente acho que sim, que o romantismo está "fora de moda". Hoje em dia o romantismo é considerado parolo, palerma e lamechas. É giro ser "cool".. é porreiro "deixar rolar".. surgiram novas tendências como "amizades coloridas" e "relações abertas".
Sem grande esforço, dedicação e entrega. Está na moda este espírito do "desde que ela/ele não me chateie, está tudo bem". Em que lugar fica aqui o carinho e a estima necessários para um beijo de boa noite e milhões de outras coisas? Não fica. Não há lugar para essas e outras "mariquices".
Não há culpados na eterna guerra dos sexos. Há comodismo, ausência e desinteresse. Compete-nos lutar contra isso, acreditar que com todas as condutas correctas vamos fazer parte dos 20% pq felizmente também existem!!! :)
Eu acredito e não abdico do meu lado romantico, de surpreender e de ser surpreendido. Se assim não acontecer, é porque aquela pessoa não é para mim! Acho que só com intensidade vale a pena, caso contrário, ninguém devia de perder tempo.. a ganhar curriculo. Instinto básico.
"Acho que só com intensidade vale a pena, caso contrário, ninguém devia de perder tempo.." Esta tua frase diz tudo, para mim. Nem mais. É difícil encontrar isso, mas não nos devemos contentar com nada menos.
EliminarContinuo a dizer que adoro o simples acto espontâneo de alguém arrancar uma flor da berma do passeio, as chamadas daninhas, e ma ofereça... só pode ser sinal que é romântica e que os pequenos gestos se sobrepôem aos materiais.... O romantismo é tão simples como um cobertor velho, umas escadas numa qualquer calçada com vista para o rio, bem juntinhos para se aquecerem...só para observarem juntos a vista na companhia um do outro... ridícula? então somos duas!
ResponderEliminarTriste ,triste deve ser viver sem perceber a importância destas coisas. Sem ter vontade de fazê-las, de agradar a alguém. Deve ser um vazio enorme. Ainda assim, e mesmo com todas as desilusões pelo meio, prefiro fazer parte do lado dos românticos e dos que acreditam no rídiculo que há no Amor.
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