É basicamente isto.

É basicamente isto.

13 de setembro de 2012

Dói-me a alma.

É que me dói mesmo. É que já nem me dá para rir com os nervos. Uma pessoa faz um esforço para não pensar nas notícias que chegam todos os dias em catadupa, mas PORRA! É impossível.
Desde a passada e fatídica sexta feira que ando a fazer contas. E eu nem sou pessoa de gostar de Matemática. Ando a fazer contas para perceber como é que vou gerir o meu orçamento mensal a partir de Janeiro ( a não ser que esta loucura anunciada seja um pesadelo do qual vamos todos acordar). Sendo certo que há despesas incontornáveis (casa, água, luz,gás,condomínio,supermercado,etc), tenho andado a pensar nas restantes. E chego à conclusão que (eu e a grande maioria dos portugueses), pouco ou nada poderei fazer que vá para além de pagar despesas. Viver, viver mesmo, vai ser cada vez mais raro. Dir-me-ão que há pessoas que já nem o essencial têm. Eu sei. Há vidas piores. Desesperantes mesmo. Mas isso não impede que me custe. Custa-me ter estruturado a minha vida com base no meu ordenado e naquele que achava que era o meu orçamento, e ver o tapete a ser-me puxado desta forma. Custa-me, por exemplo, engolir um "ai pensaste que esse era o teu ordenado e foste comprar uma casa, sua esbanjadora?? Pois agora, toma lá! Safa-te lá desta".
Citando um amigo, acho deviamos, pura e simplesmente, entregar o ordenado todo ao Estado. Sim, entregar todinho. E lançar o desafio : "Aqui o tens. Agora, paga lá todas as minhas contas e depois podes ficar com o que sobrar. Faz lá essa gestão. Humm?? Não sobrou nada? Então é precisamente com isso que podes ficar. Agora não me f**** mais com esta conversa!".

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar



2 comentários:

  1. Embora isso já esteja a acontecer com grande parte da população neste momento, contar os tostões logo a partir do dia 1 de cada mês, será a partir de Janeiro do próximo ano, que desaparecerá a tanga.
    Custa-me a entender que este governo seja tão socialmente insensível ás já tremendamente débeis condições de vida da maior parte dos portugueses.
    Nem os apelos e avisos de políticos e economistas, muitos deles da área dos partidos do governo, demovem estes senhores.
    A entrevista de Passos Coelho hoje na RTP, foi mais um murro no estomâgo de todos nós.
    Se isto não for alterado, caminhamos para sermos um país de indigentes

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  2. Se ele não recua nem com todos os especialistas e analistas a dizer que a economia vai afundar ainda mais, perdi completamente a esperança que mostre algum tipo de sensibilidade às condições de vida dos Portugueses.

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