É basicamente isto.

É basicamente isto.

17 de setembro de 2012

A manifestação e o mea culpa.

No Sábado não fui à manifestação. Tinha prometido a mim mesma que desta feita não havia nada que me impedisse de ir, mas levantaram-se valores mais altos (por incrível que pareça) que me fizeram fugir de Lisboa como o diabo da cruz, e refugiar-me longe.
Ao ver as imagens em directo, senti, como só senti em raras ocasiões, um orgulho imenso no Povo Português. Finalmente unido, finalmente erguido, finalmente a lutar da forma possível. Faço parte do grupo de pessoas que não sabe se estas manifestações nos ajudarão a mudar as mentalidades de quem nos (des)governa. Mas uma coisa é certa : não é com os rabos sentados nos sofás, que vamos conseguir alterar o que quer que seja.
E se é verdade que a maioria dos manifestantes se encontram já numa situação desesperada, a viver no limiar da miséria, também não deixa de ser verdade que muitos declararam que, apesar de ainda estar numa posição acima da mera sobrevivência, estavam ali por todos e por solidariedade com quem já não tem onde cortar nem com o que contribuir. E isto é bonito. Isto é união.
Pergunto-me o que terá sentido o nosso Governo no sábado? Querendo eu acreditar que é impossível alguém ficar indiferente a uma mensagem como a que foi enviada. Ou será? O povo está farto, para lá do limite. E um povo que está para lá do limite, é coisa a temer em qualquer parte do mundo.
Pelos vistos, o melhor é não prometer a 100% a minha presença na próxima, mas fica prometido o esforço por estar presente, independentemente de outras crises.

CM

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