É basicamente isto.

É basicamente isto.

2 de julho de 2015

A Margem Sul, esse monstro de 10 cabeças.

Começo por esclarecer que, aconteça o que acontecer, venham os investidores (sim, sim, pois!) que vierem, dê lá por onde der, CM nunca, repito, NUNCA, usará a denominação Lisbon South Bay (arrepios, daqueles maus, enquanto escrevi esta frase) para se referir à sua Margem Sul. A Margem Sul é a Margem Sul, e assim continuará a ser chamada, muito orgulhosamente. Gostamos cá pouco  desta pompa, logo nós, a ralé.

Nesta altura do Ano - um pouco mais do que nas outras - levantam-se as vozes contra a Margem Sul, as pessoas enchem-se de nervos e as coisas azedam. Estas pessoas são aquelas, leia-se, que todo o santo fim de semana rumam às praias da Margem Sul. Aquelas que passam horas nas filas de trânsito, que juram que não voltam a meter lá os pés, mas que lá vão, invariavelmente, no fim de semana seguinte. É tudo muito mau, dizem elas, é inacreditável como tanta gente gosta daquilo, não existem condições, não temos infraestruturas suficientes, uma pessoa agasta-se no trânsito surreal que  apanha, e ainda paga parques de estacionamento.

Eu rio-me muito com isto. Tem graça. Não vou sequer enumerar as qualidades da Margem Sul - o que, já agora, só para não esquecer, justifica as filas e filas - pela milésima vez. Não há volta a dar. Esta gente tem razão. Toda a gente sabe que em Lisboa nada disto se passa. Não existem filas. Quais filas? Lisboa é uma cidade onde se circula perfeitamente à vontade, sobretudo pela manhã e ao final do dia. É um verdadeiro passeio relaxante no parque. Não há cá congestionamentos. Também não existem filas à porta dos sítios da moda. Nada disso! Sempre que abre um restaurante, está às moscas. Não é preciso esperar umas horas , com o estômago colado às costas, para jantar. Também é facílimo encontrar um lugar de estacionamento. E mais! O estacionamento é gratuito. E quando, raramente, não é, é barato! Baratissimo. Dá vontade de deixar ali o carro estacionado o resto do mês, só para aproveitar a pechincha. Da mesma forma, dá gosto assistir a qualquer concerto. Não há uma fila de trânsito, nem uma fila à porta. Nada. É um vazio, dá gosto passear nas imediações dos festivais e pavilhões de espectáculos, nestes dias. Maravilha. 

Podia continuar o exercício, mas, sem mais demoras, dou o objectivo como cumprido.

PS- E sim. Por muito que custe e faça doer um bocadinho o ego, aquele que foi considerado o 2º melhor restaurante de comida japonesa fora do Japão,  está localizado na Margem Sul. Mas não precisam de lá ir. Já é suficientemente difícil reservar mesa para jantar. E as filas? Nem vos conto.




12 comentários:

  1. A ideia do Lisbon South Bay é, só de si, motivo para rir. Não sem que antes se fique desconfiado. O nome é uma coisa a roçar o surrealismo.
    Está bem, a situação geográfica do que por enquanto se limita a um projecto, sabe Deus se com pernas para andar, é na margem sul. Convém esclarecer os iluminados que a margem sul, se for a do rio Tejo, se extende até ao algarve. Mas isso só, de facto, os iluminados, do projecto e não só, sabem. Porque, se fizermos 'rewind' à nossa memória, alguém disse coisas piores da margem em causa. Lembra-se daquela coisa dos camelos? Eu recordo-me perfeitamente. Adiante.
    Este projecto, que para mim disso não passará, pode caber na nossa margem - sim, nasci e habito deste lado, o nosso, do majestoso Tejo. O que não cabe é a vaidade, desde logo indiciada pelo nome do mesmo. Lisbon South Bay não, obrigado. Escolham outra margem, outros ares. Nós, agradecemos.
    Nesta margem, a do sucesso, há filas, muitas. Feita uma análise realista, a culpa é da margem norte, de quem de lá vem para visitar a cidade, para fazer praia
    e, não menos importante, para quem segue para o sul ... via esta margem.

    Falou a CM, em comida japonesa. Atrevo-me a correr o risco de conspurcar a zona com mais viaturas, como se não fossem suficientes aquelas que ao serviço do turismo por aqui andam e durante todo o ano. Creio que estamos a referir-nos ao mesmo local, só pode. Na Rua Abel Salazar existe o melhor sushi. É só ligar (não digo o número) e marcar ... com antecedência.
    Curiosamente, o sítio é um hotel. Já teve dois nomes - Almada Business Hotel e Almada-Lisboa Hotel, imagine-se - e prepara-se para entrar na onda Mercury (Lisboa Hotel). Em plena Almada, um hotel com nome de Lisboa. Interessante.

    Até os estrangeirismos gostam de Almada.

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    1. Então não me lembro dos camelos? Foi um momento muito feliz, esse desse senhor...
      É precisamente desse Japonês que falo. De chorar por mais.

      Hoje encontrei pela net uma imagem que já muito me fez rir, sobre Lisboa : Almada North Bay. Parece-me justo.

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  2. Já te disse que um dia vou acabar a viver na margem sul...Aliás, na margem certa do rio, não já?

    Bom FDS...nessa margem!!!!!

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  3. O "tuga" é um snob do caraças, basta ver a obsessão com os títulos académicos, todos querem ser 'dótores' mas depois falta-lhes 'berço'... E o como eu já disse uma vez, a propósito de um comentário que uma criatura fez sobre o facto de uma das zonas em que vivi foi em Madrid foi em Chueca, que – para quem não sabe – é o bairro gay de Madrid: "As pessoas não são o local em que vivem ou o carro que conduzem, não são as roupas que vestem ou as festas que frequentam."

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    1. Bem giro, a Chueca! O que me diverti por lá :)

      Um dos maiores sinais de ignorância do ser humano é continuar a julgar os outros pelo que têm, pelas raízes, pela profissão...por todas as coisas, menos as que importam, ao final do dia.

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  4. Margem Sul é Margem 'S'erta!

    Arre... manias de vedetas da capital! Inbejosos de mérrde...

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    1. Mai nada, Leoa!

      (eu até gosto muito de Lisboa, mas os lisboetas...bom. Não vou generalizar, mas, catano. que dose de paciência que é preciso ter!)

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  5. Tão ridículo como "Allgarve". And I rest my case!

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  6. Ahhh, saudades do Choco Frito! Da Casa Santiago, já agora! E isto não é publicidade :)

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  7. "Lisbon South Bay" ?? Ca foleirice!!!

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