"Mulherzinha" é uma expressão que poderá adaptar-se, na perfeição, a um sem fim de situações. De personalidades, de posturas. Quem por cá anda há algum tempo, sabe que me incomodam bem mais os comportamentos femininos aptos a envergonhar toda a nossa classe, do que os masculinos. A explicação é óbvia : sou mulher e causa-me pavor ver outra mulher a comportar-se como se não fosse. Entre outras "mulherzinhas" com quem vou tendo de me cruzar nesta vida, há um segmento que me perturba e, não obstante a cada vez maior independência das mulheres a todos os níveis, ainda existe numa quantidade muito maior do que a desejável. São as mulheres que dependem de um homem para TUDO. Mulheres que não tomam uma decisão sem um "amén" do macho lá de casa. Que morrem de medo de contrariar de alguma forma o seu homem, o que as leva a preferir contrariar-se a si mesmas. Que vivem a vida deles e para eles, que deixam de ter vida própria, interesses próprios, que se esquecem que existiam antes. Tudo na vida destas mulheres, passa pelo homem que têm ao lado. Desde decisões básicas que têm de ser tomadas no quotidiano a dois, até assuntos que só a elas e à sua vida dizem respeito. Mulheres que deixaram de ir a um jantar, a um cinema, a uma festa, se o seu homem não for. Quando me deparo com elas, penso sempre que viajei até ao tempo dos meus Avós. Ao tempo em que as mulheres eram submissas, ponto final. Actualmente, custa-me entender as razões por detrás da postura destas mulheres. Custa-me muito. Quando faço uma pergunta simples, e recebo do lado de lá um "Ah, não sei, tenho de ver com o meu homem!", apetece-me dar dois safanões e outros tantos gritos do lado de cá. São, também, estas as mulheres que, mais tarde, não se divorciam, não se separam porque "o que é que eu faço sem ele?". Pois, minha querida (expressão que só uso de forma irónica e que é merecida neste caso), não sei. O mesmo que fizeste até seres uma submissa em toda a escala.
Peço, do fundinho deste coração, que alguém me dê uma carga de tareia à antiga, se um dia me tornar uma destas mulheres. Assim até se cansarem, sff.
Nem 8 nem 80.
ResponderEliminarEu então, tomo grande parte das decisões que têm que ser tomadas e é quase tudo feito como eu quero.
Esse tipo de comportamento vê-se é em pessoas de idade mais avançada. Tipo os meus avós e admira-te, os meus pais também são assim =S
Beijocas
Eu ainda vejo este comportamento em muita gente da nossa geração e até de gerações mais novas...faz-me muita confusão. Não encontro grande explicação a não ser o facto das mulheres serem umas inseguras por natureza...
Eliminarbeijinho!
Conta comigo para te deixar toda negra!
ResponderEliminarDá-me forte e feio!
EliminarEntendo-te perfeitamente. Aqui há uns dois anos resolvemos fazer um "jantar de trabalho", ou seja, juntar um grupo pessoal que trabalhava junto e se dava bem e ir jantar fora, numa bela noite de Verão. Claro que houve uma colega, a única diga-se de passagem, que levou o marido e o filho! E claro que a noite dela acabou por não ser como a nossa: pede sopa para o filho, dá sopa ao filho, muda roupa ao filho que se sujou, vai embora para casa mais cedo porque já é tarde para o filho, etc... E eu fiquei sempre a perguntar-me se não teria sido possível o marido ter ficado em casa com a criança... Ela tinha vindo sozinha e teria aproveitado muito mais! Há pessoas que, chegam a um ponto na vida, em que não conseguem, pura e simplesmente, ter uma vida individual, sem a sua cara-metade... Isso faz-me muita confusão, acredita!
ResponderEliminarÉ precisamente isso, Smelly! No local onde trabalho, na altura do Natal, por exemplo, oiço sempre que é uma maldade as pessoas não poderem trazer os maridos/mulheres/filhos ao jantar da empresa. Conto até um milhão, e volto ao mundo em que as pessoas ainda respiram por sí só...
EliminarOoops, e eu que ainda hoje disse orgulhosa á minha filha de 3 anos "Vês, estás uma mulherzinha", porque se vestiu sozinha.
ResponderEliminarMais que referindo-me a mulheres dependentes e submissas, uso o termo mulherzinha com um sentido pejorativo quando me refiro a mulheres mesquinhas, "poucochinhas".
Quanto à resposta "não sei, tenho de perguntar ao meu homem", também a dou (por exemplo, ainda há poucos minutos, a minha mãe ligou-me a saber se quero ir lá jantar esta noite e eu respondi-lhe que primeiro tinha de perguntar ao Mr. Mirone) e ele também o faz em relação a mim. Não se trata de submissão, no meu caso, pelo menos não é, é uma questão de companheirismo, nem sei bem o que lhe chamar, é gostar de "partilhar", de não dar resposta por ele quando podem afectá-lo. Imaginemos que ele tinha outros planos para logo à noite?
:) Mirone, e disseste muito bem! Uso a expressão com um sentido negativo, mas é verdade que tem outros.
EliminarA partilha de que falas parece-me não só necessária, como saudável. Não falo desses casos. Falo de mulheres que pedem autorização para tudo, que chegam a ter medo de contraiar os companheiros no que seja, que se anulam por completo. A partilha é uma coisa muito diferente disto.
Boooommm este assunto tem que se lhe diga...porque há algumas coisas a esclarecer. Quando casas não casas para perder a tua individualidade ponto final. Mas casas para partilhar o teu dia, noite e afins com outra pessoa, logo, faz para mim sentido que tudo seja partilhado, conversado e acertado entre os dois.
ResponderEliminarSe e quando há filhos uso muitas vezes o "tenho de ver com MorMeu, depois digo-te" porque a agenda e/ou a opinião dos dois conta.
Ás vezes é preciso chegar a "acertos" tanto de agenda como de opinião, percebes? E isso não me belisca nem um bocadinho. E vice-versa, se há coisa que não gosto é que ele decida por mim.
My opinion;) jinhossssss
Ora aí está o que eu queria dizer, mas de forma mais clara.
EliminarMas o teu caso é um bom exemplo, Suricate! Os casos do post são os maus exemplos.
EliminarEu concordo plenamente que as pessoas estão juntas para partilhar as vidas. Nem faria sentido se não fosse para isso. Mas quando falamos em partilha, falamos, como em tudo, de partilha com bom senso. Não é saudável, digo eu, em qualquer relação, que as pessoas vivam em exclusivo uma para a outra ou em função uma da outra. Ou que deixem de fazer o que querem, o que gostam. Ou mesmo que deixem de ter autonomia para decidir o que seja. Concordo que se decida em conjunto tudo o que pode afectar a vida a dois, sobretudo a nível logistico. Tudo o que vai para além disto, é dependência, na minha opinião.
EliminarAhhhhh!!! Esqueci-me de outra coisa. Quando digo às minhas menina´s "Já estás uma mulherzinha!" Isso é bom sinal:) é um elogio para elas:)
ResponderEliminarMais um PS ao 1º comentário: Há casos em que será submissão, mas casos há em que se trata de partilha e de respeito pelo outro.
jinhossssssssss
Sim, a expressão também é usada muitas vezes como elogio. E o "homenzinho" também :)
EliminarBeijinho!
"Ter de ver com o seu homem", pode não significar um ato de submissão.
ResponderEliminarEu raramente tomo uma decisão "sem ver com a minha mulher", porque tenho com ela o compromisso de nunca a deixar de fora das decisões importantes.
Não lhe peço autorização para ir tomar um café com um amigo, nem lhe pergunto com quem toma café, mas não me vejo a combinar passeatas ou jantaradas, deixando de fora a pessoa com quem vivo há mais de dois terços da minha vida. x)
Pode não ser, claro. Mas estou a falar dos casos em que é. E quando estamos a falar de decisões importantes, entramos no campo que este post nem versa. As decisões importantes devem ser sempre tomadas a dois.
Eliminar"Pois, minha querida (expressão que só uso de forma irónica e que é merecida neste caso), não sei." - Olá, o meu nome é Lia, e eu sou exactamente igual a isto xD
ResponderEliminarLá no limite da minha neura, é quando a uso :)
EliminarPelas razões que já tornei públicas, este assunto dá-me urticária! Também não percebo e cá estarei para te dar duas chapadas à séria!
ResponderEliminarDuas servem! Mas se puder ser até te cansares, agradeço!
EliminarNem tanto ao mar, nem tanto à terra. Situações como as que descreves estão, sem dúvida, para além do limite. Mas, muitas vezes, numa relação, não se podem tomar algumas decisões sem consultar a outra parte. Há que haver equilíbrio e, essencialmente, muito bom senso (coisa tão rara como um diamante...)!!!
ResponderEliminarJá agora, olha que também há por aí muito "homenzinho"...
Bjs, não te enerves e `bora mazé aproveitar o calor deste fds!! eheheh
Acredito que existam alguns "homenzinhos", mas isto é comportamnto típico de mulher. Anulam-se, passam a viver para os companheiros, esquecem as amigas, a vida que tinham, tudo. As homens são, por natureza, mais independentes, o que lhes permite lidar com esta questão de outra forma. Bem mais saudável, na minha opinião...
EliminarE não é que aproveitei mesmo?? Com aquela sensação que m despedi dele este ano, em definitivo...snif!!!
bjs!
Uma coisa é partilhar certas coisas, outra completamente diferente é ser-se totalmente submissa. Há assuntos que têm de ser tomados a dois a partir do momento em que se partilha uma vida, uma casa, um casamento, etc. Mas não consigo compreender aquelas pessoas, porque não há só mulherzinhas, também há homenzitos assim, que não fazem nada um sem o outro, que têm de pedir permissão ao seu par, que são basicamente siameses. Para isto não tenho a mínima paciência nem feitio. Eu quero ir jantar com as amigas, se ele quer vir, vem, caso contrário vou eu sozinha. E o mesmo da parte dele. Eu gosto daquela banda e quero ir ao concerto mas ele não gosta, arranjo alguém que vá comigo. Etc, etc. Sem nunca pedirmos permissão um ao outro. Há apenas a transmissão de informação. Adoro fazer programas em conjunto com ele, mas não estamos colados, também há uma vida e um ser individual/independente em cada um de nós. E curiosamente, muito tenho a agradecer à minha avó que foi sempre um exemplo para as mulheres da família, que era uma mulher incrivelmente avançada para a altura visto que era tudo menos submissa.
ResponderEliminarNem mais! Assino por baixo.
EliminarA minha última patroa era assim...fez-me uma confusão!!! :/
ResponderEliminarEu acho que são pessoas que nem sequer percebem o quanto se prejudicam a si mesmas...
EliminarBem, eu vinha comentar, mas ali a Surizinha (e também Mirone, fusion e Nix) já expôs na perfeição o que eu vinha dizer :P
ResponderEliminar(btw, novo tasco! http://kind-of-restless-soul.blogspot.pt/)
Vou lá já :)
EliminarNão tenho paciência para casais siameses. Há decisões que devem ser tomadas em conjunto sim mas também há muitas que não precisam de autorização da outra metade da laranja. Conheço gente que leva o marido a festas do trabalho às quais toda a gente vai sozinha ou quem queira levar o namorado a "girl's night outs". E sei de uma pessoa que convidou a esposa para uma despedida de solteiro (ela não chegou a ir porque o resto dos convidados se insurgiu)... Para mim são estas as mulherzinhas e homenzinhos de que falaste e não pessoas com bom senso que falam com os seus parceiros e fazem planos em conjunto...
ResponderEliminarNem mais Joana. A linha entre uma e outra coisa, é bastante clara. E quem a ultrapassa e não usa o bom senso, sabe bem que o faz...
EliminarTambém gosto de ouvir a expressão "o meu homem" emerge-me logo o pensamento "e se calhar de mais alguém..." :)
ResponderEliminarBom ponto de vista ;)
EliminarConversa de solteirona.
ResponderEliminarPode ser "conversa de solteira"? Conversa de solteirona faz-me sentir velha.
EliminarRealmente também não tenho grande tolerância para esse tipo de comportamentos. Claro que preciso da opinião do meu rapaz para muitas coias mesmo, a vida em comum é essa partilha, agora coisas simples e de caca não. Para combinar um café por exemplo, pergunto-lhe se não se importa de ficar sozinho quando quero tomar um café só com amigas, e apesar de eu já saber a resposta, gosto sempre de ter em atenção as necessidades dele e o que pensa. Isto é apenas um exemplo. Mas todos os comportamentos excessivos, em que "a pessoa não vai ao wc" sem a outra deixar, não dá para mim.
ResponderEliminarEquilíbrio é bom em tudo.
"equilibrio" é, claramente, a palavra chave neste assunto.
EliminarCredo, subscrevo o teu pedido final. Uma carga de porrada se algum dia me aproximar sequer disso.
ResponderEliminarEu dou-te, fica a promessa.
EliminarEu conheço exemplos maus, como os que referes, e exemplos bons, como os da Suricate e algumas amigas. Quanto a mim, não sou casada, mas se um dia me casar, dificilmente serei uma "mulherzinha", já estou velha para mudar.
ResponderEliminarE fazes tu lindamente, que "isto" não é vida para mulher alguma. Nova ou "velha".
EliminarNão percebo uma coisa: toda a gente é contra os casais siameses, toda a gente acha mal... mas... afinal eles existem ou não?... Já parece a conversa de quem conduz bem ou mal: toda a gente considera-se um exemplo na estrada, os outros é que são maus...
ResponderEliminarClaro que existem. O problema é que os casais siameses têm pouca noção que o são. Conheço péssimos condutores, que se acham uns ases da estrada...
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